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10 Junho 2025

Diante das atrocidades cometidas em Gaza, o Ocidente se encontra encurralado no espelho escuro de sua própria história. Confrontado com as provas do colonialismo, do apartheid, da limpeza étnica, dos campos de concentração e do desrespeito racista pela vida alheia, se vê tendo que acertar as contas com sua própria gramática histórica.

A reportagem é de Iain Chambers, publicada por em Il Manifesto, 06-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Enfrentar o massacre dos palestinos por Israel significa, em última análise, enfrentar os horrores de sua própria formação política e histórica.

Exercitando o direito à autodefesa contra quem está colonizando – estranhamente, aos colonizados não é permitido usar essa linguagem, são simplesmente “terroristas” – Israel revela tudo.

Representando a “única democracia no Oriente Médio” que está lutando uma guerra contra bárbaros e animais, o Estado judeu nos arrasta para as ruínas de Gaza para nos perguntar como chegamos a um abismo tão atroz.

A resposta é, obviamente, o colonialismo. O exercício do direito ocidental de reivindicar e conquistar o mundo é uma realidade histórica inegável. Está inscrito na própria linguagem que os governos e as mídias europeus continuam a usar para abordar o genocídio em Gaza e a violência diária na Cisjordânia. Estruturalmente dependente da racialização do planeta para "justificar" seu exercício, essa linguagem revela brutalmente que algumas vidas (aquelas de brancos e ocidentais) importam muito mais do que outras. Alguns têm o direito de ser nomeados e lamentados, outros permanecem anônimos enquanto seus cadáveres se acumulam à sombra dos "danos colaterais".

Historicamente, decidir quem deve ser reconhecido e quem deve ser escravizado, vendido, expulso ou exterminado sempre exigiu a desumanização e a imposição de uma ordem racial à humanidade.

No entanto, o conceito de colonialismo nunca é usado no discurso público ou no debate político. Trata-se de uma história muito disruptiva, na qual Netanyahu e o Hamas são apenas sintomas, não causas.

Os sionistas que chegaram à Palestina há um século para colonizá-la – esse também era o termo usado por eles, mas na época o colonialismo e o fardo do homem branco de levar a civilização ao mundo eram altamente respeitáveis e modernos– eram brancos e ocidentais. Os outros judeus que haviam vivido por séculos na Palestina e no mundo islâmico – do Marrocos ao Iraque – eram considerados pelos recém-chegados como remanescentes indesejados de um mundo pré-moderno.

Esses judeus mizrahim foram forçados a abandonar seu dialeto judaico-árabe e todos os laços com o mundo "oriental". As ideias de progresso, modernidade, Estado-nação, sionismo e supremacia branca aqui se entrelaçam de forma inquietante no que Cedric Robinson definiria de capitalismo racial.

As consequências são o terror racial, o genocídio, a limpeza étnica, o extermínio e a obsessão pela superioridade racial baseada na pureza e nas linhagens de sangue: da conquista do último reino árabe de Granada, em 1492, ao cancelamento deliberado de culturas, histórias e vidas humanas em mapas abstratos desenhados na partilha imperial da África pelas potências europeias em 1884-85, em Berlim, aos fanáticos judeus do Brooklyn de hoje que transformam o Vale do Jordão na fronteira sem lei de um Estado étnico-religioso. Ainda estamos ao alcance da voz do moribundo Kurtz no final de O Coração das Trevas: "Exterminem todos os brutos".

A dificuldade do Ocidente em reconhecer os palestinos como seres humanos merecedores de sua empatia e apoio emerge dessa longa noite colonial.

Talvez contar essa história no drama obsceno de Gaza seja demais para um Ocidente que, por séculos, dependia estruturalmente dessas relações cruelmente injustas. Isso exigiria a demolição da civilização europeia, construída sobre o colonialismo e o racismo e selada pela supremacia branca, e a construção de outra guiada por um humanismo à altura do mundo e não exclusivamente do Ocidente.

Nesse coração de trevas, o genocídio de Gaza e o terrorismo do Estado de Israel dizem respeito de perto à Europa.

Sem vergonha nem senso de culpa, Israel exibe orgulhosamente a constituição colonial da modernidade ocidental. A questão, então, não é de natureza humanitária, mas histórica e política.

Deter Israel e anular suas intenções homicidas contra os palestinos significa parar, desmantelar e descolonizar o próprio percurso europeu. Isso não é simplesmente um reconhecimento político de responsabilidade pelas feridas abertas do mundo moderno. Trata-se de um processo pedagógico mais profundo, de um aprendizado com Gaza e com os palestinos. Esse processo apenas começou.

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