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Foi rompido um pacto de décadas e os mais frágeis pagam o preço. Entrevista com Guido Brera

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11 Abril 2025

“Não podemos entender bem a guerra tarifária, que faz com que todos percam, se não raciocinarmos sobre o que aconteceu com o mundo - e com os Estados Unidos - nos últimos trinta anos”, afirma Guido Brera. Financista, escritor, empresário e podcaster da Black Box (Chora Media), fala enquanto The Donald congela as tarifas dos grandes do mundo, pune a China e os mercados voam numa montanha-russa que parece ter enlouquecido. Batalhas bilionárias de poder estão sendo travadas por trás das listas a golpes de bilhões: voltou a hora dos Demônios.

A entrevista com Guido Brera, é de Giuseppe Bottero, publicada por ‘La Stampa’, 10-04-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista. 

Brera, uma pausa com as tarifas para todos, exceto para o Dragão. Entre Pequim e Washington há um confronto flagrante, nunca visto antes. Por quê?

Precisamos ampliar o contexto. Há anos, o arranjo China-EUA se quebrou: os Estados Unidos consumiam e o gigante asiático, depois de entrar para a OMC, produzia mercadorias a um custo menor. Além disso, a China com seus superávits comerciais, fechava o ciclo comprando a dívida estadunidense. Essa troca política funcionava bem para todos: para uma nascente classe média chinesa, para os EUA e até mesmo os consumidores ocidentais, que tinham uma impressão de riqueza. Depois, no entanto, a troca política se tornou masoquista, e classes inteiras no Ocidente trocaram produtos de baixo custo por direitos sociais: da moradia à saúde e ao emprego. Isso ocorreu porque a China não adotou a democracia e o Ocidente tentou uma impossível corrida salarial para o Oriente.

E agora esse pacto foi rompido?

O déficit comercial dos Estados Unidos com a China continua a crescer de forma inexorável. O cidadão estadunidense se tornou um ser de consumo, seguindo o slogan 'compre até morrer'. Hoje, em comparação com o primeiro governo Trump, há também um déficit orçamentário cada vez maior e uma dívida pública que disparou, com cada vez menos compradores finais. Basta pensar que, somente neste ano, os EUA terão que refinanciar mais de 10 trilhões de dólares. E essa é uma questão decisiva.

Então a globalização acabou?

A globalização a que estávamos acostumados, eu diria que sim. Teremos que reinventar outra que corrija seus defeitos. Vivemos em um megadispositivo que, embora tenha garantido anos de paz, também causou enormes desigualdades e, por fim, esse arranjo se rompeu. Tirou milhões de pessoas da pobreza, mas também causou novos tipos de guerras.

Quais?

Bem, eu diria que, em primeiro lugar, uma profunda guerra civil entre os vencedores e os perdedores da globalização. 88% do mercado de ações dos EUA está nas mãos de 10% da população. Outros 12% estão distribuídos entre 40% dos estadunidenses. Mas isso deixa 50% que não têm nada e, de fato, perdem mais alguma coisa a cada dia porque vivem endividados e sofrem com cada aumento nas taxas de juros e no custo de vida. Há um povo invisível, que toma fentanil e vive em condições difíceis, em um contexto de sistema de saúde e educação cada vez mais precário, e olha para Trump como uma possível esperança. Mas, além dessa guerra e das guerras mortais que todos nós conhecemos tão bem, temo que haja outras guerras em andamento.

A que se refere?

Por exemplo, à guerra tecnológica, em que houve o momento da Deepseek que permitiu entender que a inteligência artificial pode ser construída até mesmo a custos inferiores, com menor impacto ambiental e, acima de tudo, em um sistema aberto, em que todos podem contribuir para melhorá-la. A guerra entre sistemas de código aberto e sistemas fechados se tornará cada vez mais acirrada. Depois, há um conflito entre o homem, que está destinado a perdê-lo, e a natureza, que não é secundário do ponto de vista econômico e provoca secas, furacões e uma busca espasmódica por novas terras”. Mas Trump está mais focado em Wall Street ou na Main Street, ou seja, na economia real?

Trump deveria se concentrar em ambos: na redução das taxas de juros para milhões de pessoas, cuja expectativa de vida está em constante declínio, e para quem o sonho americano se tornou um pesadelo, e representa seu principal eleitorado. Mas a economia dos EUA é altamente financeirizada, e o que se deve absolutamente evitar é tornar os mercados disfuncionais e alimentar novas quedas no mercado de ações, o que levaria a uma profunda recessão, em um contexto ainda inflacionário. Isso significaria estagflação, e então a situação seria realmente problemática, especialmente para os mais fracos.

Você falava que da guerra tarifária se corre o risco de sairmos todos perdedores.

Sim, mas vamos tentar olhar através de um caleidoscópio e ver o conjunto em todas as suas nuances. As tarifas servem para corrigir desequilíbrios e, de certa forma, também podem ser úteis se forem impostas entre democracias e autocracias, mas o que considero realmente complicado é aumentar as tarifas em contextos democráticos, ainda mais se forem discutidas ao vivo mundialmente com tabelas e cálculos que deixam a desejar e com anúncios ao vivo que não fazem nada além de desestabilizar os mercados. No entanto, neste momento, o verdadeiro perigo é a ‘guerra do capital’.

O que significa?

Corremos o risco de passar da guerra comercial para a guerra dos capitais. Os bancos centrais, nos últimos meses, desmobilizaram 3,5 trilhões de dólares da dívida pública estadunidense; a Alemanha está ameaçando tirar o ouro do Federal Reserve; a China está ameaçando vender a dívida pública estadunidense. E nos EUA, há ameaças de taxações diferentes para os ‘ganhos de capital’ produzidos por cidadãos não residentes. Tudo isso é uma escalada que deve ser absolutamente interrompida, uma espécie de autarquia que pode marcar o fim de uma era que não deve ser apagada intempestivamente, mas repensada. Porque se abrirmos essa porta, nunca mais conseguiremos retornar.

Por enquanto, Trump anunciou um congelamento das tarifas. Mas é claro que a pistola continua sobre a mesa. Como a Europa deve reagir?

Ela tem uma oportunidade histórica em seu momento mais difícil. Duas grandes superpotências entraram em conflito e a UE tem dois trunfos fundamentais. O primeiro: nosso continente tem uma alta taxa de poupança e, até o momento, é o maior detentor da dívida pública dos EUA. Essa é uma arma decisiva a ser colocada sobre a mesa. Mas há algo mais: é possível responder ao fantasma dos impostos simplesmente ameaçando tributar as plataformas digitais, que estão predominantemente nas mãos dos gigantes estadunidenses. Alavancas que, na minha opinião, nunca deveriam ser acionadas, mas que podem criar as condições para redesenhar um bloco globalizado que eu chamaria de ‘Nova Zona de Livre Comércio’, entre países com alto índice de democracia. Esse seria um passo importante em direção a uma globalização mais equitativa.

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