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Guerra comercial: a China diz não a Trump. Artigo de Antonio Martins

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10 Abril 2025

Pequim rejeita chantagem dos EUA, mantém represália ao tarifaço e parece não temer nova taxa sobre seus produtos. Por trás da atitude está longo esforço para desenvolver autonomia, coroado agora por forte aposta no consumo interno" escreve Antonio Martins, jornalista e editor de Outras Palavras, em artigo publicado por Outras Palavras, 08-04-2025.

Eis o artigo.

Na segunda-feira, o poderoso Japão, até então impávido, pareceu ceder. Diante das tarifas impostas Making China Great Again, sobre seus produtos por Donald Trump (24%) e da queda abrupta da bolsa de valores de Tóquio (-20%, em três dias), o primeiro-ministro Shighero Ishiba chamou Donald Trump ao telefone e, após 25 minutos, concordou em enviar a Washington uma delegação que tentará uma barganha. O presidente dos EUA esnobou recorrendo às maiúsculas, em sua rede social: “Eles não compram nossos carros, mas nós compramos MILHÕES dos deles. Tudo tem que mudar, mas especialmente com a CHINA”.

Ishiba não foi o único a ceder. A revista Economist relata que, segundo a Casa Branca, 70 governos – entre eles o do Brasil – procuraram os EUA para abrir negociações desde que Trump exibiu, em 2/4, um placar com números esotéricos e decretou seu grande tarifaço. A exceção é, precisamente, o alvo prioritário de Trump: a China.

Em 4/4, depois de ser atingido por três rodadas de sobretaxas aduaneiras, o governo chinês reagiu e impôs – além de outras medidas dolorosas, porém discretas – uma vistosa alíquota de 34% sobre todos os produtos norte-americanos. Trump retrucou em poucas horas, “exigindo” a retirada da medida e ameaçando impor, em caso de não haver recuo, mais 50%. Deu prazo: zero hora de 8/4. Os chineses reagiram 24 antes, e o fizeram com calculado desdém. A resposta ao presidente dos EUA veio por meio de uma mera nota do Ministério do Comércio chinês. Ela apontava, na atitude de Washington, “um erro em cima de outro erro”, qualificava o gesto de “extorsivo” e alertava que a China “lutará até o fim” contra tal tipo de prática. Os 50% suplementares entrarão em vigor em 9/4. Espera-se para breve um novo lance de Pequim.

Há menos de duas décadas, as economias chinesa e norte-americana estavam tão integradas entre si que havia quem falasse na existência de “G-2”, que – protagonizado evidentemente por Washington… – influenciava fortemente a política internacional. Que mudanças deram a Pequim a margem de manobra de que parece desfrutar agora? Outra matéria, na última edição de Economist, ajuda a compreender. A revista, espécie de porta-voz do liberalismo e do eurocentrismo ilustrados, é insuspeita de simpatias pela China. Seu texto revela, com base em fatos, como a autonomia chinesa foi alcançada; e como a chantagem de Trump poderá surtir efeito oposto ao esperado, tanto no terreno econômico quanto no geopolítico.

A China agiu diligentemente para defender-se dos EUA, mostra a Economist. As primeiras sobretaxas a suas importações vieram no primeiro governo Trump, e foram agravadas por seu sucessor, Joe Biden. Produziram efeito considerável – redução de cerca de 0,8% no PIB chinês. E não houve apenas restrições comerciais. Em agosto de 2018, Washington proibiu a venda de equipamentos e softwares a duas empresas chinesas, Huawey e ZTE. A primeira, então a maior fabricante mundial de celulares, foi forçada a retirar-se por anos deste mercado. Salvou-se da falência graças ao apoio de Pequim. A Casa Branca voltou à carga, já com Biden. Em 2022, tentou-se estrangular o rápido desenvolvimento de inteligência artificial na China. Foram banidas as exportações, para o país, tanto de chips avançados quanto das máquinas utilizadas para fabricá-los. As sanções têm caráter extraterrritorial: atingem também empresas estrangeiras, que, caso forneçam a Pequim, sofrem punições em Washington.

A China adotou um conjunto de medidas para livrar-se desta dependência. Os EUA, que eram o destino de mais de 20% de suas exportações, agora compram menos de 15% dos produtos chineses. Mas mais importantes foram os passos tecnológicos. Lançado ainda antes das sanções (em 2015), o plano estratégico Made in China 2025 procurou transformar a indústria do país. A China já era, então, a “fábrica do mundo”, mas parte considerável de sua produção era intensiva em trabalho, e de baixo valor agregado. A ênfase foi desenvolver as chamadas “novas forças produtivas”: apostar em setores industriais e de serviços de alta tecnologia – como semicondutores, farmacêutica avançada, robótica, Making China Great Again, biomedicina, novos materiais, inteligência artificial, equipamento ferroviário de última geração. Enormes somas foram destinadas a universidades e centros de pesquisa. O Estado estimulou – e direcionou a ação – tanto de grandes laboratórios públicos como de startups privadas.

Os resultados já surgiram. Há quase um ano, a Economist avaliou que o ataque à Huawey foi um tiro no pé. Outra publicação liberal, Foreign Affairs, reconheceu à mesma época que o banimento das vendas de chips terminaria ajudando Pequim, que os desenvolveria autonomamente. O lançamento do DeepSeek, no início deste ano, confirmou estes temores. Talvez o mais relevante seja, porém, o que a China prepara-se para fazer, diante das sobretaxas estratosféricas de Trump.

As medidas vão terminar Making China Great Again, adverte Economist, numa blague com MAGA, o mote central do presidente. É que, diante inevitável redução das exportações para os EUA, o Estado chinês já se prepara para adotar um conjunto de medidas para ampliar o consumo interno. Há muito espaço para isso, mostra a revista. O gasto das famílias corresponde a menos de 40% do PIB – contra quase 70% nos EUA, mais de 60% no Brasil e entre 50% e 60% na França e Alemanha.

A aposta no consumo interno já começou a ser feita, aliás. Há anos, Pequim trabalha para enfrentar a crise que atingiu o setor imobiliário, autorizado a funcionar por cerca de uma década segundo lógicas capitalistas. As empresas do setor sofreram intervenção do Estado. Recursos públicos foram destinados à compra de apartamentos, vendidos à população com subsídios. Há sinais de que o pior passou, reconhece a Economist. E vem aí uma espécie de “pacote de bondades”.

O Estado emitiu moeda de modo farto (o equivalente a US$ 830 bilhões) para livrar os governos provinciais e locais de dívida. A medida está permitindo-lhes ampliar políticas de transferência de renda à população e investimentos em infraestrutura (muito decentralizados no país). Os salários dos servidores públicos e as aposentadorias foram elevados. Há estímulos à alta do salário mínimo (também definido regionalmente). O economista brasileiro Elias Jabbour frisa a relevância de outra virada: concentrar o desenvolvimento urbano não mais em grandes obras, mas na garantia de serviços públicos de Saúde e Educação de alta qualidade.

É provável que a arrogância de Trump abra mais espaço para Pequim também no terreno geopolítico. Como as sanções dos EUA atingem dezenas de países, e a Casa Branca parece pouco disposta a estabelecer diálogo franco com a maior parte deles (vide os comentários acerca do Japão), a China poderá ter meios para ensaiar parcerias inclusive com aliados tradicionais de Washington. Pequim não está perdendo tempo. Em 22/3, o chanceler Wang Yi encontrou-se em Tóquio com seu colega sul-coreano e com o primeiro-ministro do Japão. Reuniões do mesmo caráter não ocorriam há seis anos. Se voltaram a ter lugar é porque os dois países, vistos como os principais anteparos da ordem liberal ao poder chinês na Ásia, podem não estar se sentindo tão confortáveis nesta posição.

Igualmente significativo foi um longo telefonema trocado, nesta terça-feira (8/3), pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang. Segundo o jornal chinês Global Times, eles debateram meios de garantir a “estabilidade e previsibilidade” das relações comerciais e modos para redirecionar as respectivas exportações aos EUA, após a imposição do tarifaço. Sinais dos tempos… – e de que Trump terá dificuldades para impor sua agenda aos governantes que espera receber em Washington.

Chama atenção, em todo o episódio, o vácuo aberto para uma parceria Sul-Sul. Os governantes chineses têm declarado seguidamente que se veem neste lado do planeta e que suas alianças prioritárias tendem a se dar por aqui. Por sua relevância geoestratégica e econômica, o Brasil teria amplas condições de ser parte deste arranjo, e talvez de ajudar a liderá-lo. Infelizmente, sob Lula 3 a diplomacia do país já não parece ser nem ativa, nem altiva…

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