Mudança climática e ação humana propagam bactérias patogênicas

Foto: Pixabay

Mais Lidos

  • Lira mensageira. Drummond e o grupo modernistamineiro é o mais recente livro de um dos principais pesquisadores da cultura no Brasil

    Drummond e o modernismo mineiro. A incontornável relação entre as elites políticas e os intelectuais modernistas. Entrevista especial com Sergio Miceli

    LER MAIS
  • Indígenas cercados: ruralistas contra-atacam. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS
  • O papel da mulher na Igreja continua sendo uma questão delicada que o Vaticano não consegue resolver. Artigo de Christine Schenk

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

01 Abril 2025

Um estudo publicado na revista Science Advances, intitulado “Anthropogenic activity and climate change exacerbate the spread of pathogenic bacteria in the environment”, revela que as mudanças climáticas e a interferência humana no meio ambiente estão acelerando a propagação de bactérias patogênicas, aumentando riscos à saúde pública e aos ecossistemas.

A reportagem é publicada por Ecodebate, 31-03-2025.

A pesquisa, disponível aqui, destaca como o aumento das temperaturas, a poluição e as alterações no uso da terra criam condições ideais para a proliferação desses microrganismos.

Fonte: Berkeley| Reprodução de Ecodebate

Dados e metodologia

Os pesquisadores analisaram dados globais de microbiomas ambientais, combinando informações climáticas, registros de uso do solo e padrões de resistência bacteriana.

Utilizando modelos computacionais, a equipe identificou correlações entre o aumento da temperatura média do planeta, a contaminação de solos e águas por atividades industriais e agrícolas, e a maior presença de patógenos como Escherichia coli, Salmonella e Vibrio cholerae.

Entre as principais descobertas estão:

Aquecimento global: O aumento das temperaturas favorece a sobrevivência e reprodução de bactérias em regiões antes inóspitas, como áreas temperadas e polares.

Poluição e desmatamento: Desmatamento de florestas, resíduos de antibióticos, metais pesados e despejo de esgoto em rios e oceanos estimulam a resistência microbiana.

Mudanças no uso da terra: Urbanização e agricultura intensiva alteram ecossistemas, facilitando o contato entre humanos e patógenos.

Conclusões e alertas

O estudo conclui que, sem políticas urgentes para reduzir emissões de gases de efeito estufa e regular o uso de antibióticos e poluentes, a disseminação de bactérias resistentes e doenças infecciosas pode se tornar incontrolável. Os autores defendem:

Monitoramento global de microrganismos em ecossistemas vulneráveis.

Regulação mais rígida sobre descarte de resíduos farmacêuticos e industriais.

Investimento em saneamento básico para reduzir contaminações em regiões pobres.

“Estamos criando um ambiente cada vez mais hostil, não só para nós, mas para todos os seres vivos. A saúde do planeta e a humana estão intrinsecamente ligadas”, afirma um dos autores.

A pesquisa serve como um alerta para governos e sociedade: combater as mudanças climáticas e repensar a relação com a natureza são passos essenciais para evitar futuras pandemias.

Referencial bibliográfico

Yu Geng et al. , Anthropogenic activity and climate change exacerbate the spread of pathogenic bacteria in the environment.Sci. Veja aqui.

Leia mais