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Mandado de prisão para Assad. Riccardo Cristiano

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03 Julho 2024

No domingo, 1 de setembro de 2013, no Angelus, o Papa Francisco referiu-se ao terrível massacre de civis sírios, mortos durante o sono – incluindo muitas mulheres e muitas crianças – por um ataque com gás sarin. Ele disse: “Com particular firmeza condeno o uso das armas químicas! Vou lhes dizer ainda tenho gravadas na minha mente e no meu coração as terríveis imagens dos últimos dias! Há um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações do qual não se pode escapar!”

O artigo é de Riccardo Cristiano, jornalista italiano, publicado por Settimana News, 27-06-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A partir de hoje, espero que a fuga de Bashar al-Assad daquele juízo da história chegue ao fim, porque existe uma decisão do Tribunal de Recurso francês que valida o pedido da magistratura francesa para emitir um mandado de prisão contra o Presidente sírio. Um juízo histórico é finalmente formulado. De fato, Assad é responsabilizado pelo massacre químico em Ghouta, que no final de agosto de 2013 causou um número muito elevado - e nunca definitivamente determinado - de vítimas: seres humanos mortos durante o sono, civis indefesos, aos milhares!

Podemos falar abertamente de crime contra a humanidade. Na sangrenta história dos sátrapas do Oriente Médio só existe um precedente: o massacre dos Curdos levado a cabo pelos homens armados de Saddam Hussein, em 16 de março de 1988, em Halbja.

O mandado de prisão internacional de Assad tinha sido pedido em novembro, mas o Ministério Público francês antiterrorismo recorreu da decisão do tribunal, argumentando que Bashar al-Assad gozava de imunidade pessoal concedida aos chefes de Estado em exercício, e que esta só poderia ser revogada como resultado de procedimentos internacionais, como aqueles mais conhecidos, do Tribunal Penal Internacional.

O Tribunal de Recurso francês não aceitou o pedido. Mas é muito interessante destacar que a magistratura francesa dedicada ao combate ao terrorismo tenha tentado imunizar aqueles que praticaram e ainda praticam o terrorismo de Estado.

Isso confirma os discursos que o Padre Paolo Dall'Oglio fazia comigo sobre as características dos conflitos do Oriente Médio, com uma mistura de membros dos serviços secretos de meio mundo, figuras de narcotraficantes e vendedores de armas e de seres humanos, para formar "uma cloaca escura", malcheirosa, destinada justamente a distrair e desviar. Agora pode haver um recurso no Supremo Tribunal? Não sei, não vou descartar. Mas realmente espero que não.

Por uma curiosa coincidência da história, a decisão da Corte foi proferida nas mesmas horas em que se aproximava do fim a visita do Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, ao Líbano. Como relatei nos últimos dias, Parolin, no Líbano, reiterou – no meio da gritaria de muitos – que o país “deve continuar a ser uma mensagem”, para o Mediterrâneo e para o mundo. Aquelas palavras - lembro-me - fundamentaram o magistério de João Paulo II no Médio Oriente e o início do diálogo inter-religioso animado pelo "Espírito de Assis", a partir do lugar altamente simbólico onde João Paulo II elevou a sua famosa oração pela paz, na qual pediu para se unirem - com palavras diferentes ou com o silêncio - a todos os líderes religiosos do mundo.

O Espírito de Assis, no Oriente Médio, também pode ser chamado de Grande Líbano, ou seja, o país que une, na mesma nacionalidade, os membros das numerosíssimas comunidades de fé presentes, não só no Líbano, mas em todo o Oriente Médio: algo muito diferente do estado-gueto dos cristãos de lá concebido pelo colonialismo francês.

O Grande Líbano - assim entendido - é a “besta negra” dos Assad e da sua "Grande Síria", paradigma inverso, que absorve em si, sob o seu governo tribal, todos os territórios que vão desde o atual reino da Jordânia até ao sul da atual Turquia, até ao Mediterrâneo: incluindo o Líbano, obviamente.

Na Síria dos Assad não há o encontro entre Comunidades, mas a reunião dos Chefes das tribos a serviço do clã familiar do Presidente. Essa é a visão de um mundo que é definido pelo termo “um”: um partido, um chefe, uma vontade.

Em nome do absolutismo centralista e de clã herdado do pai, Bashar al-Assad cometeu os crimes mais horrendos. Não é por acaso que recebeu a presidência da República Árabe Síria: essa é a denominação tomada de Hafez al-Assad, embora a população síria não seja apenas constituída por árabes, mas também, por exemplo, por muitos curdos. Mas se o Assad pai - com a ferocidade repressiva do seu sistema de poder - soube fazer do seu país a agulha do equilíbrio entre os principais sujeitos em conflito (Turquia, Sauditas, Irã e outros): seu filho, a agulha, simplesmente o orientou para o crime de Estado organizado.

Criou uma cúpula de negociações e repressiva que, nos primeiros sinais da chamada Primavera Síria, emanou todo o mal possível, explorando o afluxo dos terroristas islâmicos, primeiro para atolar os estadunidenses no Iraque, depois para se legitimar aos olhos de um atordoado Ocidente, como hipotético “mal menor”, ao lado do aliado russo (Putin).

Assim, aquele massacre de Estado em Ghouta, foi apresentado, até agora, mesmo nas nossas paragens, como uma autopromoção dos insurgentes – a serem classificados todos como terroristas – porque, para desacreditar o regime e enganar o mundo, não teriam hesitado em matar os seus irmãos. Falso!

É a inversão da história que agora é revelada, apesar de tudo, pela magistratura francesa, que já não culpa mais as vítimas, mas aponta o dedo diretamente ao carrasco.

Aqui está, de fato, a coincidência, das mesmas horas, entre a divulgação da boa notícia de Paris e a sincera invocação do Grande Líbano pelo Cardeal Parolin: ela ainda assinala que um outro caminho é sempre possível; um outro mundo árabe é possível se o modelo de centralismo despótico – de inspiração napoleônica, não esqueçamos – for suplantado pelo modelo da convivência como irmãos e irmãs na humanidade.

Penso que - particularmente neste dia - deveríamos recordar os cristãos que se recusaram a servir de muletas ao sistema totalitário de Assad e, por isso, foram mortos nas ruas, à luz do sol de Beirute: lembro-me do grande intelectual Samir Kassir, o editor de qualidade Gebran Tuéni, o corajoso sindicalista (comunista) Georges Hawi, a jornalista – que sobreviveu milagrosamente – May Chidiac, o ministro Pierre Gemayel e outros ainda. O mandado de prisão emitido por Paris, de certa forma, também fala deles, das vítimas da mesma mão assassina, em nome do mesmo projeto totalitário.

Se tudo isso for verdade – e é – também deverá haver evidentes consequências políticas, árabes e europeias.

Mas no que diz respeito ao mundo político árabe de hoje, não há dúvida de que, quase por unanimidade, Assad seja readmitido nos salões: depois de ter sido expulso, ele agora participa nas cúpulas da Liga Árabe, e muitas embaixadas árabes reabriram as portas em Damasco. Claro que em troca lhe pediram que acabasse com o comércio global da droga sintética da qual é o grande produtor - o captagon - com a qual está invadindo o Oriente Médio, formando alianças com importantes cartéis do narcotráfico. Mas ainda não o fez, pelo contrário, aumentou ainda mais o mercado, com a entrada em cena de novas drogas sintéticas.

E a Europa? Queremos olhar um pouco aqui para dentro? Sabemos agora como o impressionante número de sírios que Assad afugentou, quando não deportou, por exemplo, para o Líbano - como "súditos infiéis" - é hoje impossível de ser gerido pelo país. O Líbano – devido à política do Hezbollah – está em colapso. As pessoas do Líbano, compreensivelmente, gostariam que os sírios voltassem para o outro lado da fronteira de onde vieram. Mas os sírios – sabendo muito bem o que os espera – não querem regressar a uma casa que não existe. Nunca o farão. Para eles é melhor tentar fugir para a Europa, por mar (rota mediterrânea) ou por terra (rota dos Balcãs), como ilegais, como desesperados. Isso preocupa a Grécia, Chipre, Romênia... e Itália.

E Assad? Fala-se nos bastidores que esteja pensando num acordo de troca, rumo à reabilitação total: proporia a todas as diplomacias ocidentais a reabertura de sedes diplomáticas em Damasco e depois traria os refugiados de volta à pátria. Para fazer o quê? Às embaixadas, o que isso importa?

Pois então: a decisão do sistema de justiça francês intervém de forma oportuna, justamente agora. Enquanto alguém na Europa pensa em negociar com Assad, a Interpol chega com o seu pedido de prisão, feito pela França. Por um crime hediondo: contra a humanidade!

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