27 Novembro 2024
"E posso estar dizendo algo banal, já repetido e conhecido, mas está diante dos olhos de todas e de todos que está bem longe de ser implantado como um sistema que envolve as agências de formação, os centros de informação e a consciência coletiva", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 25-11-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
O que é necessário é uma campanha geral de ecologia mental dos homens. Informação e formação, sensibilização e apoio, acompanhamento e persuasão. Não sei com que outros vocabulários explicitar isso, mas é uma ação urgente. Devemos nos dar conta de que o patriarcado que degenera em abuso, assédio, violência e morte está muito mais profundamente arraigado na psique dos homens do que pensamos. E posso estar dizendo algo banal, já repetido e conhecido, mas está diante dos olhos de todas e de todos que está bem longe de ser implantado como um sistema que envolve as agências de formação, os centros de informação e a consciência coletiva.
Trata-se de um desafio para o qual cada uma e cada um, neste dia - solene e doloroso - de 25 de novembro, deveria se engajar. E começar pelas rebarbas da linguagem que revelam muito - muito mesmo - sobre a consciência e a conscientização, e banir as piadas, as insinuações, as piscadelas e todo tipo de assédio camuflado nos discursos exclusivamente de/para homens. É ali que os insetos daninhos e repulsivos costumam depositar suas larvas, que depois ouvimos escandalizados no noticiário, acompanhados por entrevista com o vizinho que está sempre pronto para jurar que “parecia ser uma boa pessoa”.
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As larvas do assédio. Artigo de Tonio Dell'Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU