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Ezequiel: os falsos profetas tapeiam o povo. Artigo de Frei Gilvander Moreira

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11 Julho 2024

"Em 2024, em setembro, mês da Bíblia, as comunidades cristãs são convidadas a refletir e a aprofundar sobre e a partir do livro de Ezequiel, profeta e sacerdote. Eis um pequeno texto que busca alimentar a reflexão e a prática cristã de forma justa e libertadora. Ezequiel foi exilado junto com a elite judaica para a Babilônia, mas não escravizado como o “resto” do povo, os sem-terra, os deserdados, que ficaram na Palestina, mas sem acesso à terra. O processo de libertação da terra dos que foram jogados no cativeiro foi sofrido, pois “comerão o pão com angústia e beberão água com pavor” (Ez 12,19), profetizava Ezequiel. Enquanto a elite dominante continuar desgovernando o povo, Javé não será reconhecido (Ez 12,20). Todo sistema econômico e político injusto tenta se justificar com ideologia religiosa", escreve Gilvander Moreira, frei e padre da Ordem dos carmelitas.

Gilvander é doutor em Educação pela FAE/UFMG, licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália. É também assessor da CPT, CEBI, SAB e Ocupações Urbanas, além de professor de movimentos sociais populares e direitos humanos” no IDH, em Belo Horizonte.

Eis o artigo.

Ezequiel repudia as visões e presságios mentirosos (Ez 24), os que vão empurrando o povo com a barriga, de ilusão em ilusão. No capítulo 12, Ezequiel enfatiza que a incompreensão de Deus está levando o povo ao exílio, à deportação. Os que estão no poder, ao serem alertados sobre as consequências de suas más ações, tentam se justificar alegando que não terão consequências imediatas e que, talvez, ocorram, mas em tempo muito distante. O profeta Ezequiel insiste que as consequências serão muito mais rápidas do que se pensa e pesadas.

Em Ez 13, em um olhar panorâmico, Ezequiel se volta contra os “profetas de Israel” que profetizam segundo “o seu próprio coração/espírito e são cegos” (Ez 13,3). “Ai dos profetas insensatos, que são como raposas no meio de ruínas” (Ez 13,3-4), porque não vigiaram e nem construíram resistência (Ez 13,5). São mentirosos ao dizerem “Oráculo de Javé”, pois têm visões vãs e promessas mentirosas. Javé não tolera os falsos profetas com falsas visões. Eles devem ser excluídos do Conselho do Povo e não terão direito de retornar do exílio (Ez 13,9).

Os falsos profetas desencaminham o povo com falsas propostas de paz com apaziguamento que não passam por relações sociais da ética e da justiça (Ez 13,10). Não é com simples reboco que se conquistará paz como fruto da justiça. É preciso reconstruir as relações sociais e não apenas remendar (Ez 13,10). A profecia profunda de Ezequiel diz que reboco não terá força de resistir a chuva torrencial (Ez 13,13) e que “o muro está demolido e os alicerces ficarão à vista e vós perecereis debaixo dos escombros” (Ez 13,14).

Profecia de reboco é idolatria, é falsidade, é mais do mesmo, porque esconde as rachaduras do sistema capitalista e do mercado idolatrado e também das idolatrias religiosas. Esperança alienante é ilusão, é farsa.

As falsas profetisas também são denunciadas com veemência pela profecia de Ezequiel, pois elas seduzem o povo pela aparência e são venais, “se vendem por um punhado de cevada, por uns pedaços de pão” (Ez 13,19a) e “condenam à morte quem não deve morrer e poupam a vida de quem deve morrer” (Ez 13,19b). Ezequiel tolera mais “o povo que ouve as mentiras” (Ez 13,19) do que as falsas profetisas, pois estas têm mais poder de violentar o povo do que o povo quase sem poder. De forma enfática diz a profecia de Ezequiel sobre as falsas profetisas: “Libertarei o meu povo das vossas mãos e sabereis que eu sou Javé” (Ez 13,23).

Olhando mais de perto, aqueles e aquelas que são lideranças religiosas estão oprimindo e explorando o povo tanto quanto ou mais que o rei e seus comparsas. Contexto de teocracia. Ez 13 é um dos muitos textos bíblicos que mostram o perigo de lideranças religiosas que se apresentam como mensageiras de Deus, mas na prática tosquiam o povo.

Em uma visão panorâmica, Ez 14 denuncia com veemência a idolatria praticada por “alguns anciãos de Israel” (Ez 14,10), o que deixa Deus irado (Ez 4). Quem está enleado em idolatria não tem moral para se dirigir a Deus. Convertam-se de sua idolatria! Só no primeiro semestre de 2024, no Brasil, mais de 80 pastores foram presos por vários crimes.

Em Ez 14,13-23, Ezequiel sintetiza os efeitos da profecia apresentada em Ez 12,1-14,12, ao ponderar que mesmo com o exílio de quase todo o povo e a deportação, não ficará apenas terra arrasada, mas a esperança continuará de pé, porque “um resto” sobreviverá e assim como Noé, Daniel e Jó, heróis populares que ficaram no imaginário do povo como fiéis e justos, alguns manterão acesa a chama da profecia.

Refletindo a partir da profecia de Ez 12-14, é necessário reconhecer que por trás dos textos proféticos de endurecimento há o mistério da liberdade humana e da soberania divina, que é o amor infinito de Deus. Em relação a Deus, há uma consciência profética que as obras e a Palavra de Deus não podem permanecer sem efeito (cf. Is 55,11), são sempre eficazes (diferente de eficiente). Se não produzem imediatamente a conversão, devem amadurecer a pessoa (ou o povo) para um novo encontro com a verdade, o que, em última análise, não exclui a possibilidade de conversão.

Ezequiel enfatiza que a profecia se cumprirá para que os destinatários da profecia fiquem “sabendo que há um profeta aqui contra eles” (Ez 2,5; 33,33), para que “saibam que Javé falou” (Ez 5,13), “que foi Javé que tirou de diante das nações” (Ez 21,10) e para que “fiquem sabendo que eu sou Javé” , repetido dezenas de vezes para enfatizar. No livro de Ezequiel, por 53 vezes se repete “para que fiquem sabendo que eu sou Javé”. Por que e para que tanta repetição? Esta repetição é um refrão repetido à exaustão ao longo dos 48 capítulos de Ezequiel. Indica várias coisas. Primeiro, que a profecia de Ezequiel acontece no meio de uma brutal idolatria, sendo apego a outros deuses ou, pior, manipulação do Deus Javé.

Neste contexto de idolatria a todo vapor, torna necessário afirmar e reafirmar a identidade do Deus da Aliança, que não é qualquer Deus, mas Javé, Deus solidário e libertador, o que ouviu o grito dos povos escravizados, desceu para libertá-los e se tornou companheiro de caminhada na luta por terra, pão e liberdade (Ex 3,7-9). Segundo, indica que Javé jamais abandona seus povos, marca presença constante e permanente no meio dos povos injustiçados, mesmo sendo muitas vezes ignorado e rejeitado. Terceiro, Javé jamais se omite diante das injustiças e nem se faz cúmplice dos esquemas de exploração e opressão que levam os povos à morte.

Leia mais

  • Ezequiel: a glória de Javé com os deserdados da terra? Artigo de Gilvander Moreira
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