Candidato bolsonarista à prefeitura de Belém questiona COP30

Foto: Wikimedia Commons

Mais Lidos

  • “Não podemos fazer nada”: IA permite colar em provas universitárias com uma facilidade sem precedente

    LER MAIS
  • São José de Nazaré, sua disponibilidade nos inspira! Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

03 Julho 2024

A pré-candidatura do negacionista climático Éder Mauro à prefeitura de Belém virou motivo de incômodo entre integrantes dos governos federal e do Pará.

A informação é publicada por ClimaInfo, 03-07-2024.

Faltando menos de 500 dias para a abertura prevista da 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém do Pará, a cidade pode estar prestes a eleger um prefeito que não está interessado em qualquer discussão sobre a crise climática. Pior: ele rejeita a realização do evento, pura e simplesmente por cegueira ideológica, a exemplo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cancelou a realização da COP25 em Salvador, em 2019.

O nome em questão é do deputado federal Éder Mauro (PL), apoiado por Bolsonaro e considerado um dos favoritos à disputa pelo comando da capital paraense nas eleições municipais de outubro. A Folha conversou com o pré-candidato, que foi lançado oficialmente no último final de semana.

Mauro preenche todos os requisitos esperados de um candidato bolsonarista: egresso da bancada da bala, o deputado é defensor do garimpo, crítico de operações de combate a crimes ambientais, e não dá a mínima para a questão climática (considerada por ele como um “exagero”).

Sobre a COP, o pré-candidato do PL não demonstrou qualquer entusiasmo com o evento. “Como deputado, não estou nem um pouco preocupado com a questão. [Como candidato], me preocupo com a cidade”, afirmou. Ele pontuou que, se eleito, deverá participar da conferência “queiram eles ou não”.

A preocupação com Belém citada pelo parlamentar não inclui os impactos do desmatamento da Amazônia sobre o clima global. Para ele, as enchentes que acontecem há anos no centro da capital paraense “não tem absolutamente nada a ver [com] essa questão do aquecimento global e do desmatamento”.

Uma eventual vitória de Éder Mauro coloca um obstáculo significativo aos planos dos governos federal e do Pará para a realização da COP30 em Belém. O atual prefeito da cidade, Edmilson Rodrigues (PSOL), que apoia o projeto da conferência e deverá contar com o apoio do PT do presidente Lula, não tem bom desempenho nas pesquisas. E Igor Normando (MDB), apoiado pelo governador Helder Barbalho, ainda não emplacou.

Enquanto a campanha eleitoral começa a esquentar, Belém corre para realizar as obras necessárias para sediar a COP30 em 2025. Na última 6ª feira (28/6), o governo paraense celebrou o marco de 500 dias até a abertura da conferência destacando as ações de desenvolvimento urbano e de ampliação da rede hoteleira da cidade.

“Estamos requalificando a cidade, melhorando a vida de 2,3 milhões de pessoas que vivem e trabalham na região metropolitana. Essas pessoas poderão ter uma cidade que passou por profundas transformações, resultado do investimento de 4 bilhões de reais em infraestrutura, mobilidade, desenvolvimento urbano, conectividade e turismo”, afirmou Barbalho.

O g1 fez um levantamento da situação de 13 obras anunciadas recentemente pela prefeitura de Belém e pelo governo do Pará. Dessas, apenas a reforma do Mercado de São Brás pode ser concluída ainda em 2024, sendo que a maior parte das obras não tem um prazo de conclusão informado ou devem ser entregues em partes até o início da COP. As obras mais caras devem ser a implementação do Parque da Cidade (orçada em R$ 980 milhões) e a macrodrenagem do rio Tucunduba. (R$ 841 milhões).

Pará Terra Boa, Revista Cenarium e SBT também repercutiram as obras da COP em Belém.

Leia mais