O padre e a bajulação. Artigo de Domenico Marrone

(Foto: Alisa Reutova | Unsplash)

26 Outubro 2023

"No nosso tempo, onde a ascensão social a qualquer custo parece ser o objetivo principal, a bajulação é generalizada e evidente em todos os setores da sociedade. Manifesta-se de muitas formas e atinge o seu ápice entre políticos, religiosos, literatos, artistas e muitas outras categorias sociais. Está presente em todo lado, envolvendo tanto os ricos como os menos afortunados, os poderosos e os simples trabalhadores".

A opinião é de Domenico Marrone, teólogo e padre italiano, professor no Instituto Superior de Ciências Religiosas de Bari, na Itália, em artigo publicado por Settimana News, 23-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini

Eis o artigo.

Na Bíblia, o conceito de bajulação refere-se ao ato de elogiar excessivamente alguém com a intenção de obter vantagem pessoal. Esse conceito também é conhecido como “lábios lisonjeiros” (Salmos 12,2), pois representa uma tentativa de obter favores a todo custo através de elogios e atenções excessivas ou insinceras. Provérbios 26,28 declara: “A língua falsa odeia os que ela aflige, e a boca lisonjeira provoca a ruína”.

Exploraremos mais profundamente o significado da bajulação e das lisonjas para compreender melhor como essas práticas afetam as relações, particularmente entre presbíteros, entre presbíteros e bispos, e como se possa resistir a elas. Os bajuladores usam “suaves palavras e lisonjas” para enganar as pessoas simples (Rm 16,18).

Economia de troca

O ato de bajulação consiste em fazer elogios excessivos para conseguir algo de alguém, transformando-o em um ato egoísta, manipulador e desonesto. A Bíblia não condena o elogio, que, diferentemente da bajulação, é sincero e consiste em reconhecer honestamente as qualidades e os sucessos de outra pessoa, expressando sincero apreço e admiração. A diferença fundamental entre bajulação e elogio reside na veracidade das afirmações e nas intenções de quem as faz.

A bajulação geralmente é falsa e motivada pelo egoísmo, enquanto o elogio é sincero e altruísta. Um elogio genuíno tem como objetivo demonstrar empatia, apreço e encorajamento ao destinatário, enquanto a bajulação, em última análise, busca tirar alguma vantagem em quem a pratica, como se afirma em Judas 1,16: “são cheias de si e adulam os outros”.

Como a bajulação afeta as nossas relações? A bajulação pode ter um impacto negativo nas nossas relações, pois manipula e compromete a confiança e a honestidade nelas. As relações começam a degenerar, as palavras perdem a sinceridade e a amizade perde o seu verdadeiro significado. Como destaca o Salmo, o coração se divide em dois: um coração sincero que se cala e um coração insincero que louva. Essa divisão do coração prejudica a amizade e, com o tempo, o coração mentiroso corrompe e arruína o bom.

Em 1641, Torquato Accetto[1], um poeta que vivia em Trani, publicou um panfleto que refletia com desaprovação sobre sua época. A obra continha versos que destacavam a sua sensibilidade moral, ao refletir sobre o conformismo e a hipocrisia da sociedade de sua época. Accetto questionava-se como um indivíduo honesto poderia reagir e viver numa sociedade moralmente corrupta. Essa obra recebeu o título de Sobre a dissimulação honesta[2] e convidava à reflexão e à prudência, levantando questões de profunda importância moral.

Accetto fazia uma distinção entre simulação, considerada moralmente repreensível por causa das intenções utilitaristas, e dissimulação, que ele via como a única forma de se defender de uma sociedade de simulacros. Ele argumentava que a chave para ter sucesso exigia uma alma honesta e um bom equilíbrio entre honestidade e cautela. Accetto queria demonstrar que a dissimulação, quando utilizada com sabedoria e sem cair na mentira, poderia ser uma ferramenta de defesa contra a opressão dos poderosos.

Com esse tratado, Accetto entrava na polêmica sobre a razão de Estado, focando na questão da legitimidade do fingimento. No entanto, ele considerava o fingimento uma “arte de paciência” e não uma arte de mentira, em contraste com a verdade absoluta.

No nosso tempo, onde a ascensão social a qualquer custo parece ser o objetivo principal, a bajulação é generalizada e evidente em todos os setores da sociedade. Manifesta-se de muitas formas e atinge o seu ápice entre políticos, religiosos, literatos, artistas e muitas outras categorias sociais. Está presente em todo lado, envolvendo tanto os ricos como os menos afortunados, os poderosos e os simples trabalhadores.

Conformismo

A bajulação tornou-se um vício generalizado, alimento da comunicação e da obsessão por elogios mútuos. Essa prática tem dificultado o reconhecimento do mérito autêntico em meio a um mar de elogios exagerados.

A bajulação representa uma forma insidiosa de conformismo, e o próprio Platão a condenou, considerando as lisonjas particularmente prejudiciais e perigosas. Ele argumentava que era errado tentar obter favores por meio de atitudes afetadas e dissimuladas. Soprar fumaça por meio de uma linguagem empolada era uma forma de tentar ganhar favores, por meio de elogios e hagiografias exageradas.

As pessoas mentem por vários motivos: por oportunismo, por medo, por hábito. Muitas vezes se recorre a uma linguagem ambígua e “diplomática” para evitar dizer diretamente o que se pensa ou quer. Utilizam-se alusões e silêncios estudados, finge-se possuir conhecimentos ou poderes que na realidade não existem ou que são irrelevantes.

Alguns entregam-se à bajulação, praticando até a “arte de rastejar”, onde não expressam opiniões pessoais, mas conformam-se completamente às do seu superior, aceitando qualquer afronta ou capricho.

A bajulação é uma capacidade extraordinária de escapar às críticas tradicionais dos vícios, e poucos reparam no quanto está difundida, apesar dos avisos de autores respeitados como Cícero e Tácito. Em certo sentido, convenceu os homens de que não existe, tal como Baudelaire disse sobre o demônio.

A bajulação pode ser ligada à inveja, porque os bajuladores são invejosos, porém mais sutis e expertos. Assim como os invejosos, tentam de forma indireta privar alguém de algo, mas o fazem de forma sorrateira e aparentemente amigável.

Por um lado, existe a língua bulímica que busca elogios desmedidos para obter favores, enquanto do outro existe a língua bifurcada do invejoso, que transforma a bajulação em maldição. O bajulador veste uma máscara para transformar o desejo de criticar em cumprimentos entusiasmados à pessoa que está adulando.

Enquanto o invejoso espalha veneno de forma velada, o adulador procura cuidadosamente ouvidos onde possa derramar seus elogios. O bajulador torna-se um espelho distorcido no qual quem é adulado adora se refletir, buscando conforto no galanteio interessado. Tal como Narciso, que não consegue afastar-se da sua imagem refletida, a pessoa lisonjeada não tolera que o espelho possa revelar outra coisa senão a sua vaidade ou a sua necessidade de confirmação.

Como diz o Evangelho, os homens religiosos aceitam glória uns dos outros e não procuram a glória que vem somente de Deus (cf. Jo 5,44).

Autoridade

Na bajulação, existem dois tipos de pessoas: as que bajulam e as que querem ser bajuladas. Não existe uma terceira opção. Os bajuladores podem ler os pensamentos dos outros e dizer exatamente o que eles pensam. Todos, pelo menos uma vez na vida, foram vítimas de bajulação ou apreciação, mesmo quando claramente excessivas.

Em toda sociedade com figuras de autoridade, sempre haverá aqueles dispostos a lisonjas para ganhar poder e prestígio. É surpreendente como o galanteio prosperou em períodos de grande inteligência e criatividade, como a Renascença, com as suas cortes cheias de aduladores.

“Gostamos de acreditar que quanto mais inteligente um indivíduo é, mais alto ele sobe na escada do sucesso e menos vulnerável é às lisonjas. Na verdade, parece ser exatamente o oposto. Quem tem sucesso e tem maior autoestima interpreta o elogio a si mesmo não como lisonjas, mas como uma demonstração de sagacidade por parte do interlocutor... Quem não tolera os tolos tolera facilmente os bajuladores”[3].

O adulador e aquele que é adulado colaboram na mesma distorção nociva. Quando perguntaram a Bias de Priene qual era a criatura mais nociva, ele respondeu: “Se você fala de feras, o tirano; se de animais domésticos, o bajulador"[4].

É interessante notar que Bias identifica a bajulação como um dos perigos mais graves na vida “doméstica”, isto é, na sociedade civil baseada em relações genuínas. Esse risco surge quando a sedução e o engano se infiltram em relações pacíficas e normais, dando-lhes uma aura de falsidade e, por fim, de suspeita, causando sua irreparável ruptura.

Necessidade de aprovação

A franqueza é uma qualidade extremamente difícil de manter, enquanto a bajulação é surpreendentemente fácil. Se a franqueza tiver somente um mínimo sinal de falsidade, isso se torna imediatamente aparente. Por outro lado, a bajulação, mesmo que completamente falsa em todos os aspectos, ainda é apreciada e agradável de ouvir. Embora possa ser uma forma superficial de prazer, ainda é um prazer. Além disso, a bajulação, por mais óbvia que seja, é frequentemente aceita como pelo menos parcialmente verdadeira.

A atitude do “adulador” é manipuladora, pois explora o desejo natural de aprovação dos outros. Porém, o equilíbrio entre a consciência de ser objeto de atenções e lisonjas alheias e o prazer de se sentir lisonjeados é frágil. O adulador pode ser facilmente identificado, pois não conseguirá esconder seu interesse pessoal.

A bajulação é também “não dizer a uma verdade, é exagerar, é fazer crescer a vaidade”. O Papa Francisco conta o caso de um sacerdote, “conhecido muito tempo atrás”, que acolhia de bom grado “todas as adulações que lhe faziam”, era a sua fraqueza. A bajulação começa “com má intenção”[5].

O Papa Francisco, por ocasião do encerramento do Jubileu da Misericórdia, numa longa entrevista à Tv2000 e à Rádio InBlu, transmitida em 20 de novembro de 2016, afirmou: “Tenho alergia aos bajuladores. Tenho alergia. Isso é natural em mim, né, não é uma virtude. Porque bajular o outro é usar uma pessoa para um propósito, oculto ou visível, mas para obter algo para si. Além disso, é indigno. Nós, em Buenos Aires, na nossa gíria portenha, chamamos os bajuladores de “lambe meias”, e a figura é justamente daquele que lambe as meias do outro. É ruim mastigar as meias alheias, porque... é um nome bem adequado... E para mim também, quando me elogiam, até mesmo alguém que me elogia por algo que deu certo: mas imediatamente, você percebe quem elogia você para louvar a Deus, ‘então, está bem, muito bom, continue, é assim que se deve fazer!’, e quem faz isso com um pouco de óleo para faciliatar… Mas o bajulador é… não sei como se diz em italiano, mas é como o óleo, viscoso”.

Dante Alighieri colocou os bajuladores na segunda Bolgia do oitavo círculo, o penúltimo dos círculos do Inferno. Para Dante, a bajulação é considerada a mais grave de todas as formas de violência, superior até ao assassinato, e só perde para a traição. Portanto, o castigo infligido aos bajuladores consiste em serem mergulhados no esterco até o pescoço, como se pode ler no seguinte trecho: “Subimo-nos: então no fosso imundo / Vi gente em tal cloaca mergulhada, Que a sentina figura ser do mundo."[6].

A Bolgia dos fraudadores é povoada por aqueles que enganaram os poderosos por meio da sua bajulação para fins pessoais, e os bajuladores se enquadram nessa categoria. Dante manifesta o seu desprezo por eles, castigando-os com essa terrível condenação, que é o contrapasso inexorável pela abundância de palavras doces e lisonjeiras que usaram na vida. Um bajulador dantesco explica que sua língua nunca poderá ser satisfeita pelas lisonjas que pronuncia.

Os bajuladores se escondem atrás de uma aparência gentil e sinuosa, camuflando sua malícia. Estão até dispostos a mentir e distorcer a verdade em troca de obter benefícios pessoais. Esse comportamento insincero os caracteriza de várias maneiras:

- No sentido do tato, utilizam palavras que “suavizam” e “acariciam”, acariciando o ego dos outros e incentivando a sua vaidade.

- No sentido do paladar, suas palavras são doces como mel, açucaradas e melífluas, mas no final deixam uma sensação de estar sujo.

- Além disso, costumam usar expressões que implicam sugar ou lamber, resultantes de práticas servis como o beijo de anel ou dos pés.

- Mesmo no sentido da audição, sua voz é persuasiva e flautada, evocada por expressões como “passar cantadas, trovar”.

A bajulação era vista pelos antigos gregos como uma técnica ilícita, pois explora as fraquezas humanas e pode levar à destruição da convivência civil. Essa perspectiva contrastava com o ideal democrático dos antigos gregos, que não aceitavam a ideia de que alguns indivíduos se considerassem superiores e que outros se humilhassem perante eles. Portanto, a bajulação era considerada auto-humilhação e antidemocrática.

Ao longo da história, desde a época romana até à sociedade atual, a bajulação sempre triunfou. Na sociedade atual, dominada pelo culto à carreira, a fidelidade aos superiores é muitas vezes mais apreciada do que a competência, e as críticas, que poderiam pôr em causa o espetáculo em curso, são mal vistas. Isso favorece a ascensão de indivíduos “orgânicos” ao poder que praticam a bajulação para alcançar o sucesso.

Na Igreja

A esse respeito, o Papa Francisco usou palavras fortes para alertar os bispos: “Não vamos cair na tentação de nos aproximarmos apenas de sacerdotes simpáticos ou aduladores e de evitar aqueles que, segundo o bispo, são antipáticos e francos; entregar todas as responsabilidades aos sacerdotes disponíveis ou ‘alpinistas’ e desencorajar os sacerdotes introvertidos, mansos, tímidos, ou problemáticos"[7].

A mesma advertência também vem de longe, do Papa Clemente XIII na encíclica A quo die de 1758 adverte: “Na verdade, talvez não haja nada mais contrário à caridade: se aquela terrível praga toma um bispo e o contagia, a bajulação se insinua dele e ataca a parte mais nobre dele, isto é, a alma; o conquista com bajulações venenosas; e ao inflar desproporcionalmente aquela excessiva e má autoestima, pela qual cada um de nós é tantas vezes enganado, reduz aquele infeliz a tal ponto que ele não busca mais a glória de Deus, mas a sua própria glória; aquela glória que o próprio Cristo declarou não procurar (Jo 8,50).

A bajulação, além disso, é acompanhada pela maledicência e pela falsidade, como por perniciosos satélites e servos; e como são afastadas as pessoas honestas e válidas, chega-se ao ponto em que nada mais de saudável, nada mais de íntegro, permanece no seguimento do Bispo. Por isso o sábio Salomão adverte: “Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir alguém a canção dos tolos” (Eclesiastes 7.5). E ainda: “Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios” (Pv 4,24). E aquele ditado que o Bispo deve ter sempre presente: “O governante que dá atenção às palavras mentirosas achará que todos os seus servos são ímpios” (Pr 29,12) [8].

Se o bispo é convidado a desempenhar um papel de paternidade concreta para com os seus padres, mostrando disponibilidade no encontro com eles, interessando-se pelas suas vidas, pela sua saúde e pelas suas condições de vida, da mesma forma os padres são chamados a estabelecer com o seu bispo uma relação sincera, honesta, aberta e colaborativa. Essa relação não deveria ser caracterizada por lisonjas, mas pelo respeito, e nem sequer deveria basear-se em rebelião e fofocas, mas na comunicação aberta e franca, ou seja, a parrésia. Como ressalta Santo Agostinho, na sua advertência sobre os desafios e perigos do ministério sacerdotal na sua carta ao Bispo Valério...

“Em primeiro lugar peço à vossa religiosa prudência que considere que nesta vida e sobretudo neste tempo não há nada mais fácil, agradável e aprazível aos homens do que a dignidade de bispo ou padre ou diácono, mas nada mais miserável, funesto e repreensível diante de Deus se for feito de forma negligente e com vil adulação."[9].

Pode-se então refletir sobre a linguagem direta e firme de Dom Milani que transmite o sofrimento numa carta a Arturo Carlo Jemolo datada de 7 de setembro de 1958. Na carta, Dom Milani afirma: “Dediquei-me a tentar ser uma pessoa santa, mas mesmo se eu tivesse chegado a tal estado, teria sido inútil nesta vida, pois apenas teria evidenciado o quanto seja deplorável uma Cúria que afasta os santos e recompensa os bajuladores e os espiões”.[10].

A bajulação pode ter um impacto nocivo nas nossas relações na vida cotidiana, minando a honestidade e a confiança. Quando bajulamos alguém para ganho pessoal, corremos o risco de perder a confiança dos nossos colegas e de criar um ambiente tóxico.

Para resistir à tentação da bajulação, é importante seguir alguns conselhos práticos:

- Praticar a honestidade: a bajulação se baseia na falsidade. Devemos tentar ser sinceros em nossas palavras e ações, evitando exagerar ou enganar os outros.

- Aprender a dizer “não”: não devemos ter medo de dizer “não” quando nos perguntam algo que vai contra os nossos princípios ou que pode levar a comportamentos aduladores. Afirmar nossos valores é essencial para manter a nossa integridade.

- Cultivar relações saudáveis: vamos tentar nos cercar de pessoas que nos apoiam e nos ajudam a resistir à tentação da bajulação. Relações baseados na honestidade e na confiança são fundamentais para o nosso crescimento pessoal e profissional.

- Refletir sobre nossas ações e escolhas: antes de agir ou falar, deveríamos nos perguntar se estamos agindo para nossa vantagem pessoal ou para o benefício dos outros e da comunidade. Essa reflexão pode nos ajudar a evitar comportamentos aduladores.

Em conclusão, a resistência à tentação da bajulação exige empenho e consciência. Seguindo esses conselhos, podemos construir relações mais saudáveis e autênticas, baseadas na honestidade e na confiança mútua.

Notas

[1] Nascido por volta de 1590 em Trani, em 1612 mudou-se para Andria e começou a trabalhar como secretário dos duques de Carafa. Em 1618 estava em Nápoles e provavelmente frequentou a Accademia degli Oziosi, fundada em 1611 pelo mecena e estudioso Giovan Battista Manso. Escreveu várias rimas, nas quais destacou sua delicada consciência moral e o curto tratado Della dissimulazione onesta: nascido no contexto da dominação espanhola na Itália, foi publicado em Nápoles em 1641 e rapidamente esquecido. O panfleto foi depois redescoberto por Benedetto Croce no início do século XX e republicado por Salvatore S. Nigro.

[2] T. T. Accetto, Della dissimulazione onesta, OMB e DE, Milão 2021.

[3] R. Stengel, You’re Too Kind: A Brief History of Flattery, Simon & Schuster 2001, p. 121. Cf. também P.H.T. d’ Holbach. Saggio sull’arte di strisciare ad uso dei Cortigiani, Il Nuovo Melangolo, 2009.

[4] Bias de Priene foi um político grego que viveu no século VI. AC, Bias de Priene, está listado entre os sete sábios da antiguidade.

[5] Disponível aqui.

[6] Dante, Inferno, Canto XVIII da “Divina Comédia”.

[7] Disponível aqui.

[8] Disponível aqui.

[9] Disponível aqui.

[10] L. Milani. Lettere, San Paolo, Cinisello Balsamo 2007, p. 87.

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