10 Outubro 2023
" Por isso, se a assistência militar do Irã aos terroristas está errada, o mesmo acontece com a dos EUA e de todo outro governo que prioritariamente garantiram ao governo de Israel a transferência de novos armamentos", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 02-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
O conflito entre Israel e Palestina é a prova mais longeva da história de que a guerra não produz nenhuma solução.
A violência do terrorismo e da guerra serve apenas para prolongar os sofrimentos. Como repete Francisco: “A guerra é uma derrota. Toda guerra é uma derrota!”.
Por essa razão, invocar o caminho da vingança e segui-lo por parte de Israel é a pior escolha. É um filme trágico que vimos demasiadas vezes ao longo de todos estes anos e, se chegamos a este ponto, é precisamente porque as outras soluções diplomáticas foram sempre seguidas sem muita convicção, não só pelas duas partes, mas também pela comunidade internacional. Pelo menos para esse cálculo geoestratégico, se não por razões éticas, deveríamos ser capazes de encetar todos os esforços para evitar sermos mais uma vez esmagados pela espiral da violência.
Mesmo o terrorismo do Hamas, que deve ser condenado sem qualquer reserva, ficaria perplexo com uma resposta mais elevada que não seja a vingança. Fracassaria justamente o primeiro dos seus objetivos, que é arrastar todos para uma violência sanguinária ainda pior daquelas já experimentadas.
Por isso, se a assistência militar do Irã aos terroristas está errada, o mesmo acontece com a dos EUA e de todo outro governo que prioritariamente garantiram ao governo de Israel a transferência de novos armamentos. A solução não está na destruição e na morte. As vítimas nos pedem isso.
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A espiral. Artigo de Tonio dell'Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU