"O Evangelho (Mt 22,1-14) nos apresenta uma parábola da festa de casamento contada por Jesus aos sumos sacerdotes, que mesmo se considerando “escolhidos e melhores dos que os outros”, não acolheram o projeto da construção do Reino de Deus, proposto por Jesus. Foram como os convidados da festa que não quiseram fazer parte da alegria. Porém, Jesus mostra que todas as pessoas são convidadas e acolhidas."
A reflexão é de Michele da Silva, icm, religiosa da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, ICM. Ela é bacharelada em teologia pela Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana - ESTEF, Porto Alegre.
1ª leitura - Is 25,6-10a
Salmo - Sl 22(23),1-3a.3b-4.5-6 (R. 6cd)
2ª leitura - Fl 4,12-14.19-20 ou mais breve 22,1-10
Evangelho - Mt 22,1-14
A liturgia deste 28º domingo do tempo comum nos convida a partilharmos do banquete da alegria e da igualdade. Inspiradas pela grande Doutora da Igreja, Santa Teresa, somos chamadas a construir novos horizontes na missão cotidiana.
Na primeira leitura (Is 25,6-10a) temos o relato da promessa de um Deus da Esperança, que alimenta todos os povos e acaba com o sofrimento e a morte, o desejo de Deus em toda a história da salvação é vida digna e plena para todas as pessoas, pão em todas as mesas, a grande festa da partilha e da igualdade, onde as diferenças não são motivo para desigualdades ou realidades de morte. Nosso Deus tem empatia com o sofrimento do povo e quer sua felicidade e libertação.
O Salmista (Sl 22/23)nos revela o rosto materno de Deus Pai e Mãe, que cuida como um pastor ou pastora: restaura as forças, guia no caminho seguro, dá sustento e concede felicidade por toda a vida.
Na segunda leitura (l 4,12-14.19-20), Paulo partilha os desafios da missão, e na sua humanidade é resistente mesmo em tempo de necessidades, a confiança e a fé em Deus são o sustento da caminhada cristã, a esperança na construção de uma nova Igreja e sociedade, nos fazem seguir lutando pela igualdade, pelos direitos das mulheres e vulneráveis e contra todos os sistemas opressores, nosso esperançar nos faz resistência!
O Evangelho (Mt 22,1-14) nos apresenta uma parábola da festa de casamento contada por Jesus aos sumos sacerdotes, que mesmo se considerando “escolhidos e melhores dos que os outros”, não acolheram o projeto da construção do Reino de Deus, proposto por Jesus. Foram como os convidados da festa que não quiseram fazer parte da alegria. Porém, Jesus mostra que todas as pessoas são convidadas e acolhidas.
O convite ao seguimento é para quem quiser assumir o compromisso com o Evangelho. Não há distinção ou preconceito. Só precisa estar com a "roupa adequada".
Existem algumas simbologias deste traje adequado: poderia ser a vivência do batismo, ou o despojamento da mentalidade preconceituosa e excludente. O mais importante é nos sentirmos pertencentes e comprometidas com o banquete da vida, assumindo a nossa opção pela concretização do projeto de amor, igualdade e libertação para todas e todos!
Desejo que nesta semana possamos nos sentir provocadas por esta liturgia, a nos comprometermos com a partilha da vida, do pão e dos ideais de libertação a toda humanidade.
Fiquem com Deus!
Leia mais