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"Entre os jovens, as religiões se esfacelam, mas as espiritualidades florescem". Entrevista com Jean-Pierre Willaime

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13 Junho 2023

Cai o número de jovens crentes e da cultura religiosa, sucesso dos retiros espirituais, retomada do escotismo... Para o sociólogo das religiões Jean-Pierre Willaime, ainda que “uma parte dos jovens tenha se tornado analfabeta em matéria de religião”, seu interesse pela espiritualidade continua forte.

A entrevista é de Séverin Graveleau, publicada por Le Monde, 12-06-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

O sociólogo e professor emérito da Ecole pratique des hautes études (Université PSI) Jean-Pierre Willaime, coautor com Philippe Portier de La religion dans la France contemporaine: entre sécularisation et recomposition (Arnaud Colin, 2021), analisa as evoluções da relação dos jovens com a religião.

O livro de Philippe Portier e Jean-Pierre Willaime sobre a religião na França contemporânea. (Foto: Divulgação)

Eis a entrevista. 

Que espaço tem a religião entre os jovens em 2023?

A pesquisa do Insee sobre a diversidade religiosa publicada em abril confirmou o grande movimento de desfiliação religiosa que está ocorrendo na França: a maioria dos franceses (51%) se declara "sem religião". No amplo estudo sobre os valores dos europeus de 2018, o número subia para 58%. E os jovens têm um impacto especial nele, já que 67% daqueles entre 18 e 29 anos se declaram "sem religião". Mas isso não significa que a religião e a espiritualidade como tais não os interessam.

Como esse esfacelamento se traduz na relação dos jovens com a religião?

A desfiliação religiosa que vem ocorrendo desde a década de 1960 envolveu pessoas cujos pais eram fortemente crentes e praticantes. Eles receberam uma educação religiosa da qual haviam se separados posteriormente. Agora estamos lidando com uma geração que se declara em maioria "sem religião", com pais que também são "sem religião". Em outras palavras, houve uma ruptura na transmissão, na socialização religiosa dentro das famílias. Os movimentos juvenis, como o escotismo, que ontem contribuíam de forma não desprezível à socialização religiosa, hoje já não têm o mesmo impacto, apesar de uma recuperação de vitalidade. Isso traduz-se numa perda de familiaridade com o fenômeno religioso e numa dificuldade para entendê-lo. Uma parte dos jovens tornou-se, portanto, analfabeta em matéria de religião, por vezes com dificuldades na compreensão das referências culturais religiosas, presentes nas artes e na literatura, por exemplo.

Como está a situação para os jovens que ainda acreditam e praticam?

O fato de se declarar católico, muçulmano, judeu ou protestante tornou-se muito minoritário entre os jovens. Em 2018, de 100 jovens entre 18 e 29 anos, 67 se declaravam "sem religião", 15 católicos, 13 muçulmanos e 5 "outras religiões". Num ambiente social composto na sua maioria por pessoas sem religião, praticar uma religião, portanto, constitui agora uma não-conformidade. Mas a atual conjuntura religiosa se manifesta sobretudo com o enfraquecimento das instituições religiosas e seu poder de enquadramento. O resultado é uma individualização das práticas e dos percursos, e uma religiosidade nebulosa e instável que busca palavras para se expressar e laços para ser vivida coletivamente. Disso decorre a multiplicação, sobretudo entre os jovens, de encontros de tipo específico e de "tempos fortes" religiosos (também no âmbito do escutismo) centrados no estudo, na meditação, na expressão, nas artes, na partilha... onde se procura menos a verdade do que a "própria" verdade.

Os jovens são mais "abertos" do que os mais idosos sobre a religião?

Os estudos sobre juventude e religião realmente mostram que, apesar da desfiliação de que falamos, os jovens aceitaram o pluralismo cultural e religioso como uma norma da sociedade, sejam eles religiosos ou não. Eles defendem amplamente uma laicidade inclusiva que leva em consideração e não esconde as diferenças de convicções e de religião.

Em outras palavras: a relação dos jovens com as religiões é muito mais desinibida do que aquela dos mais idosos. Além disso, não se constata uma excepcional vitalidade do ateísmo entre os jovens não crentes. Às vezes até se vê uma forma de interesse, ou até fascínio, dos jovens não crentes em relação a seus colegas crentes. Apesar da dificuldade destes últimos de serem, de fato, uma "minoria", algo que não é desprezível naquelas idades, o fato de parecerem encontrar sentido e identidade na religião não deixa os outros indiferentes. Às vezes, esse interesse até os leva a aproximarem-se da fé, embora inicialmente não tenham nenhuma "bagagem religiosa". Mas esses “batismos” de jovens adultos estão longe de compensar a queda vertiginosa nos números de crianças batizadas. Em resumo: as religiões se esfacelam, mas a religiosidade e a espiritualidade estão florescendo, especialmente entre os jovens.

De que outras formas essas espiritualidades se manifestam entre os jovens?

Para dar sentido à sua existência, aos questionamentos de vida e da morte ou às incertezas da sociedade, uma parte deles se aproxima de práticas mais ou menos esotéricas (neoxamanismos, interesse por Nostradamus, astrologia...), ou que têm a ver com desenvolvimento pessoal ou terapias alternativas (meditações, experiências místicas, religiões ditas de "cura"...), mundos imaginários que se encontram na internet. O sucesso planetário de Harry Potter, principalmente entre os jovens, em relação a isso é significativo. Embora J.K. Rowling, sua autora, afirme que não quis espalhar uma mensagem religiosa, conscientemente deu ao seu personagem os traços de um messias e alimenta seu romance de diferentes espiritualidades com uma reflexão permanente sobre a morte, o sentido da vida, etc.

Também em torno da ecologia, das crises climáticas e energéticas e dos imensos desafios que representam, observa-se um florescimento de práticas espirituais relativas ao posicionamento do ser humano em relação a todos os seres vivos. Essas práticas entre os jovens, sem ligação com as grandes narrativas e os âmbitos simbólicos das religiões tradicionais que perdem terreno, demonstram uma vivacidade e uma forte resistência do aspecto religioso, na França e em outros lugares.

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