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Do arrependimento à reparação. João XXIII e a 'Nostra aetate'

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05 Junho 2023

"Nostra aetate 4 é o começo de um caminho de teshuvá. Mas onde essa jornada levará? Se a aliança com Israel nunca foi revogada, se Rav Yeshua ben Yosef não aboliu a Torá, se o cristianismo não substituiu um Israel amaldiçoado ou, de qualquer forma, decaído, estamos diante da necessidade de redefinir a relação entre Israel e as Igrejas", escreve Marco Cassuto Morselli, em artigo publicado por L'Osservatore Romano, 02-06-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

João XXIII deixa este mundo em 3 de junho de 1963, Jules Isaac três meses depois, em 5 de setembro. Nenhum dos dois testemunhou a publicação da Nostra Aetate, promulgada por Paulo VI em 28 de outubro de 1965. No entanto, a Nostra Aetate nasceu de seu encontro, ocorrido no Vaticano em 13 de junho de 1960.

Quem foi Júlio Isaac? Professor de história, autor de um manual, o “Malet-Isaac”, no qual estudaram quatro gerações de franceses, banido do ensinamento e reduzido à miséria pelas leis racistas de 1940, refugiado primeiro em Aix-en-Provence, depois em Clermont-Ferrand. Em 7 de outubro de 1943, a catástrofe: Isaac sai do quarto para ir ao barbeiro; ao retornar, descobre que a Gestapo veio e levou embora sua esposa Laure. A filha, o cunhado e um dos filhos já haviam sido presos. Desesperado, ele vai aos seus escritórios para se entregar também, mas eles dizem para ele voltar no dia seguinte. Uma mulher desconhecida, encontrada por acaso, o dissuade.

Algum tempo depois, uma mensagem de Laure é entregue a ele: "Meu amigo, garde-toi pour nous, tenha fé e termine sua obra que o mundo está esperando". Isaac continua a escrever o livro que será publicado em 1948 sob o título de Jésus et Israël. Ele o esconde, arriscando a vida, e quem consegue os livros de que ele precisa é Germane Bocquet, católica da resistência, agora agraciada com o título de "justa entre as nações". Jules Isaac só saberá em 1945 o que aconteceu. O trem havia partido em 28 de outubro e chegou a Auschwitz dois dias depois. Apenas seu filho Jean-Claude retornará.

Esse é o estado de espírito com que Isaac se apresenta na audiência papal: “Estou ciente de que falo em nome dos mártires de todos os tempos: as minhas provações, os meus lutos, as recomendações supremas que recebi confirmaram-me que esta era realmente uma missão sagrada. Sobrevivi para terminá-la”. Isaac é recebido em audiência privada de vinte minutos, ao final da qual entrega um dossiê a João XXIII e pergunta se pode alimentar alguma esperança. “Você tem direito a mais que uma esperança”, é a resposta do Pontífice. A tarefa de acompanhar a questão foi confiada ao cardeal Augustin Bea.

Sabemos por testemunhos que João XXIII não havia pensado que o Concílio tivesse que enfrentar a questão da relação com os judeus antes de se encontrar com Jules Isaac. A intensidade daquele encontro teve consequências de extraordinária importância porque Isaac encontrou no coração do Papa um coração capaz de escutar. E Bea, como alemão, sentia de maneira especial a responsabilidade de reparar, na medida do possível, o mal que se tinha desencadeado na Europa poucos anos antes e por isso superou com sua tenacidade todas as dificuldades encontradas para que o projeto do documento De judaeis se transformasse na Nostra aetate.

Desde então, uma nova época começou nas relações entre judeus e cristãos, e entre homens e mulheres de todas as fés e de boa vontade: a época do diálogo judaico-cristão e do diálogo inter-religioso.

O ponto 4 da Nostra aetate tem este extraordinário começo: "Sondando o mistério da Igreja", ou seja, olhando para dentro, não para fora. Sondando o mistério da Igreja, o Concílio recorda o vínculo com o qual o povo do Novo Testamento está espiritualmente ligado à linhagem de Davi. A Igreja não pode esquecer que recebeu a Revelação por meio de Israel. Não pode esquecer que é a oliveira brava que foi enxertada na boa oliveira que é Israel. Não pode esquecer que dos judeus são a adoção como filhos, a glória, a Aliança, a Lei, o culto e as promessas. "Não pode esquecer": por séculos e milênios a Igreja esqueceu; é como se estivesse despertando de um longo sono. A Igreja recorda que os judeus eram os apóstolos e os muitos discípulos que foram os primeiros a anunciar o Evangelho ao mundo. O que aconteceu durante a paixão não pode ser imputado nem indiscriminadamente a todos os judeus então viventes, nem aos judeus do nosso tempo. Os judeus não podem ser apresentados como amaldiçoados e rejeitados por Deus. A Igreja deplora os ódios e as perseguições e todas as manifestações de antissemitismo. A Igreja promove e recomenda o conhecimento e a estima recíprocos, a serem alcançados por meio de estudos bíblicos, teológicos e de um diálogo fraterno.

Que efeito essas palavras tiveram sobre aqueles que as leram? Vamos ouvir o pastor Fadiey Lovski:

“Dez anos atrás [isto é, no início dos anos 1960] ainda estávamos cheios de citações antijudaicas dos Padres ou dos Reformadores, antipáticas e desagradáveis. Mas a Declaração do Concílio se baseia apenas nas escrituras e cita apenas aquelas. Deixa todos os comentários de lado. Foi composta unicamente a partir da Bíblia. (...) O povo de Israel, a quem temos perseguido, caluniado, afastado e humilhado, nos obriga a todos ao arrependimento [teshuvá], porque não soubemos amar os nossos irmãos e irmãs cristãos, e menos ainda Israel. O povo de Israel nos obriga a renovar a nossa fé e a aprofundar a compreensão do mistério, pois ainda estamos apenas no limiar da compreensão da misericórdia de Deus para com todo o seu povo". Tout entier é sublinhado: o sentido é que inclui não só a Igreja, mas também Israel.

Nostra aetate 4 é o começo de um caminho de teshuvá. Mas onde essa jornada levará? Se a aliança com Israel nunca foi revogada, se Rav Yeshua ben Yosef não aboliu a Torá, se o cristianismo não substituiu um Israel amaldiçoado ou, de qualquer forma, decaído, estamos diante da necessidade de redefinir a relação entre Israel e as Igrejas.

O abandono da teologia da substituição e a purificação do ensinamento do desprezo tornam possível um reconhecimento: a aliança estendeu-se às nações. O que não priva os cristãos de serem testemunhas da sua fé perante Israel, aliás, torna o seu testemunho credível. O horizonte da reaproximação não é, portanto, a conversão final de Israel, como os cristãos esperaram por séculos, mas a reintegração de Israel no centro da cristandade. Para usar a imagem poética do grande filósofo medieval Yehudah ha-Lewy (1075-1141), assim como o coração está em relação ao corpo, Israel está em relação à humanidade.

Judeus e cristãos, podemos trabalhar juntos no tiqqun do mundo e esperar juntos pela vinda (ou o retorno) do Messias, conscientes de que existe um vínculo inseparável entre a redenção de Israel e a redenção da humanidade.

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