27 Março 2023
A informação é de José Maria Castillo, teólogo espanhol, publicada por Religión Digital, 25-03-2023.
Refiro-me ao livro que intitulei: Declínio da religião e o futuro do Evangelho, editado por Desclée de Brouwer. O que me motivou a publicar a obra é precisamente o que o professor Thomas Ruster disse: "a experiência religiosa de todos nós não é mais confiável" (The Counterfeit God, p. 228). Pela simples razão do efeito produzido pela observância dos ritos.
O declínio da religião e o futuro do Evangelho, de José María Castillo | Foto: Religión Digital
De fato, a fiel e exata observância dos rituais produz, no religioso, uma tranquilidade e uma paz que nos liberta e nos defende do medo. Ou talvez melhor dito “dos medos” que nos precipitam “em um caos psíquico” (Gerd Theissen), por qualquer razão ou crença. E a consequência dessa tranquilidade ou dessa paz é que o sujeito religioso se sente bem assim. E é justamente por isso que o referido “sujeito religioso” não precisa mudar sua vida, seu modo de viver, por mais evidentes que sejam as contradições em que vive.
Daí, segundo o que acabo de dizer, resulta que as religiões são determinantes, não de “conversão”, mas de “segurança”. O que impossibilita a “mudança” de sociedade, economia, costumes, modo de vida, etc.
Isso explica porque as religiões estão sempre atrasadas em diferentes culturas, sociedades, países, etc. Como também explica por que o Evangelho nos seduz e nos assusta.
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“Declínio da religião e futuro do Evangelho”. José María Castillo: Por que escrevi este livro? - Instituto Humanitas Unisinos - IHU