• O Dicastério para a Doutrina da Fé encarregou o superior geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa SJ, de realizar um processo penal administrativo contra o jesuíta Felipe Berríos com base na Investigação Canônica Prévia realizada pela advogada María Elena Santibáñez em 2022.
  
  
• Berríos indicou na altura à imprensa que “farei tudo o que for necessário para apurar e esclarecer as origens desta denúncia e coloco-me, desde já, à disposição para esclarecer os fatos com a maior brevidade possível”.
  
  
• As investigações jornalísticas revelaram que existem outras denúncias com detalhes que dão conta dos relatos de pelo menos 10 pessoas que o acusam de atos de conotação sexual.

A reportagem é de Aníbal Pastor N., publicada por Religión Digital, 09-03-2023.

A Companhia de Jesus, por meio de comunicado, informa que o Dicastério para a Doutrina da Fé encarregou o superior geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa SJ, de instaurar um processo penal administrativo contra o jesuíta Felipe Berríos a partir da investigação canônica anterior realizada pela advogada María Elena Santibáñez em 2022.

Cabe destacar que Felipe Berríos continua sendo sacerdote da Companhia de Jesus e é um dos religiosos mais midiáticos da igreja chilena. Ele foi muito categórico ao criticar o saudoso padre Fernando Karadima por seus abusos e manteve um perfil de padre comprometido com os pobres. Na verdade, ele foi morar em um acampamento habitacional muito precário na cidade de Antofagsta, no norte do Chile.

Agora, o superior geral dos jesuítas nomeou o Pe. Dante Simón SDB, vigário judicial da Arquidiocese de Córdoba, como seu delegado para realizar este processo canônico. Sua tarefa consistirá em avaliar as provas e argumentos colhidos na Investigação Preliminar Canônica, colher quaisquer novas informações e receber a defesa do réu. Posteriormente, esses registros devem ser enviados ao superior geral para sua decisão, de acordo com as normas canônicas em vigor.

Nesse ínterim, Berríos foi denunciado ao Ministério Público por abuso sexual. A princípio falava-se de apenas um denunciante, que o acusa de fatos que teriam ocorrido quando ele era menor de idade. A denúncia foi recebida pela Companhia de Jesus, que abriu inquérito canônico que resultou na verossimilhança dos fatos.

Berríos indicou na altura à imprensa que “farei tudo o que for necessário para apurar e esclarecer as origens desta denúncia e coloco-me, desde já, à disposição para esclarecer os fatos com a maior brevidade possível”.

As investigações jornalísticas revelaram que existem outras denúncias com detalhes que dão conta dos relatos de pelo menos 10 pessoas que o acusam de atos de conotação sexual.

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