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Como acabar com o golpismo da direita no Brasil

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17 Janeiro 2023

Para especialistas ouvidos pela Amazônia Real, para pacificar o País é preciso responsabilizar sem leniência os responsáveis pelos ataques terroristas em Brasília e derrotar social e ideologicamente a extrema direita.

A reportagem é de Leanderson Lima, publicada por Amazônia Real, 13-01-2023.

Em Brasília, a semana foi de reconstrução após os ataques terroristas dos bolsonaristas no último domingo (8 de janeiro de 2023). Mas a ferida que custa a cicatrizar permanecerá aberta se não houver uma reação categórica ao golpismo da direita radical, ainda em curso. A versão brasileira da invasão do Capitólio nos Estados Unidos resultou na prisão de mais de 1.500 extremistas e a estimativa de que os prejuízos causados nos ataques às sedes dos Três Poderes custarão cerca de 20 milhões de reais.

Por reação categórica, está desde um levantamento extenso de todos os focos de golpistas da direita no Brasil, compreender como eles conseguem operar livremente e investigar em profundidade para revelar e punir os responsáveis pelos atos bárbaros em Brasília. Quem afirma é Camila Rocha, autora de "Menos Marx, mais Mises: O liberalismo e a nova direita no Brasil" e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). “Responsabilizar as pessoas, de forma adequada, sem excessos, mas também sem leniência”, defende ela, à Amazônia Real.

Menos Marx, mais Mises: O liberalismo e a nova direita no Brasil, livro de Camila Rocha | Foto: Divulgação

A escritora alerta que é preciso procurar formas de conter esse tipo de movimentação extremista dentro das instituições-chave. No Legislativo, é importante lembrar, inúmeros representantes da direita terão mandato, voz e assento tanto no Senado quanto na Câmara, uma representação clara da guinada à direita da política brasileira. Na Amazônia Legal, as Assembleias Legistativas também serão dominadas por forças aliadas ao golpismo da direita. Governadores defensores do bolsonarismo foram eleitos ou reeleitos nos estados do Norte, como no Amazonas, Mato Grosso e em Roraima e Rondônia.

Por reação categórica, está também o fortalecimento do controle civil sobre as Forças Armadas, sobretudo depois de novas revelações que vêm surgindo a cada dia e mostram o quanto os militares não só não se opuseram à destruição das instituições da República como facilitaram o acesso dos terroristas ao Palácio do Planalto. Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Ivan Henrique de Mattos e Silva, as Forças Armadas estão cada vez mais insubordinadas e politicamente engajadas. Elas foram aparelhadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), que fez de tudo para agradar aos militares, com cargos e até lanches e marmitex à vontade.

Camila Rocha e Ivan Henrique de Mattos e Silva, ouvidos pela Amazônia Real, são pesquisadores preocupados com a radicalização da política, que ganhou contornos violentos sem precedentes após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora sinais já haviam sido dados aqui e acolá muito antes da ascensão de Bolsonaro à Presidência.

Desde que lançou sua obra sobre a direita brasileira, em 2021, Camila Rocha aponta que a grande mudança neste campo ideológico foi o fato de o bolsonarismo ter conquistado uma posição hegemônica no campo da direita no Brasil, e que não se encerrará após o fim do desastroso governo de Bolsonaro. “Isso é muito grave dado que o bolsonarismo é um fenômeno extremista, um fenômeno radical, e agora o que a gente vem observando é uma radicalização de uma parte importante dos apoiadores”, analisa.

A preocupação da pesquisadora e escritora faz sentido e é apontado inclusive em pesquisa realizada pelo Atlas Intelligence, realizado na terça-feira (10), que apontou que 38% das pessoas ouvidas acham que há “justificativa” para a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, ante os 53% que classificam como injustificável e 9% que não souberam responder. Outra pesquisa, bem mais “otimista”, é a do Datafolha, que indica que 93% dos brasileiros se posicionaram contra a ação dos golpistas em Brasília, e apenas 3% se dizem favoráveis a ela.

Contornos fascistas

Para o professor Ivan Henrique de Mattos e Silva, a grande ameaça que paira agora sobre a democracia brasileira não é a polarização política, mas a consolidação de uma extrema direita golpista e violenta. “E que ganha contornos cada vez mais fascistas. Pacificar o país passa, antes de mais nada, pela derrota não apenas eleitoral, mas, sobretudo, social e ideológica da extrema direita”, afirma.

O pesquisador da UNIFAP não vê problemas em haver uma certa polarização dentro da política brasileira. “Polarizações são cruciais para as democracias, sobretudo porque favorecem o debate entre perspectivas e projetos distintos. Ademais, considerando que as relações capitalistas são essencialmente eivadas de contradições das mais variadas, a polarização é também inevitável”, explica.

A ascensão da extrema direita no Brasil não se trata de um fenômeno isolado. Pelo contrário, o bolsonarismo acompanhou o que aconteceu em outros países do mundo. Para Ivan Henrique de Mattos e Silva, o principal motor para o crescimento da direita radical é a crise do capitalismo, que tem sua manifestação contemporânea mais aguda em 2008, com a crise financeira que colapsou bancos e levou à quebra de bancos como o Lehman Brothers.

“Dada a falta de alternativa à esquerda, do ponto de vista de perspectivas de superação da crise, a extrema direita encontra um terreno bastante fértil para seu crescimento”, pontua o pesquisador.

No caso específico do Brasil, não se deve perder de vista que o movimento conservador sempre existiu e já assumiu feições e expressões diferentes ao longo da história. E em vários momentos ganhava feições de um golpismo. “Do antiabolicionismo militante ao integralismo, da TFP (tradição, família e propriedade) à linha dura da ditadura militar”, alinha Ivan, ressalvando, contudo, que o surgimento das chamadas novas direitas pelo mundo é um fato novo.

“A extrema direita de hoje tem seu surgimento em meados da década de 2000. Seu primeiro espaço de organização foram os nascentes fóruns virtuais e as redes sociais”, explica o pesquisador. Por um tempo, como não havia espaço na esfera pública para discursos extremistas e reacionários, os radicais conservadores acabaram encontrando na internet o ambiente para propagar suas ideias negacionistas e seus valores morais cristãos. Com isso, enfim, “reconhecerem enquanto um grupo”, e encontraram, nas obras de Olavo de Carvalho (1947-2022), “sua linguagem política”.

Origens do bolsonarismo

Com um meio potente como a internet, um ideólogo para chamar de “seu”, também chamado de Olavo de Carvalho, ainda faltava alguém que soubesse “catalisar” as ideias para representar essa direita radical. É aí que entra em cena a figura do agora ex-presidente Bolsonaro, como explica Camila Rocha. “Isso que a gente chama de bolsonarismo começa mais ou menos em 2014 e 2015, que é quando Bolsonaro se torna uma figura pública bastante relevante no campo das direitas e anuncia a candidatura à Presidência”, analisa a escritora.

Para Camila Rocha, o julgamento do escândalo político-midiático do “mensalão”, bem como a Operação Lava-Jato, fortaleceu o antipetismo e, de quebra, a extrema direita. “Nesta época o Bolsonaro se fortalece como liderança. Ele e outros políticos, outros influenciadores, também aproveitam este momento de reação da sociedade para poder fazer discursos de oposição radical”, diz.

Se antes a institucionalidade da política, com os Três Poderes agindo ainda que de forma imperfeita em muitas situações, dava conta de transmitir à sociedade uma pacificação mínima, a internet emergiu e foi logo vista como o canal perfeito para a propagação do ideário da extrema direita. As redes sociais e os aplicativos como WhatsApp e Telegram acabaram se tornando um verdadeiro amplificador para esse todo tipo de conteúdo, por justamente terem como modelo de negócios o engajamento em massa. O discurso do ódio e da raiva engajam muito mais que o que pede paz e serenidade, por exemplo. O golpismo da direita vicejou no ambiente digital.

“As redes sociais ajudam a potencializar esse discurso mais extremista, principalmente redes que têm menos controle do que é publicado, que permitem que mensagens sejam encaminhadas, o próprio Telegram, outros aplicativos deste tipo acabam favorecendo”, acrescenta Camila. Ainda sobre os discursos mais radicais, a pesquisadora do Cebrap alerta que, apesar de potencializar, as redes sociais, hoje, não são os únicos redutos para as ideias de extrema direita, uma vez que elas já chegaram ao chamado mainstream.

Canais midiáticos

“É importante lembrar que é um fenômeno que também é ajudado por influenciadores e jornalistas que estão na grande mídia, como na Jovem Pan, os mesmos comentaristas de direita ou de extrema direita que estão na CNN, que fazem vídeos no Youtube. O Youtube é uma rede muito importante para a extrema direita, para disseminar conteúdo. É todo um ecossistema comunicacional, que envolve tanto redes sociais como a mídia mainstream”, explica.

Basta uma simples procura pela hashtag “Festa da Selma” para traçar como os ataques terroristas em Brasília foram orquestrados e os recados fartamente disseminados pelo Twitter e TikTok. Por esse código, como revelou reportagem da Agência Pública, os golpistas da direita conseguiram se comunicar sem serem notados pelas autoridades que deveriam proteger Brasília. Além da preparação, no domingo de 8 de janeiro o Youtube e o Twitter os golpistas fizeram inúmeras transmissões da invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Crentes da impunidade, acabaram por filmar provas contra eles próprios.

As linhas paralelas entre a extrema direita brasileira e o fascismo costumam ser invocadas por especialistas. Ivan Henrique de Mattos e Silva vê dificuldades em “igualar” o bolsonarismo ao fascismo, mas não deixa de citar aproximações importantes: “Em primeiro lugar, o uso de uma retórica insurgente e combativa para capturar o signo da revolta popular.

Em segundo, compreendem a política a partir da dicotomia do amigo/inimigo, ou seja, quem não está com o bolsonarismo não é visto como um adversário, mas como um inimigo a ser abatido”, explica Ivan, sem deixar passar batido a questão do uso da violência como instrumento político. Entre otimista e cauteloso, o professor da Federal do Amapá considera que a reação do governo Lula e dos demais poderes constituídos foi efetiva e representou um revés importante ao movimento da extrema direita.

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