Rupnik: escreve a cúria jesuíta

Marko Rupnik (Foto: Reprodução YouTube)

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20 Dezembro 2022

"Minha principal preocupação em todo este caso é com aqueles que sofreram e convido qualquer pessoa que deseje apresentar uma nova denúncia ou discutir sobre denúncias já apresentadas a entrar em contato comigo", escreve Johan Verschueren, SJ, Delegado do Superior Geral para as Casas Internacionais em Roma (DIR), em comunicado publicado por Settimana News, 19-12-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a declaração.

Na semana passada, duas investigações realizadas sobre o ministério do Pe. Marko Rupnik causaram grande agitação. A primeira dizia respeito a uma questão relativa ao sacramento da reconciliação; a outra, uma acusação de abuso do padre Rupnik contra uma mulher. As notícias que circularam levantaram muitas perguntas e abaixo compartilho uma cronologia dos eventos, esperando lançar alguma luz.

Minha principal preocupação em todo este caso é com aqueles que sofreram e convido qualquer pessoa que deseje apresentar uma nova denúncia ou discutir sobre denúncias já apresentadas a entrar em contato comigo. Garanto que serão ouvidas com compreensão e empatia. Há alguns meses criamos um grupo de pessoas, mulheres e homens, de várias disciplinas e com diferentes competências, para administrar a situação. Estão disponíveis, como já antes, para ouvir, apoiar e ajudar. O e-mail desse serviço é: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e quem desejar entrar em contato pode escrever em inglês, francês, italiano, espanhol, holandês e alemão.

Foto: Settimana News

Reitero o que o Padre Geral disse na última quarta-feira, 14 de dezembro:

Foto: Settimana News

“O caso que se tornou público na semana passada em relação ao Pe. Marko Rupnik é um bom exemplo de muito que ainda temos que aprender, principalmente sobre o sofrimento das pessoas. Este caso, como outros, nos enche de espanto e dor, nos leva a compreender e a nos sintonizar com o sofrimento das pessoas envolvidas de uma ou da outra forma. Confronta-nos com o desafio de respeitar esta dor ao mesmo tempo que se iniciam escrupulosamente os procedimentos exigidos pelas leis civis ou canônicas e se comunica de uma forma que não esconde os fatos, enquanto, iluminados pelo Evangelho e por outras experiências humanas, abrem-se caminhos para a cura das feridas produzidas”.

Concluo garantindo que a Companhia de Jesus, como solicitado pela 36ª. Congregação Geral, quer criar uma cultura da proteção (a culture of safeguarding) e que estamos empenhados a respeitar com os mais altos padrões em nosso ministério. Gostaríamos de evitar o risco de alguém ser prejudicado em um de nossos serviços.

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