14 Novembro 2022
Awdrey Ribeiro foi acusada de roubar um casaco, cuja marca sequer existe no shopping em que estava.
A reportagem é publicada por Brasil de Fato, 13-11-2022.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma jovem negra é acusada de roubo dentro de uma das lojas da Renner, no Madureira Shopping, no Rio de Janeiro. O caso ocorreu no sábado (12), e a acusação foi feita por uma funcionária da empresa contra Awdrey Ribeiro.
A jovem afirmou que, enquanto se dirigia ao provador, a funcionária a empurrou e puxou sua bolsa. "Ela já veio passando na minha frente e me empurrando para dentro da cabine, bem agressiva, gritando, dizendo que eu tinha roubado, que eu estava com várias peças da loja dentro da bolsa, sendo que eu não tinha nada", afirmou Ribeiro ao UOL. "Dentro da bolsa tinha um casaco meu bem antigo da Radley, uma marca que nem tem na loja, mas ela disse que eu tinha roubado aquele casaco e gritava comigo o tempo todo."
"Aí chegou a gerente da loja mandando ela sair, mandando ela ir embora, e todo mundo começou a gritar falando que tinha sido preconceituosa", diz a jovem. "Ela foi preconceituosa sim, só veio até mim porque eu sou negra, porque tinha outras pessoas brancas com bolsas no provador e ela não fez nada disso."
Após ter acionado a polícia, Awdrey ouviu da gerente da loja que a situação havia sido “uma coisa mínima” e que não tinha a necessidade de chamar os policiais. A situação foi registrada como constrangimento no 29º Departamento de Polícia. "Eles não registraram como racismo. O policial que foi até lá disse que aquilo tudo era um circo, uma palhaçada, e me deu todo o suporte", afirmou Awdrey.
RENNER DE MADUREIRA RACISTA!!!!
— J (@ju_cst) November 12, 2022
Gente, minha prima estava no provador da renner quando de repente entrou uma funcionária coagindo ela EMPURRANDO ela na parede mandando ela tirar tudo que ela “pegou”, ela assustada abriu a bolsa perguntando ser do casaco q ela est+ #rennerracista pic.twitter.com/hifB1KG7UJ
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Jovem negra é acusada de furto na Renner: “Foi preconceituosa, sim” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU