20 Setembro 2022
Lançado no sábado (17), manifesto foi "feito pra contribuir pra não reeleição do inominável", afirma apresentação.
A informação é publicada por Brasil de Fato, 18-09-2022.
“‘Sou a favor da ditadura’, disse ele,
‘Do pau de arara e da tortura’, concluiu.
‘Mas o regime, mais do que ter torturado,
Tinha que ter matado trinta mil’.
Com estes versos, o ator e diretor Wagner Moura abre o vídeo que, em mais de 13 minutos, reúne denuncias contra o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). São 30 artistas envolvidos no manifesto que foi escrito pelo músico e jornalista, Carlos Rennó. A música é assinada por Chico Brown e Pedro Luís.
Compositor da canção, Carlos Rennó, posa ao lado de Wagner Moura em foto de divulgação do vídeo. (Foto: Reprodução | Instagram)
Segundo os realizadores do vídeo, o material foi “feito pra lembrar, pra sempre, esses anos sob a gestão do mais tosco dos toscos, o mais perverso dos perversos, o mais baixo dos baixos, o pior dos piores mandatários da nossa história. E pra contribuir, no presente, pra não reeleição do inominável.”
Além de Wagner Mourar, a peça conta com a participação de Zélia Duncan, Chico César, Bruno Gagliasso, Lenine, Paulinho Moska, Marina Lima e Mônica Salmaso.
Os mais de 13 minutos de música são organizados em 202 versos, mais o refrão. Os artistas se dividem na interpretação de cada parte da música, que focam em diferentes temas.
Na participação de Lenine, os versos denunciam a gestão socioambiental, principalmente da Amazônia, do governo Bolsonaro:
"Chamou o tema ambiental de importante
Só pra vegano quem come vegetal
Chamou de mentirosos os dados científicos
Sobre o aumento do desmatamento floresta”
O rapper Dexter teve sua participação focada no tema de violência policial:
“Proclamou que policial tem que matar
Tem que matar, se não é policial
Matar com 10 ou 30 tiros o bandido,
Pois criminoso é um ser humano anormal”
Já o refrão, cantado em coro, entoa: “Quem dirá que não é mais imaginável, erguer de novo das ruínas um país”.
A montagem foi gravada entre julho e agosto em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Leia mais
- Dos escombros da economia do Estado brasileiro, emergem organizações criminais. Entrevista especial com Daniel Hirata
- Nossa última chance. Artigo de Jean Marc von der Weid
- O que há para festejar? Artigo de Edelberto Behs
- Imprensa falaciosa culpa um sujeito solidário pelo clima de violência. Artigo de Edelberto Behs
- Discurso religioso pode impulsionar reeleição de Bolsonaro?
- A direita populista em três palavras: país, família e liberdade. Artigo de Giorgia Serughetti
- Pátria derrubada e queimada, Brasil
- Bolsonaro reserva R$ 0,002 para cada um dos 33 milhões de brasileiros que passam fome
- Como Bolsonaro desmontou a fiscalização ambiental
- Por que tanto medo? Artigo de Frei Betto
- Como funcionam as milícias virtuais de Jair Bolsonaro?
- “O risco de que Bolsonaro não reconheça os resultados é alto”. Entrevista com Esther Solano
- Com 1 milhão de assinaturas, Carta pela Democracia mostrou unidade contra ataques de Bolsonaro
- Durante o terceiro ano de mandato de Bolsonaro, 176 indígenas foram assassinados no Brasil
- Desmatamento e queimadas em agosto expõem herança maldita de Bolsonaro
- Bolsonaro e a religião
- “Derrotar Bolsonaro nas urnas não acabará com bolsonarismo”, afirma Marcos Nobre
- Efeito Bolsonaro: 1 em cada 4 brasileiros diz que falta comida em casa
- Bolsonaro reserva R$ 0,002 para cada um dos 33 milhões de brasileiros que passam fome
- “Bolsonaro não age contra a fome no Brasil porque não quer”. Artigo de José Graziano da Silva
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
“Hino ao Inominável”: Wagner Moura e mais artistas lançam música com denúncia a Jair Bolsonaro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU