30 Junho 2022
Rebeca Mello, 29 anos, economista descendente de quilombola, natural de Cavalcante (GO), será a primeira diplomata negra do Brasil. Ela foi aprovada no concurso do Instituto Rio Branco em 2017, dentro do programa de cotas, mas teve que esperar cinco anos para ingressar na carreira.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Rebeca não pôde assumir por causa de ação movida pela procuradora da República, Anna Carolina Resende Maia Garcia, questionando a sua admissão porque ela cabia na categoria “pardo claro”, que não consta na Constituição.
“Eu não era negra o suficiente para as cotas, só para sofrer preconceito”, declarou Rebeca ao portal Metrópoles.
No início do mês, em acordo inédito com o Itamaraty e a Advocacia Geral da União, Rebeca aceitou abandonar o processo movido por ela questionando sua exclusão por ser “parda clara”, para ter uma cerimônia de posse reservada e passar de novo por banca examinadora. Rebeca aparece, agora, no grupo de aprovados do Itamaraty.
Leia mais
- Cassação de Renato Freitas é um novo marco do racismo em Curitiba
- Da senzala às periferias, o racismo continua implacável
- A política nacional de cotas raciais como resposta ao racismo estrutural
- Sem ações concretas, antirracismo branco é enganação
- Racismo: liberdade e o confronto de ideias
- Escravidão, a origem do racismo
- Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Para assumir cargo de diplomata, descendente de quilombola teve que brigar na justiça - Instituto Humanitas Unisinos - IHU