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Crise climática, mais uma razão para parar o conflito ucraniano

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23 Mai 2022

 

A guerra na Ucrânia está causando uma forte desaceleração global na luta contra as mudanças climáticas, por várias razões, e se revela apenas responsável pelas mortes, pelas destruições e pelas migrações de hoje, mas também corresponsável pelas mortes, pelas destruições e pelas migrações que ocorrerão nas próximas décadas em todo o mundo, causadas pelas catástrofes meteorológicas e pela redução da produção de alimentos. Talvez seja a primeira guerra que uma geração trava contra outra.

 

A opinião é de Federico Maria Butera, professor emérito de física técnica ambiental do Politécnico de Milão. O artigo foi publicado em Il Manifesto, 20-05-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

A guerra na Ucrânia está mergulhando o mundo todo em um futuro arrepiante. Um futuro em que a maior parte dos investimentos públicos e privados converge para as indústrias fóssil e dos armamentos. Ou seja, financiamentos voltados à destruição imediata e diferida.

 

Sim, porque há sinais cada vez mais fortes da vontade de deslocar os esforços da descarbonização da economia para a substituição do gás e petróleo russos pelos provenientes de outros países. Escolheu-se esse caminho justificando-o com a necessidade de agir rapidamente, de sair o mais rápido possível da dependência da Rússia. O que é um objetivo sacrossanto. Menos sacrossantas são as consequências dessa abordagem.

 

Todos os países envolvidos, aqueles que devem se livrar do gás e do petróleo provenientes da Rússia e aqueles que devem fornecê-los em substituição, terão que fazer investimentos: os produtores, para aumentar a sua capacidade de produtividade e transporte, e os utilizadores, para reorganizar as infraestruturas de abastecimento. E os investimentos devem ter um retorno econômico, o que implica que as usinas devem funcionar por um certo tempo, que pode ser de décadas, e, portanto, por décadas deverão continuar produzindo e distribuindo fontes fósseis, dificultando ou impossibilitando o alcance do objetivo de emissões zero em 2050.

 

Esperamos que o governo italiano tenha tudo isso claro e aja em consequência, não se deixando arrastar pela euforia da Eni e da Snam, que está pronta, esta última, para comprar dois regaseificadores e para construir um novo gasoduto submarino para conectar a Espanha e a Itália, como declarou o seu CEO.

 

A preocupação de que a corrida para eliminar a dependência do gás e do petróleo russos possa levar a uma desaceleração do processo de descarbonização é confirmada pela aprovação do novo pacote RePowerUE, que, além de prever um forte impulso à eficiência energética e às fontes renováveis (e isso é uma boa notícia), abre a possibilidade de financiar regaseificadores e infraestruturas de gás e petróleo com fundos Next Generation EU.

 

Outro risco é que, para garantir o retorno econômico dos novos investimentos e deixar o gás no sistema de energia, se recorra à captação e à estocagem subterrâneos do CO2 produzido, o que deve ser absolutamente evitado.

 

Mas os efeitos da guerra sobre o futuro do planeta não param por aí. É preciso considerar também que qualquer produto contém as chamadas emissões incorporadas, ou seja, as emissões de gases de efeito estufa causadas pela sua produção. Portanto, cada projétil, granada, bomba, míssil, mina carrega consigo as suas emissões incorporadas.

 

Quanto mais forem usados, mais eles causarão tais emissões, quanto mais a guerra durar, mais gases de efeito estufa eles emitirão. O mesmo vale para aquilo que é destruído: tanques, aviões, veículos, de um lado, e casas, pontes, estradas, ferrovias, de outro. Todos têm as suas emissões incorporadas. Então, para fazê-los, emitem-se gases de efeito estufa, e outros gases de efeito estufa são emitidos para refazê-los, após a destruição. E depois há as emissões que se devem ao combustível usado para fazer funcionar os armamentos e as que derivam do alojamento e do deslocamento dos exércitos e da sua alimentação.

 

É aqui que a indústria dos armamentos se revela duplamente inaceitável: pelo fim direto que tem, o de matar, e pela contribuição para tornar o nosso planeta inabitável devido à produção de gases de efeito estufa e à extração de recursos naturais. Mata os seres humanos e o planeta do qual esses seres humanos fazem parte.

 

Naturalmente ela está em boa companhia nesse trabalho. Há a indústria fóssil, que também está engordando enormemente graças à guerra, afastando o fantasma que mais a aterroriza: a descarbonização, que marcaria a sua morte.

 

A indústria fóssil, muitas vezes se esquece disto, também mata hoje, mesmo que indiretamente, por meio da poluição do ar e da mortalidade induzida. Segundo a OMS, em 2016 houve mais de quatro milhões de mortes causadas pela poluição do ar, em grande parte provocado pela queima de combustíveis fósseis. E são mortes que se repetem a cada ano. Muito mais do que as causadas por uma guerra. E mata não só quem vive hoje, mas também prepara o terreno para a morte de quem hoje é criança e de quem ainda não nasceu, sendo a causa desse aquecimento global que tornará o planeta inabitável, especialmente para os mais pobres.

 

Portanto, a guerra na Ucrânia está causando uma forte desaceleração global na luta contra as mudanças climáticas, por várias razões, e se revela apenas responsável pelas mortes, pelas destruições e pelas migrações de hoje, mas também corresponsável pelas mortes, pelas destruições e pelas migrações que ocorrerão nas próximas décadas em todo o mundo, causadas pelas catástrofes meteorológicas e pela redução da produção de alimentos. Talvez seja a primeira guerra que uma geração trava contra outra.

 

Também por isso a guerra na Ucrânia deve acabar, para evitar a inevitabilidade da catástrofe ambiental e social que dela deriva. E isso deveria ser implementado como um elemento de negociação, um elemento a mais para fazer de tudo para alcançar a paz.

 

Leia mais

 

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