Artistas brasileiras somam-se ao movimento #EcoeEssasVozes

Imagem do Movimento "Ecoe Essas Vozes". (Foto: ACNUR)

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18 Mai 2022

 

A professora Rama, de História, caminhava pela ruas de Damasco, na Síria, com suas duas filhas, de 3 e 5 anos de idade, quando uma bomba atingiu as meninas. Elas ficaram internadas por dois meses, lutando para viver. Conseguiram, mas sequelas permanecem até hoje.

 

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

 

Rama e as crianças fugiram para o Brasil há cinco anos, onde procuram refazer suas vidas. A professora está empregada, as meninas estão na escola e têm acesso a serviços de saúde. Rama é uma refugiada síria, que teve sua luta contada pela voz da atriz Letícia Spiller no projeto #EcoeEssasVozes, da Agência da ONU para Refugiados (Acnur, setor Brasil).

 

 

Além de Letícia, também se somaram ao projeto as artistas Danni Suzuki, Zezé Motta, Maria da Penha, Carolina Ferraz e Paloma Bernardi. O objetivo do movimento #EcoeEssasVozes é trazer à luz a dura realidade das mulheres refugiadas. Ele ressalta a importância de que elas tenham seus direitos assegurados, com a chance de construir novos futuros em qualquer outro lugar.

 

Ao ecoar vozes de mulheres refugiadas a Acnur ajuda a transformar a realidade dessas pessoas, combatendo a xenofobia e a desinformação.

 

Apoiadora da Acnur Brasil, Letícia explicou que as colegas artistas relataram, em primeira pessoa, como é viver em situação de fuga, tendo que deixar tudo para trás para escapar de conflitos, perseguições, violações dos direitos humanos, com o agravante de estar expostas às diversas situações de violência de gênero.

 

A coordenadora da Acnur Brasil, Samantha Federici, lembrou, ao portal da ONU Notícias, que a situação na Ucrânia é o exemplo mais recente, onde milhões de pessoas tiveram que deixar o país, dos quais 90% são mulheres e crianças.

 

Ela frisou, contudo, que não dá para esquecer outras crises humanitárias em andamento no mundo, necessitando de atenção urgente, como é o caso da Síria, a República Democrática do Congo, Afeganistão, Venezuela, Sudão do Sul, Etiópia e Mianmar.

 

Das mais de 82 milhões de pessoas forçadas e se deslocar no mundo, metade é de mulheres e meninas – chefes de família, grávidas – que, sem proteção de seus governos, deparam-se frequentemente com situações de vulnerabilidade.

 

 

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