“A legitimação religiosa da guerra por Kirill é chocante”, afirma cardeal Koch

Cardeal Kurt Koch. (Foto: Wikimedia Commons)

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09 Mai 2022

 

A posição de Kirill e as divergências após a entrevista do Papa Francisco ao Il Corriere significam que as relações entre Moscou e Roma "adquiriram um caráter completamente diferente".

 

"Minhas palavras não são um discurso militarista, como nossos oponentes querem chamar. É tudo bobagem", responde o patriarca de Moscou.

 

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 09-05-2022.

 

Ele é responsável pelas relações ecumênicas da Santa Sé e, como tal, encarregado de tentar encontrar pontos de encontro entre as diferentes confissões cristãs do mundo. O presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Kurt Koch, lamentou como o patriarca de Moscou, Kirill, está justificando uma invasão, a da Rússia contra a Ucrânia, que é "chocante".

 

Em entrevista ao Kath.ch, Koch argumenta que seu comportamento, "legitimando religiosamente" a guerra , deveria "abalar todos os corações ecumênicos". A posição de Kirill e as divergências após a entrevista do Papa Francisco ao Il Corriere significam que as relações entre Moscou e Roma "adquiriram um caráter completamente diferente".

 

Reunião Kirill-Francisco cancelada

 

Como será lembrado, Francisco pediu a Kirill, durante sua videoconferência, há algumas semanas, que não se tornasse o 'menino do altar' de Putin. A tensão entre os dois líderes levou ao cancelamento de um encontro histórico planejado para junho entre os dois, que poderia ter ocorrido em Jerusalém. "É lógico que isso não aconteça, porque provavelmente teria sido mal interpretado", sugere Koch, embora afirme que o Papa "quer deixar todas as portas abertas" para uma solução pacífica do conflito.

 

Por sua vez, o patriarca de Moscou rejeitou as críticas recebidas por seu apoio a Putin. "Minhas palavras não são um discurso militarista, como nossos oponentes querem chamar. É tudo bobagem", destacou Kirill, lembrando que seus parentes morreram no cerco alemão de Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial.

 

Kirill reiterou que a Rússia nunca travou uma guerra agressiva e que não quer "prejudicar, ocupar ou saquear" a Ucrânia, num momento em que a Comissão Europeia a incluiu no sexto pacote de medidas contra o regime russo.

 

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