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09 Mai 2022

 

Marcela Laudonio é comunicadora social, especializada na investigação de danos ambientais e sociais provocados pela indústria têxtil. Na sua conta no Instagram denuncia a exploração animal e laboral, a poluição gerada por esta atividade e o consumo “da moda” que sustenta um negócio milionário onde muitos perdem e poucos ganham.

 

A reportagem é de Estefanía Santoro, publicada por Página/12, 06-05-2022. A tradução é do Cepat.

 

No início de 2020, Marcela Laudonio publicou Incómoda – cuerpos libres, livro no qual problematiza a indústria da moda. Sua família vivenciou em primeira mão o que ela denuncia hoje: a precariedade do trabalho e a exploração das grandes empresas têxteis do país. Também investiga o trabalho escravo e os lucros milionários que as marcas acumularam às custas da exploração de pessoas pobres e principalmente migrantes, que aceitam desesperadamente um pagamento miserável para pelo menos levar um prato de comida para seus filhos. Foi assim que conheceu também o outro lado – tão sinistro quanto – do mundo da indústria têxtil: a poluição.

 

A indústria têxtil está entre as quatro indústrias mais poluentes do planeta, e o algodão é a fibra natural mais importante produzida no mundo. Em nosso país é cultivado nas províncias de Chaco, Santiago del Estero, Santa Fe, Formosa, San Luis, Salta, Entre Ríos e Córdoba. Em 1998, o uso de sementes de algodão transgênico foi aprovado na Argentina, explica Marcela em sua pesquisa, e com isso o uso de agroquímicos cresceu sem restrições.

 

A Argentina é um dos países que mais utiliza agroquímicos per capita no mundo. Inúmeros estudos científicos detectaram vestígios de glifosato e outros produtos no ar, na água que bebemos, nos alimentos, nas roupas, nas fraldas e em outros produtos de higiene pessoal, como absorventes femininos e tampões, explica Marcela. Além disso, os próprios trabalhadores estão expostos a essa contaminação devido ao uso de produtos químicos nos processos produtivos. “O tratamento de pré-lavagem e desgaste de um jeans é extremamente poluente e causa silicose aguda, uma doença pulmonar que, se não tratada a tempo, pode ser fatal. Em geral, quem faz esse trabalho não tem os equipamentos de proteção necessários para não colocar a vida em risco”, diz Marcela.

 

"Só para produzir o poliéster, que é o tecido sintético mais utilizado, são usados 70 milhões de barris de petróleo por ano", diz Laudonio. O algodão é o cultivo que mais consome pesticidas: 24% de todos os inseticidas e 11% de todos os pesticidas do mundo. Para a produção de rayon ou viscose, 70 milhões de árvores são cortadas a cada ano. De acordo com o relatório de 2019 da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o setor do vestuário utiliza 93 bilhões de metros cúbicos de água por ano, volume suficiente para atender às necessidades de cinco milhões de pessoas, fato arrepiante se levarmos em conta que há populações inteiras que sequer têm acesso à água potável”.

 

Trabalho escravo no século XXI

 

A avó de Marcela era tecelã caseira de uma marca importante e também era costureira a domicílio para uma fábrica de meias e costurava a máquina em casa. Naquela época, Marcela tinha nove anos; ela e o irmão trabalhavam com a avó, em sua casa em Castelar. Não eram obrigados, mas era a única forma de sobreviver e sustentar a economia da família. A história das costureiras a domicílio é sua própria história de vida.

 

“Era um trabalho totalmente informal que a família inteira fazia. Eles nos pagavam centavos por cada produto. Então tivemos que produzir muito para arrecadar o dinheiro que era usado apenas para comprar a comida. Trabalhamos todos os dias a qualquer hora, porque quanto mais você fazia, mais ganhava. Todos os vizinhos que tinham máquinas faziam algum tipo de trabalho em casa, claro, sem nenhum direito trabalhista. Trinta anos depois, isso ainda está acontecendo”.

 

Marcela não só denuncia a contaminação e a precarização do trabalho na indústria têxtil, como também acompanha as reivindicações das trabalhadoras que veem seus direitos desrespeitados todos os dias nas grandes fábricas. “Você consegue se imaginar trabalhando e alguém atrás de você medindo seu desempenho com um cronômetro? Você consegue se imaginar nove horas sentada e não poder levantar nem para ir ao banheiro porque, caso não consiga cumprir o nível de produção você é demitida?", denuncia ela em sua conta no Instagram. Maus-tratos e assédios no trabalho, demissões surpresa por motivos inventados, indenizações que não chegam nem a 20%, é o que vivem as trabalhadoras da fábrica Mauro Sergio Textilana S.A. localizada na cidade de Mar del Plata.

 

Até a esta altura do ano, 50 pessoas já foram demitidas, e desde o início da pandemia já houve mais de 200 demissões. Setenta por cento da equipe são mães chefes de família. A Textilana é uma das empresas têxteis mais importantes da América Latina. Não está em crise, só quer se livrar de seus trabalhadores e o faz com os métodos mais cruéis. Sergio Esteban Todisco, um dos proprietários da Textilana, foi denunciado por ter contas offshore e foi citado nos documentos Pandora Papers. “Em consequência da visibilidade que dei ao caso de Mauro Sergio, comecei a receber muitas mensagens de trabalhadoras, por exemplo, de Pergamino onde há um grande polo têxtil. Elas me disseram que com elas acontece a mesma coisa, todas fábricas de marcas muito conhecidas”.

 

O trabalho precário na indústria têxtil se perpetua hoje, um setor altamente feminizado: “No mundo todo, 80% dos que trabalham na confecção de roupas são mulheres e em muitos casos menores de idade no caso das trabalhadoras a domicílio”, diz Marcela. Há cinco anos, um grupo de mulheres que costuram em suas casas começou a se organizar para enfrentar as injustiças das grandes marcas e formaram o Sindicato Argentino do Trabalho a Domicílio Têxtil e Afins (SATaDTyA) de forma totalmente autogestionada que já tem abrangência nacional.

 

A partir do sindicato projetaram um tarifário que distribuíram em todo o país, uma ferramenta fundamental para que aquelas trabalhadoras que não têm conhecimento sobre salários possam exigir uma compensação justa por seu trabalho por cada peça de roupa que costuram. “Elas estão lutando, mas ainda não têm nenhum direito trabalhista”, conclui Marcela.

 

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