08 Junho 2021
Primeiro foi a Congregação dos Santos. Depois, do Culto Divino. Agora, a Congregação do Clero.
Becciu, Sarah, Stella... três dos “bispos” da Igreja anti-Francisco, inseridos dentro da poderosa trama da Cúria Vaticana, se viram, nos últimos meses, sendo removidos de seus assentos. Tiraram seus privilégios, questionaram suas decisões e, em casos extremos (como o de Becciu) tiraram a condição cardinalícia.
A reportagem é de Jesus Bastante, publicada por Religión Digital, 08-06-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Pois o Papa Francisco pisou no acelerador. Tendo em vista a aprovação da Constituição Apostólica que reformará a Cúria Vaticana, e uma vez que a Secretaria de Economia e o APSA centralizam todos os orçamentos (cortaram-se os grifos, inclusive, à Secretaria de Estado), Bergoglio ordenou uma investigação à Congregação para o Clero, que correrá a cargo do bispo de Mondovì, Egidio Miragoli.
O visitador, com plenos poderes, fará uma auditoria profunda na congregação que se encarrega do controle e formação de seminaristas e padres, uma das grandes preocupações do Papa Francisco. Outra delas, a Liturgia, já encontrou solução, com a saída de Robert Sarah e a nomeação de Arthur Roche. No horizonte, a possível supressão do Summorum Pontificum (rito extraordinário).
Muito mais complicada é a situação do cardeal Becciu. Afastado há quase nove meses pelo escândalo de compra de imóveis de luxo com o dinheiro dos pobres e a suposta criação de uma “diplomacia paralela”, nas próximas semanas poderíamos conhecer se, finalmente, o Becciu será julgado. A reforma do Direito Canônico, aprovada na semana passada, abriu a porta para isso. E o Papa, desta vez, sim, abriu a porta das reformas. Não há como retroceder. Apesar dos críticos.
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Becciu, Sarah, Stella... O Papa Francisco “purga” os críticos antes de aprovar a Reforma da Cúria - Instituto Humanitas Unisinos - IHU