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A encíclica e o Ubuntu. As raízes africanas de Fratelli tutti

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15 Mai 2021

 

No sábado, na revista dos jesuítas dirigida pelo padre Antonio Spadaro, será publicado um artigo assinado pelo padre Elias Opongo que liga a encíclica de Francisco à ética africana do Ubuntu, uma palavra na língua bantu que se refere a uma ética difundida nos países da África subsaariana, mas também no mundo das novas tecnologias, onde o vocábulo “Ubuntu” agora indica as comunidades de livre distribuição de software.

O artigo é de Riccardo Cristiano, vaticanista italiano e fundador da Associação de Amigos do Pe. Paolo Dall’Oglio o leu para Formiche.net, 13-05-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo. 

 

Em um artigo publicado recentemente no La Repubblica e relativo à polêmica sobre as consequências culturais do movimento nascido nos Estados Unidos com o caso da demolição das estátuas, Alberto Asor Rosa reconheceu que a rejeição e a eliminação existem, sem a rejeição e a eliminação, a "força expansiva da cultura ocidental nunca teria nascido", acrescentando de forma muito significativa que "o avanço imparável do Ocidente sobre o resto do mundo significou derrotar todo o que havia de passivo e imóvel".

Passivo e imóvel… A visão que move o artigo que aparece no próximo número de La Civiltà Cattolica que será lançado no sábado e que se intitula “Fratelli tutti e o apelo Ubuntu à amizade cosmológica” nos abre outra perspectiva. Escrito pelo padre Elias Opongo, o ensaio vincula a encíclica de Francisco à ética africana do Ubuntu, uma palavra da língua bantu que se refere a uma ética difundida nos países da África subsaariana e bem conhecida pelas referências feitas na África do Sul, mas também no mundo das novas tecnologias, onde o vocábulo “Ubuntu” agora indica a comunidade de livre distribuição de software.

“A teoria africana do Ubuntu se refere amplamente à interconexão que existe dentro da humanidade e entre seus componentes, e ao fato de que 'minha humanidade encontra sua definição fundamental por meio de tua humanidade'. Esta definição ontológica do Ubuntu é baseada em três princípios:

1) a humanidade é essencialmente projetada para coexistir em uma amizade cosmológica;

2) os valores fundamentais da humanidade só podem ser realizados através do reconhecimento da natureza humana original da outra pessoa;

3) a humanidade é projetada para salvaguardar e implementar o bem comum que a une. A amizade cosmológica inerente ao conceito de Ubuntu coloca a ênfase nas relações e na coexistência mútua. Ou seja, a humanidade do indivíduo só se realiza por meio da relação com outros seres humanos com os quais está em estreita relação, mas também com aqueles com os quais a relação é remota.

Esse conceito de relação implica, em certo sentido, uma amizade cosmológica baseada em uma atitude comum em relação ao desenvolvimento da sociedade. A consciência de que "não posso ser feliz sozinho" implica que, para gerar uma sociedade funcional e eficiente, o tecido social deve se basear na consciência da existência do outro como agente ativo da felicidade social e como potencial e progressivo construtor das relações que definem aquela urdidura de sociedade. Ou seja, o individualismo, embora possa conduzir ao sucesso, não contribui para a saúde comunitária da sociedade”.

A definição cara a Francisco, de que o homem é um ser relacional, é claramente entendida como correlata e ajuda a desejar prosseguir com a leitura. Padre Obongo parte do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, para quem existe um nexo evidente entre consciência da diversidade e consciência de que um ser humano autossuficiente seria subumano. Essa consciência da interdependência conduz ao entendimento de que o individualismo, embora possa levar ao sucesso, não contribui para a saúde comunitária da sociedade”. Aqui estão as redes de conexão social.

O Ubuntu reconhece a humanidade do outro, esta é a grande descoberta que fazemos ao seguir o sábio que nos leva a uma cultura não branca. Continuando, descobrimos consequências interessantes: “As crianças, embora pertençam ao próprio núcleo familiar, também são vistas como um bem comum a ser respeitado, protegido e criado de forma digna e solidária. Pertence à família ampliada e à comunidade em geral o dever de ajudar as famílias em dificuldade ou com problemas financeiros. Esta solidariedade social reforça ainda mais os laços entre os diferentes setores da comunidade, visto que a família é o alicerce da coesão social”. Também é muito inovador o conceito de liderança, que pode ser eletiva ou hereditária, mas “o líder individual não comanda sozinho, mas atua dentro de um sistema de órgãos representativos. Essa ideia de guia social é importante, pois protege contra a concepção moderna segundo a qual a liderança se baseia no crescimento do poder pessoal, independentemente das necessidades dos outros”.

O vínculo com Fratelli tutti é, portanto, evidente, visto que entre o Ubuntu e os conteúdos da encíclica criam contatos a solidariedade, a amizade social, a cidadania global, a economia fraterna, a dignidade humana e o desenvolvimento humano integral. Assim, o autor passa a observar o contexto africano, em que se difunde um estilo de vida capitalista, baseado na ideia de autossuficiência. É encontrado em bairros abastados cercados por barreiras de proteção. “Esta sociedade dicotomizada anda de mãos dadas com o 'progresso econômico' que mencionamos acima e mostra como é necessário rever as atuais estruturas de organização social presentes na África. Estas são estruturas econômicas que criam um bem-estar falso e enganoso sobre uma base frágil que pode ser definida como uma verdadeira 'bomba-relógio'. Francisco deplora que muitas pessoas se sintam mais sozinhas do que nunca em um sistema econômico mundial que reduz a maior parte da população a um instrumento de trabalho, em nome do suposto critério da liberdade do mercado e da eficiência, que transforma o bem comum em posse privada de uma determinada classe econômica.

Embora o número de bilionários tenha dobrado na última década, a desigualdade global continua a aumentar. Como evidência dessa tendência mundial preocupante, em 2019 os 2.153 bilionários do mundo possuíam mais riqueza do que os 4,6 bilhões de pessoas que representam 60% da população do planeta, de acordo com o Relatório 2020 da confederação internacional Oxfam (Oxford Committee for Famine Relief ). Além disso, os 22 homens mais ricos do mundo possuem mais do que todas as mulheres na África juntas. Nos Estados Unidos, o 1% mais rico da população tem quase a mesma quantidade de riqueza que a classe média: de fato, de acordo com dados de 2019, os estadunidenses mais ricos tinham cerca de 35 trilhões de dólares, enquanto toda a classe média tinha uma riqueza total de quase 37 trilhões”.

Esses dados são depois contextualizados à realidade africana, onde os investimentos são enormes, o crescimento era esperado em torno de 7%, mas a Covid mudou a realidade e as perspectivas: "Apesar do crescimento econômico, 416 milhões de africanos ainda vivem na pobreza, 640 milhões não têm acesso à eletricidade, e 210 milhões estão 'presos' em países frágeis e assolados por conflitos, o que reduz ainda mais a capacidade de progresso econômico ”. Desigualdades e corrupção são os outros termos de referência para a parte sucessiva.

Mas o que nos reconecta, ainda que em um contexto social e não cultural, é o próximo passo, aquele relativo à reconciliação. O Padre Opongo escreve: “Para enfrentar os conflitos e divisões como os que ocorrem na África, o Papa Francisco propõe o recurso a uma revisão corajosa dos crimes e injustiças do passado à luz de uma visão a longo prazo de reconciliação das comunidades divididas. No sétimo capítulo da encíclica Fratelli tutti, em que aborda esse tema, ele adota uma linguagem muito clara e contundente para indicar a que deveria levar o processo de reconciliação. Ele pede para nos confrontarmos abertamente com a realidade do ódio e da vingança, ligando a mediação e o diálogo ao reconhecimento sincero dos erros do passado, tentando perdoar, mas sem que isso signifique esquecer tais erros, mas abrindo-se à reconciliação para construir juntos um novo futuro”. Neste "juntos" não pode haver demolição de estátuas: "Para a filosofia do Ubuntu é de fundamental importância que a sociedade se esforce para criar consciência sobre a natureza interdependente de nossa sociedade global".

 

Leia mais

  • Ubuntu. 'Eu sou porque nos somos'. Revista IHU On-Line, Nº. 353
  • Ubuntu como ética africana, humanista e inclusiva. Artigo de Jean-Bosco Kakozi Kashindi. Cadernos IHU ideias, Nº. 254
  • “Fratelli Tutti” é Ubuntu com outro nome. Artigo de Agbonkhianmeghe Orobator
  • Ubuntu, uma perspectiva para superar o racismo
  • A ética do ubuntu para o respeito pelo outro
  • "Eu só existo porque nós existimos": a ética Ubuntu. Entrevista especial com Bas"Ilele Malomalo
  • Fraternidade e mundo aberto. O sonho da Fratelli Tutti. Artigo de Andrea Grillo
  • Padre Zenildo Lima: Fratelli tutti denuncia “uma cultura do descarte que ignora direitos de populações fragilizadas”
  • Fratelli Tutti: moderna e provocativa

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