03 Dezembro 2020
No ataque mais bárbaro perpetrado contra civis este ano, o grupo insurgente Boko Haram matou pelo menos 110 pessoas, no sábado, 28 de novembro, que faziam a colheita de arroz na aldeia de Koshobe e outras comunidades rurais perto da cidade de Maiduguri, Estado de Borno, ao norte da capital Abuja, na Nigéria.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Mapa que localiza a aldeia de Koshobe, perto da cidade de Maiduguri, Estado de Borno, ao norte da capital Abuja, na Nigéria.
“Estou indignado e horrorizado com o horrível ataque contra civis”, que foram mortos “sem piedade e muitos outros ficaram feridos”, disse o coordenador humanitário da ONU na Nigéria, Edward Kallon.
O presidente da República Federal da Nigéria, Muhammadu Buhari, condenou o ataque. “O país está ferido por essas mortes sem sentido”, afirmou em comunicado divulgado pelo porta-voz oficial.
“Nosso povo está numa situação muito difícil. Se ficarem em casa, podem morrer de fome. Eles vão para suas fazendas e correm o risco de serem mortos pelos insurgentes”, declarou a repórteres o governador do Estado de Borno, Babagana Zulum.
Mapa da África, com destaque para a Nigéria. (Foto: Needpix)
Além de matar, milicianos sequestraram pessoas, entre elas mulheres. As Nações Unidas pediram “o retorno imediato e seguro das pessoas raptadas” no ataque de sábado. Kallon informou que as comunidades rurais estão chocadas com a brutalidade do ataque e temem por sua segurança.
Desde 2009, o Boko Haram realiza ações violentas na Nigéria, que tem 200 milhões de habitantes, para impor sua versão da lei islâmica. Estimativas indicam que esse conflito matou mais de 30 mil pessoas no país.
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Boko Haram mata mais de 110 trabalhadores de comunidade rural - Instituto Humanitas Unisinos - IHU