O Boko Haram proclamou um califado na Nigéria

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Por: André | 27 Agosto 2014

A organização armada nigeriana Boko Haram anunciou o estabelecimento de um Califado Islâmico no nordeste do país africano, na cidade de Gwoza, de acordo com um material audiovisual divulgado pela Agência France Presse (AFP). A ONU declarou o grupo como “terrorista” depois do sequestro de cerca de 300 meninas em abril e os países da África Ocidental declararam-lhe “guerra total”.

 
Fonte: http://bit.ly/1pEaP8W  

A reportagem é publicada no sítio Periodismo Internacional Alternativo, 25-08-2014. A tradução é de André Langer.

O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, celebrou o avanço sobre o território nigeriano e anunciou que anexaria ao seu califado a localidade de Gwoza – no norte de Borno –, segundo explicou em um vídeo de 52 minutos obtido pela AFP.

“A soberania e a integridade territorial do Estado nigeriano estão intactas”, declarou em um comunicado o porta-voz das Forças Armadas, Chris Olukolade.

No mês de maio, os países da África Ocidental declararam “guerra total” ao Boko Haram, durante uma reunião realizada em Paris e que foi organizada pelo presidente da França, François Hollande, com o apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido.

“O Boko Haram não é um grupo apenas local: desde 2009, sua atividade está associada à Al Qaeda; é a Al Qaeda da África Ocidental”, indicou naquela oportunidade o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, que obteve o apoio do Chade, Camarões, Níger e Benin. Por sua vez, os três países europeus prometeram “colaboração”.

“Oferecemos a assistência do nosso Exército e dos nossos funcionários de segurança, e a aceitaram. Vamos fazer todo o possível para proporcionar-lhes ajuda”, indicou o líder de Washington, Barack Obama.

Os ataques do grupo armado, vinculado à Al Qaeda, intensificaram-se depois que a polícia assassinou seu líder, Mohamed Yusuf, em 2009. A partir de então, a organização, que se reivindica como islâmica e contra o Ocidente, causou a morte de mais de 3.000 pessoas, segundo dados do Exército nigeriano.

Seus atentados tiveram repercussão internacional após o sequestro de cerca de 300 meninas em 14 de abril passado. Diante disso, o Conselho de Segurança da ONU manifestou a “necessidade de combater por todos os meios a insegurança internacional causada pelo terrorismo”. Em seguida, os membros do Conselho se comprometeram a “cooperar ativamente” com as autoridades nigerianas.