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O Papa Jesuíta e seus inimigos

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19 Novembro 2020

"A marca inaciana e jesuíta levou o Papa Bergoglio a abraçar uma ideia militante e combativa da Igreja. A catolicidade não deve se encerrar em uma dimensão de testemunho de catacumba, mas sim desafiar o mundo, colocando-se em caminho até o limite de arriscar as próprias certezas que, se forem sólidas, não se perderão", escreve Miguel Gotor, político, professor, historiador e escritor italiano, em artigo publicado por La Repubblica, 18-11-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O Papa Francisco tem muitos inimigos dentro e fora da Igreja. O ressentimento deles repousa sobre uma tradição antijesuítica muito sólida, bem ciente do quanto seja firme a filiação do Papa Bergoglio à Companhia de Jesus, um elemento identitário talvez subestimado por ser velado pelo chamado franciscano presente em seu nome pontifício.

Cada pessoa é o resultado da sua própria biografia e há, sobretudo, dois aspectos da vida deste Papa que influenciaram a sua forma de interpretar o magistério papal. Em primeiro lugar, a origem geográfica “do fim do mundo”, terra de missão, imigração e sincretismo antropológico e religioso como a Argentina. E, depois, o fato de ter sido o mais jovem provincial dos jesuítas argentinos de 1973 a 1979, durante a ditadura militar do general Videla.

Naquela época de ferro e fogo, entre sequestros, torturas, massacres e milhares de desaparecidos, ele se viu obrigado a se questionar sobre como manter unida a Companhia de Jesus em um momento em que estava dividida entre os partidários da ditadura e os que ajudavam os resistentes que haviam escolhido o caminho da luta armada.

Dessa dupla experiência brota o primeiro traço da identidade jesuíta do Papa Bergoglio: a vida da Igreja funda-se na busca incessante de uma unidade dos opostos. É um pensamento forte baseado na consciência do drama da história e do caráter paradoxal do cristianismo, em que o filho de Deus também é integralmente homem, que morre na desesperada e criatural consciência de ter sido abandonado pelo Pai.

A síntese final caberá a Deus, mas enquanto isso, na vida aqui embaixo, é preciso abraçar um pensamento polar otimista, que tenta valorizar os elementos de unidade e não aqueles de divisão. Essa doutrina da unidade dos opostos já se encontra nos escritos do fundador jesuíta Inácio de Loyola, permeados como são por uma polaridade contínua entre a graça divina e a liberdade humana, e foi reproposta durante o século XX por dois teólogos muito importantes na formação de Bergoglio, o francês Herny de Lubac e o ítalo-alemão Romano Guardini, a cujo estudo do pensamento o futuro pontífice decidiu dedicar a sua tese de doutorado em teologia.

Um segundo elemento jesuíta é visível no estilo do Papa Francisco: afável, mas direto, fiel ao antigo preceito dos Padres da Companhia de Jesus: "Suaviter in modo, sed fortiter in re". Ele está atento não só à substância das coisas, mas ao modo como elas são ditas e disso deriva uma sensibilidade especial para o mundo da comunicação com o qual interage sem intermediários particulares, com uma supervisionada e dissimulada espontaneidade.

Este Papa não quer ser lembrado como um teólogo, mas como um pastor que está bem ciente da condição de desorientação do homem de hoje e, portanto, pensa complexo, mas fala simples, de acordo com a tradição jesuíta de buscar a maior unidade possível entre a dimensão intelectual e aquela dos simples.

Um terceiro aspecto, talvez o decisivo, é a predisposição ao diálogo. Para um jesuíta, a própria identidade não é uma fortaleza a defender, mas uma ponte para os outros, que são tão mais interessantes quanto mais distantes dele. Nessa visão, o diálogo se torna um método que se faz substância: obviamente, não significa renunciar às próprias convicções, mas pensar que uma verdade filha do diálogo com o outro é mais ampla e inclusiva e, portanto, mais fundamentada. Num jesuíta, identidade e diálogo nunca são dimensões contrapostas porque a verdade não é um pingente a ser exibido, mas o produto de uma busca que se enriquece mediante a própria busca.

Essa inclinação para o diálogo deriva do caráter missionário e exploratório dos jesuítas, hábito mental que os tornou especialistas nas terras virgens, fossem os continentes desconhecidos a cristianizar, os territórios interiores de uma criança a educar ou a consciência de uma pessoa a ser alcançada com a confissão.

Na sua última encíclica Fratelli Tutti, o Papa Francisco ilustra essa curiosa atitude precisamente no parágrafo dedicado ao "Diálogo e amizade social", aquele em que explica uma verdade simples, ou seja, que "a vida é a arte do encontro, mesmo se há tantos desencontros na vida” retomando um verso do poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes. A existência - acrescenta - é um poliedro onde o todo é superior às partes separadas e isso obriga a incluir as margens e as periferias "porque ninguém é inútil, ninguém é supérfluo".

Por fim, a marca inaciana e jesuíta levou o Papa Bergoglio a abraçar uma ideia militante e combativa da Igreja. A catolicidade não deve se encerrar em uma dimensão de testemunho de catacumba, mas sim desafiar o mundo, colocando-se em caminho até o limite de arriscar as próprias certezas que, se forem sólidas, não se perderão.

Desta forma, como tantos de seus predecessores jesuítas ao longo da história, o Papa Bergoglio se transformou um grande desestabilizador das ortodoxias pré-estabelecidas: a sua Igreja é uma trincheira ou, como ele disse, "um hospital de campanha" que tenta curar um mundo ferido pelos antigos flagelos das desigualdades e agora pela pandemia, encontrando-se sempre ao longo de um limite. Porque o jesuíta é antes de tudo um militante do limite que transforma os limites em fronteiras e lugares de troca como, por exemplo, aconteceu em 2019 com a declaração de Abu Dhabi, assinada pelo Papa Francisco juntamente com o Grande Imã Ahmad al-Tayyib, em que ambos declararam “adotar a cultura do diálogo como caminho; a colaboração comum como conduta; o conhecimento mútuo como método e critério" e afirmaram que foi a própria sabedoria divina que quis o pluralismo religioso.

Na década de 1930, Antonio Gramsci, em seus Cadernos do cárcere, especificava que os fundamentalistas católicos costumavam chamar os jesuítas de "modernizantes" e "modernizantismo" a sua tendência. Ele observava que o catolicismo recorria à Companhia de Jesus toda vez que "se desequilibrava demais para a direita" e precisava "portanto ser centralizado novamente pelos jesuítas, isto é, devolver a ele uma forma política flexível, sem rigidez doutrinária, com grande liberdade de manobra”: aqui está, o pontificado do jesuíta Bergoglio fazendo exatamente isso, está restituindo uma grande liberdade de manobra ao catolicismo.

Por isso incomoda a muitos e por isso o seu ponto de vista pastoral, misericordioso e missionário deve interessar crentes e não crentes entre as feridas atormentadas de uma história que recomeçou a correr e a sangrar novamente para além dos limites das antigas certezas.

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