31 Agosto 2020
"Algumas mortes que ocorreram estão sendo associadas a não adesão à proposta religiosa do estado islâmico. Logo que possível, deveremos esclarecer o ataque à comunidade de Xitaxi. Nesta comunidade, a 8 de abril, houve um massacre de 52 jovens. Afirma-se que estes jovens se recusaram aceitar as propostas dos terroristas, de entrarem em suas fileiras. Também aconteceu a violação e profanação de diversos templos católicos. No entanto, é preciso prudência para afirmar que os ataques têm como objetivo a implantação do estado islâmico nesta região", escreve Pe. Edegard Silva Júnior, missionário saletino brasileiro, trabalha na Missão de Muidumbe na Diocese de Pemba, Moçambique.
Pe. Edegard Silva Júnior em Moçambique.
(Foto enviada por pe. Edegard)
O padre enviou estas informações em nome da Diocese para que o mundo conheça a situação de Cabo Delgado e mostre solidariedade com aquele povo. De acordo com ACLED, sigla em inglês do Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos, desde 2017 houve 823 conflitos armados em Moçambique, sendo que 534 deles ocorreram em Cabo Delgado (396 diretamente contra civis). Durante este período, dos 1678 mortos em conflitos no país, 1496 foram na Província de Cabo Delgado.
A Província de Cabo Delgado no extremo nordeste de Moçambique tem por capital a cidade de Pemba, localizada cerca de 2.600 km ao norte de Maputo. A Província tem uma área de 82.626 Km2 e uma população de 2,3 milhões de habitantes. Está dividida em 17 Distritos e cinco municípios. É nessa região, uma das mais pobres do país, que desde outubro de 2017, acontece uma guerra que já deixou mais de 1.500 mortos e milhares de deslocados.
O primeiro ataque de grupos armados, até então desconhecidos na Província de Cabo Delgado, aconteceu no dia 05 de outubro de 2017, a cidade de Mocímboa da Praia. Em novembro desse mesmo ano, algumas mesquitas foram fechadas porque, inicialmente, suspeitava-se que os ataques haviam sido planejados nelas. No entanto, os motivos desta guerra e seus mandatários nunca foram suficientemente apresentados. Pela realidade que vivemos, pressupomos os motivos, mas se faz necessária uma explicação por parte do Estado. Depois desse primeiro ataque, a situação parece ter perdido o “controle”.
Mapa de Moçambique. (Arte enviada por pe. Edegard)
A região afetada pelas agressões violentas compreende nove Municípios ou Distritos: Palma, Mocímboa da Praia, Nangade, Mueda, Muidumbe, Macomia, Meluco, Quissanga e a Ilha do Ibo. Nessa área vivem aproximadamente 600 mil pessoas. São pequenos agricultores simples, artesãos, na sua grande maioria sem nenhum envolvimento ideológico ou sem nenhum conflito religioso. Todas essas localidades sofreram e continuam a sofrer com ataques de insurgentes ou terroristas. É necessário esclarecer que não se trata de guerra tribal ou de grupos étnicos.
O Bispo da Diocese de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa, C.P., assegurou a presença de missionários e missionárias em todas as comunidades dessa região. Atualmente, a Diocese tem mantido padres e religiosas em todos esses distritos. Esses missionários e missionárias têm acompanhado de perto a situação de guerra e o drama vivido pelas comunidades.
Os ataques ou ações terroristas foram acontecendo de forma gradativa. As estratégias se modificaram no decorrer do tempo. Inicialmente, usaram armas mais “leves” e atacavam com grupos menores. Quando os insurgentes chegam nas aldeias, atacam, na verdade, pessoas inocentes. As vítimas são os pobres que vivem de forma muito simples, em casas de taipa, cobertas de palha. Temos uma estratégia: quando eles chegam, se houver tempo, alguém da comunidade bate o sino para dar sinal à população (nem sempre essa tática é eficaz e bem-sucedida). Nessa altura, cada família já sabe para onde fugir, sempre em direção ao mato. Eles queimam as casas e tudo o que tiver dentro. Inclusive, já aconteceu que algumas pessoas foram queimadas vivas ou mesmo decapitadas. No início dos ataques, essa ação acontecia sobretudo com catanas (facão muito comum nas atividades rurais).
Casas queimadas durante ataque em Cabo Delgado. (Foto enviada por pe. Edegard)
Por aqui, as aldeias estão interligadas. Familiares e conhecidos estão presentes nos diversos distritos. Mesmo com poucos recursos, a comunicação acontece de maneira veloz. Dessa forma, quando acontece um ataque, as notícias se espalham em cada aldeia. Isso faz com que toda população viva de maneira temerosa, incidindo e modificando seus hábitos cotidianos. Por exemplo, o horário das celebrações e das escolas foram alterados. As pessoas se recolhem em casa bem cedo, muitas vezes, também, com medo de irem sozinhas trabalhar na roça/machamba. O cenário é assustador: todos vivem aterrorizados, sempre esperando onde e como será o próximo ataque.
Como toda guerra, as táticas dos ataques foram se modificando. Das aldeias, eles passaram a atacar automóveis, lotações e ônibus nas estradas. Se antes disso nosso medo se restringia apenas em permanecer nas aldeias, doravante esse medo se estende às viagens, dada a necessidade de tomarmos o transporte para nos locomover. Foram registrados vários ataques com muitas mortes e com automóveis queimados.
Fomos observando, pelas táticas e pelos relatos, que o grupo dos insurgentes estava aumentando. Ouvimos falar de recrutamento de jovens através da oferta de dinheiro. Numa realidade de desemprego e de abandono, muitos tendiam a aceitar essa proposta.
Ressaltamos que até este momento não temos informações claras acerca de quem são os responsáveis, nem de que há uma ação do governo para controlar as ações terroristas. Em decorrência disso, percebemos que, de simples “catanas” (facões) ou até de um “pequeno exército”, a ação terrorista parece crescer e manusear armas mais pesadas e modernas. Basta dizer que, em um dos ataques ao Distrito de Mocímboa da Praia, os terroristas entraram por terra e pelo mar, com um forte arsenal bélico, e o mesmo aconteceu no Distrito de Quissanga.
Os ataques aumentavam e circulavam informações de que o interesse do grupo era atacar as sedes distritais, sobretudo os prédios públicos. Assim, a cada dia aconteceu uma onda sucessiva de ataques a “prédios oficiais”. Muitas coisas foram destruídas e queimadas: fóruns, escolas, hospitais, bancos, casas, escritórios, sede administrativa. Infelizmente, ao povo restava o mato. Temos relatos de situações mais entristecedoras de famílias no mato, sem água e comida. Em todos os distritos, o abastecimento ficou comprometido, uma vez que fazia parte da estratégia dos insurgentes incendiar pequenas casas comerciais. No final de 2019 e no primeiro semestre de 2020, alguns templos católicos foram violados e queimados.
Aldeia Criação após ataque em 7 de novembro de 2019. (Foto enviada por pe. Edegard)
Mesmo assim, desejamos registrar que, pastoralmente, a Diocese de Pemba se faz presente na região Norte com uma equipe de 35 missionários – padres e religiosas moçambicanos, diversas congregações com missionários de dez países diferentes. Essas presenças asseguram a assistência religiosa e social a essas localidades. Em nossas reuniões com os agentes de pastoral ou através das redes sociais sempre nos perguntamos: quem são estes malfeitores? O que desejam? Por que matam os inocentes? Chegamos a pensar que essa guerra tem um “rosto oculto” (um oculto explícito). Começamos a conversar sobre as “hipóteses” possíveis que configuram esse “rosto”.
Temos algumas hipóteses para a explicação dessa guerra que já se prolonga por quase três anos. Alguns falam em cenários distintos para compreendermos este quadro. Por outro lado, a população se sente inquieta diante de certa “indiferença” do Governo moçambicano em relação aos ataques.
Há pouca cobertura jornalística dos meios de comunicação. Isso, numa região onde o Governo tem uma das suas maiores bases políticas. Para além destes ataques, a região de Cabo Delgado enfrentou, neste mesmo tempo, outras calamidades. Entre elas, o Ciclone Kenneth e as fortes chuvas iniciadas em dezembro de 2019 que deixaram a região ilhada por quase cinco meses.
Mas qual organização terrorista que tem dado suporte econômico e bélico a essa guerra, cujo custo é sempre muito alto? Quem tem treinado os insurgentes com táticas militares? Na verdade, não dispomos de nenhuma palavra oficial capaz de responder a esses questionamentos. Supomos que seja a presença de grupos que defendem uma radicalização islâmica, incluindo o grupo Al-Shabab.
Num determinado momento, a orientação era de não oficializarmos os ataques como sendo derivados de um viés religioso, até mesmo porque essa guerra, como todas outras, parece ser mais motivada por interesses econômicos do que religioso.
No ataque em Quissanga, alguns vídeos foram veiculados e, neles, os terroristas falam claramente dos objetivos religiosos e de seu desejo de implementar na região o estado islâmico. Essas filmagens eram registradas por falas e pelo hasteamento da bandeira desse movimento. Num mundo marcado pelas “fake news”, devemos checar e questionar algumas imagens que nos chegam pelas redes sociais, mas, no entanto, aquelas imagens nos deixaram bastante preocupados.
Outro ponto é que não nos parece muito evidente que haja uma ligação dessa guerra com as anteriores. Se caracterizarmos as “três guerras” enfrentadas por Moçambique, essa tem um rosto muito específico, pois parece visar mais a concentração de riqueza da região e o seu possível controle.
Do ponto de vista religioso, os últimos ataques trazem alguns elementos. Haverá muitas informações que só saberemos após a guerra. Será necessário fazer um registro mais preciso e ouvir as pessoas. Nesse momento é impossível saber, pois muitas aldeias estão abandonas e em muitas estamos proibidos de entrar.
Algumas mortes que ocorreram estão sendo associadas a não adesão à proposta religiosa do estado islâmico. Logo que possível, deveremos esclarecer o ataque à comunidade de Xitaxi. Nesta comunidade, a 8 de abril, houve um massacre de 52 jovens. Afirma-se que estes jovens se recusaram aceitar as propostas dos terroristas, de entrarem em suas fileiras. Também aconteceu a violação e profanação de diversos templos católicos. No entanto, é preciso prudência para afirmar que os ataques têm como objetivo a implantação do estado islâmico nesta região.
Um outro aspecto muito claro para nós: a Província de Cabo Delgado é uma das mais ricas do país. Esta região é rica em gás natural. É a Província onde está a ser feito o maior investimento total em Moçambique, para a construção da “Cidade do Gás”, na Península de Afungi. Os recursos petrolíferos de Cabo Delgado são explorados por multinacionais, enquanto a população vive na pobreza, sem acesso à educação, aos cuidados da saúde e ao trabalho. Dessa forma, podemos dizer que essa desigualdade econômica pode fomentar os pregadores do fundamentalismo islâmico, que viram aqui um terreno fértil para sua expansão ou até mesmo grupos locais que desejam garantir uma fatia. Fala-se de um controle da região em vista da riqueza de seu solo e oceano. Consequentemente, atacar as aldeias seria uma forma de despovoar a região para se ter um melhor “controle” dessas riquezas. Pode haver também, o interesse religioso, cuja missão seria a de implantar o estado islâmico. Mas essas são apenas hipóteses.
A Igreja Católica sempre defendeu os Direitos Humanos. A Doutrina Social da Igreja retoma e contribui para a formulação destes direitos pautados na Palavra de Deus. Logo, nossa missão é também defender os Direitos Humanos. Não se trata aqui de tomar cada artigo detalhadamente. Citamos apenas o primeiro: “todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. Vejam que esse artigo consiste justamente naquilo que nos tem sido tirado. Por isso, essa Diocese, com seus missionários e animadores, tem sofrido e chorado ao ver tantas mortes, injustiças com os pobres, sobretudo porque essa guerra já causou mais de mil mortes e mais de 200 mil pessoas foram deslocadas. Somam-se a esse quadro o número de pessoas torturadas, submetidas a castigos cruéis, detidas e presas. Preocupa-nos também o número de pessoas raptadas, violando assim a Declaração dos Direitos Humanos supracitada.
Família de deslocados após ataques que queimou suas casas na Aldeia Criação. (Foto enviada por pe. Edegard)
Temos vivido muitas consequências, entre elas:
a) aldeias abandonadas;
b) a fome que tem aumentado, pois a terra não está sendo cultivada;
c) a perda dos poucos recursos (casas, roupas, alimentos, etc.);
d) desestruturação das famílias, com pessoas espalhadas por todos os lados;
e) a vida comunitária está desestruturada: ninguém sabe onde estão os catequistas, os animadores, os ministros de muitas comunidades;
f) o ano escolar foi comprometido;
g) O medo que assusta as pessoas e a desconfiança com a chegada de qualquer pessoa desconhecida na aldeia.
Pensando na segurança e em garantir a presença das missionárias e missionários, Dom Luiz Fernando trouxe para sede da Diocese os agentes de Pastoral. Em junho, os missionários da região norte publicaram uma mensagem às comunidades: “Como muito de vós, a maioria dos missionários tivemos que abandonar os nossos lugares de missão. Temos esperança de em breve estarmos juntos de novo. Esta simples carta é para dizer a todos, que nós Missionários e Missionárias:
Rezamos diariamente por todas as pessoas e comunidades! Sentimos muitas saudades de estar convosco! Desejamos que logo tudo isso passe para voltarmos a servir a todos, como sempre fizemos!
Nossa oração neste tempo tem sempre duas intenções: Pelo fim desta doença que se alastrou por todo o mundo e pela PAZ em CABO DELGADO! Rezem também nestas intenções.
Que terminem logo os ataques e todos possam voltar aos seus trabalhos e celebrações”.
Em nossa opinião, é mais do que necessário tornar essa guerra conhecida no cenário internacional para que pessoas e organizações internacionais tenham acesso às informações e às situações do país. Um outro passo é a coragem de denunciar, numa linguagem eclesial, como exercício da profecia.
Do ponto de vista político/militar, alguns falam de uma cooperação entre países aliados que estão agindo nessa região. No entanto, temos pouca informação das ações que são realizadas por parte da Força de Segurança. Em alguns momentos, ouvimos que o exército combateu os terroristas, no entanto, em outra parte da região, somos pegos de surpresa com notícias de novos ataques.
Essa guerra tem gerado um desgaste emocional muito grande, tanto no nosso bispo, quanto nos missionários e moradores situados na região norte e em toda diocese. Nossas atividades cotidianas se voltam para ações mais urgentes: socorrer as pessoas que fogem da guerra, amparar e consolar familiares que perderam seus familiares, prover alimentos, organizar locais de acolhimento. Nesse sentido, é importante reconhecer o trabalho efetivo da Cáritas Diocesana na colaboração com nossas atividades. Além disso, também devemos reconhecer a ação de muitas organizações internacionais: a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), entre outras.
Tal atitude serve para dizer que nosso foco se volta pontualmente para essa situação. No entanto, constantemente temos sido bombardeados com reportagens totalmente desvirtuadas, mentirosas, com notícias tendenciosas atacando, sobretudo, a pessoa de Dom Luiz Fernando. O Bispo de Pemba tem sido vítima de calúnias e de reportagens duras e mentirosas. No início, vários setores da diocese procuravam responder. Depois, tornamos os artigos conhecidos e deixamos livres para as manifestações. Um desses artigos que caluniava Dom Luiz estimulou a iniciativa de diversas organizações, em Maputo, capital do País, para a criação de uma campanha de apoio com assinaturas digitais. Em cinco dias, esta petição contava com milhares de assinaturas.
Sabemos que o Continente africano não desperta o interesse de muitos países, tampouco da grande mídia. Por isso, uma das pautas que devemos assumir em nossas ações pastorais e nos meios de comunicação que dispomos consiste em divulgar tudo o que pudermos sobre África, especificamente a situação de Cabo Delgado, em Moçambique. Toda ação solidária – seja o menor gesto, seja uma ação organizada político-institucionalmente – nesse momento é de suma importância. Desejamos, com urgência, a Paz para Cabo Delgado; esperamos que as pessoas voltem para suas casas, aldeias e comunidades, que nossos missionários possam retornar ao trabalho de evangelização num ambiente seguro, respeitando e valorizando as singularidades de nosso povo africano. Neste momento de fragilização, em que os missionários estão afastados da missão por medida de segurança, alguma palavra ou ação que venha de qualquer organização, eclesial ou social, é um gesto evangélico. Toda ação solidária demonstra a nossa humanidade, todo gesto de partilha mostra o Evangelho sendo vivido na prática, encarnado na experiência do povo.
Nesse clima de guerra e de Covid-19, as atividades pastorais então na dinâmica do “novo normal”. É um tempo de tristeza, de famílias separadas, de comunidades todas destruídas... Neste momento a solidariedade, as palavras de consolo e ânimo são importantes para continuarmos nossa caminhada. Elas chegam por diversas “portas” e vem de vários lugares.
Entre esses gestos de solidariedade, destacamos a do Papa Francisco. Esse reconhecimento do Papa é importante para nós porque indica que não estamos sós nessa árdua missão. Na recitação do Ângelus do Domingo da Páscoa, dia 12 de abril de 2020, Francisco mencionou a guerra de Cabo Delgado. Passado cinco meses, por ocasião de sua visita à Moçambique na cidade de Maputo, mais uma vez repete sua preocupação.
Dom Luís Fernando e Papa Francisco. (Foto enviada por pe. Edegard)
Mais adiante, Dom Luiz escreve pessoalmente ao Papa Francisco relatando o que está acontecendo. No dia 19 de agosto de 2020, às 11h29, Dom Luiz relata: “para minha surpresa e alegria, recebi um telefonema de Sua Santidade, o Papa Francisco, que me confortou muito. Ele disse que está bem próximo do Bispo e de todo povo de Cabo Delgado e acompanha a situação vivida na nossa Província com muita preocupação e que tem rezado por nós”. Dom Luiz continua e descreve sua conversa com o Papa: “por fim, o Papa disse que está conosco e nos encorajou: adelante!”, que significa: avante! coragem!...
Na imprensa, muitas vezes maldosa e caluniosa, houve até quem duvidasse da veracidade do telefonema. Para estes mentecaptos, a resposta veio em apenas quatro dias, quando, na recitação do Ângelus do dia 23 de agosto de 2020, o Papa Francisco disse: “gostaria de reiterar a minha proximidade com o povo de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, que está a sofrer em consequência do terrorismo internacional. Faço-o em memória viva da minha visita àquele querido país há cerca de um ano”.
Portanto, nesse momento de sofrimento, em que a fragilidade humana aflora, qualquer palavra ou gesto tem um grande significado. Gostaríamos de terminar dizendo que esse relato se resume numa palavra tão simples, pequena, mas no momento ainda muito longe de ser uma prática: queremos a PAZ! O Povo de Cabo Delgado quer a PAZ! O povo quer retornar às suas comunidades e viver em PAZ! Os missionários querem voltar às paróquias e viverem em PAZ!
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Moçambique. O povo de Cabo Delgado quer paz - Instituto Humanitas Unisinos - IHU