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“O capital é um vírus, mas na forma de uma entidade espectral”, afirma Slavoj Zizek

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08 Mai 2020

Slavoj Zizek (Ljubljana, Eslovênia, 1949) afirma que é um daqueles que voluntariamente se isola em viagens porque gosta mais da tranquilidade do seu quarto de hotel do que da rotina imposta pela cidade de plantão. O confinamento forçado, no entanto, é algo totalmente diferente. Por esse motivo, o filósofo quis aproveitar o retiro por conta do coronavírus para se dedicar ao que sabe melhor: pensar e escrever. O resultado é um tratado intitulado Pandemia (e editado em espanhol por Anagrama), no qual Salvoj Zizek oferece “uma reflexão urgente” sobre a crise e sua relação com “a política, a economia, o medo e as liberdades”.

A reportagem é de Mónica Zas Marcos, publicada por El Diario, 06-05-2020. A tradução é do Cepat.

Em 80 páginas, o pensador analisa a COVID-19 como a evidente catástrofe que é, mas também como a oportunidade para implantar um novo sistema social que substitua a “Nova Ordem Mundial liberal-capitalista” e que ele define como “comunismo” (entre aspas).

A apostila de “urgência” descreve bem o resultado deste livro - que faz parte de uma nova onda de publicações sobre a situação atual -, pois às vezes enuncia as mesmas constantes durante vários capítulos distintos ou incorre em contradição com o seu próprio pensamento. No entanto, isso não impede que muitas das ideias expressas sejam o resultado de uma análise política e sociológica precisa do flagelo sanitário atual.

“O que é realmente difícil de aceitar é o fato de que a epidemia atual seja o resultado de pura contingência. Somos uma espécie que não possui uma importância especial”.

Na introdução de Pandemia, Zizek afirma que “a nova normalidade terá que ser construída sobre as ruínas de nossas antigas vidas” ou surgirão as barbáries. Não se refere somente a reforçar os sistemas de saúde em todo o mundo, mas de reformular desde o início a maioria de nossas democracias.

Por exemplo, “a globalização, o mercado capitalista e a transitoriedade dos ricos” seriam, agora, conceitos favoráveis à disseminação do vírus, por isso propõe aproveitar o pânico para melhorar a organização mundial. “Israel coopera e ajuda a Palestina na crise, não por bondade, mas porque a pandemia não distingue judeus de palestinos”, escreve. Na sua opinião, para que isso dure e perdure a nível global, devemos limitar a soberania dos estados-nação, mas usar suas ferramentas para proteger os fracos.

Para isso, é necessário um Estado forte e líder, porque “as medidas de longo prazo, como as quarentenas, devem ser executadas com disciplina militar”. Na China, foi um sucesso, segundo Zizek, embora não seja repetida em outros países ocidentais, como os Estados Unidos, porque “gangues de libertários, providas de armas e da suspeita de que a quarentena é uma conspiração estatal, tentarão violá-la de maneira violenta”.

No entanto, além de fortaleza, o filósofo acredita que é necessária a confiança nos cidadãos, algo em que a China falhou miseravelmente. Embora “haja momentos em que não dizer a verdade à opinião pública possa evitar de maneira eficaz uma onda de pânico que possa levar a mais vítimas”, em outros é a faísca que inflama a desconfiança e mais teorias de conspiração.

Por essa razão, Slavoj Zizek defende uma reformulação do “comunismo” em que prevaleça a confiança no próprio Estado e naqueles que o cercam, algo necessário diante de uma crise global que não entende de fronteiras. “Como disse Martin Luther King: “pode ser que todos chegamos em diferentes barcos, mas agora estamos todos no mesmo barco”.

O desafio que a Europa enfrenta é demonstrar que pode fazer o mesmo que a China fez de uma maneira mais transparente e democrática”.

“Comunismo ou barbárie”

"O coronavírus nos obrigará a reinventar o comunismo com base na confiança das pessoas e na ciência”, afirma Slavoj Zizek, em um capítulo intitulado Comunismo ou barbárie, simples assim!. O filósofo reconhece que recebeu muitos deboches ao enunciar a sentença, mas rejeita que seja uma visão utópica, mas “um comunismo imposto pelas necessidades de pura sobrevivência”.

“Não estou falando de nenhuma utopia, não apelo à solidariedade idealizada entre as pessoas. Pelo contrário, a crise atual demonstra que a solidariedade e a cooperação globais têm como finalidade a sobrevivência de todos e cada um de nós, e que obedecem a uma pura motivação racional e egoísta”.

Compara-o, apesar de lamentar o nome, com o “comunismo de guerra” que a URSS implantou na Primeira Guerra Mundial e cujas medidas estão sendo aplicadas, a seu modo, por alguns países da Europa e os Estados Unidos: “Como chamam a não ser limitar a liberdade de empresas privadas e as forçar a produzir o que é imprescindível para combater o coronavírus?”.

Por sua parte, em seu “comunismo” (entre aspas), “o sistema de saúde institucional terá que contar com a ajuda das comunidades locais para cuidar dos fracos e idosos. E, no lado oposto da escala, terá que organizar algum tipo de cooperação internacional eficaz para produzir e compartilhar recursos”. Se os Estados simplesmente se isolarem, começarão as guerras, afirma. “É a isso que me refiro quando falo de ‘comunismo’ e não vejo outra alternativa que não seja a barbárie”.

A pandemia seria nesse caso como A técnica dos cinco pontos de pressão que fazem explodir o coração, que aparece em Kill Bill Vol 2, para o sistema capitalista global. “Um sinal de que não podemos continuar como até agora, de que é necessária uma mudança radical”, conclui.

Nesse mesmo parágrafo, ilustra as que para ele são as duas ameaças atuais, da seguinte forma: “O capital é um vírus, mas na forma de uma entidade espectral, razão pela qual deixará de existir se deixarmos de agir como se acreditássemos nele. Enquanto o coronavírus é uma realidade que só podemos enfrentar com a ciência”.

Embora alerte sobre o “triste fato de que precisamos de uma catástrofe para poder repensar as características básicas da sociedade em que vivemos”, não nega suas possibilidades. “O primeiro modelo dessa coordenação global poderia ser a OMS, que optou por realizar advertências precisas, anunciadas sem pânico”, afirma em Pandemia.

“Se os Estados simplesmente se isolarem, começarão as guerras. É a isso que me refiro quando falo de ‘comunismo’ e não vejo outra alternativa que não seja uma barbárie.

Para o filósofo, a OMS deveria ter mais poder executivo diante de outras catástrofes que se somam no horizonte: secas, ondas de calor e tormentas mortais e nas quais “a resposta não é o pânico, mas um trabalho duro e urgente para estabelecer uma coordenação global eficaz”. Também afirma que a “nova normalidade” não é um termo tão inadequado, porque “não será a mesma que tínhamos antes da epidemia. Teremos que aprender a viver uma vida muito mais frágil, com constantes ameaças”.

Por outro lado, aproveita o momento para destacar algum efeito secundário positivo e involuntário da crise – “sendo consciente do perigo ao qual me exponho ao tornar públicos esses pensamentos” -, como as máscaras que ofereçam “um bem-vindo anonimato e a libertação da pressão social”, ou que os tempos mortos que enfrentamos no confinamento sejam “fundamentais para a revitalização de nossa experiência vital”.

Em sua peculiar bateria de referências à cultura pop, como Will e Grace, Kill Bill e Los crímenes del Valhalla, o filósofo esloveno reconhece o coronavírus como uma versão reversa da Guerra dos Mundos de H.G Wells. “Os invasores marcianos que exploram a Terra de maneira implacável somos nós”, compara. Agora, “a natureza nos ataca com um vírus, e faz isso para nos devolver nossa própria mensagem: o que você faz comigo, faço com você”.

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