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05 Mai 2020

Há um grande ausente no esforço global para conter a pandemia e combater as consequências econômicas devastadoras. Aliás, existem mais de 70 milhões de ausentes. São os condenados da Terra, as massas de refugiados e pessoas deslocadas que precisam ser salvas como nós e mais que nós, mas que estão atualmente fora do radar dos governos do mundo. Atenção, alerta Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para os Refugiados, "se não forem tomadas medidas de contenção e de apoio econômico, mesmo em países distantes, o vírus retornará". Na primeira entrevista desde o início da crise, o único italiano à frente de uma organização internacional também lança um apelo dramático aos governos europeus para que, na medida do possível, não seja destruído o sistema de acolhimento: "É possível garantir a saúde pública e proteger os refugiados".

A entrevista com Filippo Grandi é de Paolo Valentino, publicada por Corriere della Sera, 03-05-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Qual o impacto da pandemia sobre os refugiados?

A crise é global, não é dos refugiados. Mas mais de 70 milhões de pessoas, incluindo refugiados ou deslocados, pertencem às categorias mais vulneráveis à Covid-19 e suas consequências. Quase 90% deles residem em países pobres e com estruturas sanitárias frágeis, mas são situações nas quais, até agora, felizmente, não vimos grandes surtos da epidemia, que por enquanto se manifestaram primeiro na China, depois na Europa e agora na América do Norte, mas com menor intensidade na África, Oriente Médio, Sudeste Asiático. Mas a OMS infelizmente nos lembra que é apenas uma questão de tempo, não se isso acontecerá lá também. O impacto econômico já é outra coisa, que já é devastador: a maioria dos refugiados e migrantes é formada por pessoas que vivem de empregos eventuais e salários precários, ou seja, aquelas oportunidades de renda que desaparecem primeiro em situações de lockdown.

Quais são os casos mais dramáticos?

Entre outros, o dos afegãos em seu país e na região circundante; a dos sírios no Oriente Médio e, especialmente, no Líbano, e a dos 5 milhões de venezuelanos em vários países da América Latina.

Como se move o Alto Comissariado?

Desde o início, trabalhando em equipe com o sistema das Nações Unidas, o lema foi de ficar, não sair, mesmo em países em quarentena, que agora são a maioria, mesmo nas situações mais arriscadas e perigosas. Como, por exemplo, nos campos de refugiados dos Rohingya em Bangladesh, na África ou nas ilhas gregas. Pedimos aos governos que tratassem nossos agentes humanitários assim como tratam os profissionais de saúde. Foi um problema equipá-los, estou falando de máscaras, roupas de proteção, desinfetantes.

Quais são as situações que mais lhes preocupam?

O desafio é imenso na Síria, Iêmen, Líbia. Porque ali está se montando a tempestade perfeita: guerra, problemas econômicos e sociais e agora a pandemia. Precisamente isso torna fundamental, não apenas no plano moral, que seja aceito o apelo do Secretário-Geral da ONU por um cessar-fogo global: se o coronavírus chegasse agressivamente aos países em guerra, não poderíamos fazer nada para detê-lo. E então voltaria. A verdade é que somos tão fortes quanto o elo mais fraco da corrente. Também estamos muito preocupados com as situações de superlotação: em uma das minhas últimas visitas antes da crise, eu estava no Sahel, em países como Burkina Faso e Níger. Eu vi uma das situações humanitárias mais catastróficas: mulheres estupradas, crianças dizimadas por desnutrição, centenas de milhares de pessoas expulsas de suas aldeias que se amontoam nos centros. Se a Covid explodisse ali, seria o Apocalipse.

E na Grécia?

Os centros nas ilhas estão transbordando de refugiados e migrantes há anos. Nenhuma regra de higiene ou distanciamento poderia ser respeitada, a água é escassa. Trabalhamos de forma construtiva com o governo grego, oferecemos alguns espaços que podem ser usados para as quarentenas. A Grécia, seguindo nossos apelos, começou a transferir pessoas para outras ilhas ou para o continente. Agora, graças à disponibilidade de alguns países europeus, foram retomadas as partidas dos primeiros grupos de crianças e menores desacompanhados, que são 5.000 no total, para Alemanha, Luxemburgo, Portugal, Eslovênia.

O que vocês pedem e esperam dos governos europeus?

Primeiro, lembrar-se que a pandemia é um problema coletivo, não apenas em termos morais ou humanitários: se não forem tomadas medidas de contenção, mesmo em países muito distantes, ela poderá voltar a se disseminar. A ONU emitiu um apelo pedindo US $ 2 bilhões para suas agências humanitárias. Nestes dias, solicitaremos a revisão deste valor para cima. As operações de apoio aos governos mais frágeis devem ser financiadas. Segundo, a intervenção deve ser não apenas saúde, mas também econômica, especialmente para as camadas mais pobres: a crise econômica já está atingindo esses países, isso pode provocar novos movimentos de populações que pressionariam as fronteiras da Europa. Há uma terceira coisa, que eu entendo seja espinhosa em termos políticos e de comunicação, mas é inevitável: atualmente existem barcos cheios de migrantes no Mediterrâneo e mais não somente, mesmo no Golfo de Bengala, três barcos foram recuperados com quase mil pessoas a bordo, existem movimentos migratórios na América Central. É claro que neste momento os governos estão fechando as fronteiras, portos e aeroportos, mas há pessoas que fogem porque suas vidas estão em perigo. Volto ao exemplo da Líbia: nossa posição não mudou, a Líbia não é um país seguro, não é possível mandar as pessoas de volta para lá. Significa condená-las. Então, digamos que, na medida do possível, não destruam o sistema de acolhimento, as restrições devem ser temporárias. Não estamos diante de um dilema: é possível garantir a saúde pública e proteger os refugiados. Podem ser adotados quarentena e controles sanitários, mas o resgate no mar continua sendo um imperativo humanitário e uma obrigação do direito internacional. Gostaria de acrescentar que, se tivéssemos um mecanismo de realocação das chegadas hoje, seria bastante útil.

O que acontece com os refugiados na Itália do isolamento?

Em toda a Europa há muitos casos de indivíduos ou grupos de refugiados e requerentes de asilo que contribuem para a resposta coletiva. Na Itália, por exemplo, na Calábria existem refugiados que fabricam máscaras e as doam para as estruturas, outros que trabalham como intérpretes, muitos refugiados com qualificações médicas ou paramédicas foram ativados. Lançamos uma iniciativa com o Conselho da Europa para acelerar o reconhecimento das qualificações profissionais, especialmente na área médica: fornecemos a eles uma espécie de passaporte profissional válido por 5 anos, com o qual as autoridades de um país podem verificar escrupulosamente sua preparação em setores profissional específicos e, se demonstrarem competências, por exemplo, no âmbito médico, podem empregá-los mais rapidamente no sistema de saúde.

 

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