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Quando os homens decidem sobre a crise climática sem contar com as mulheres

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18 Fevereiro 2020

As mulheres sofrem de forma mais acentuada o impacto da mudança climática. Isso foi reconhecido em várias ocasiões, e em seus diferentes setores, pela Organização das Nações Unidas. Seus efeitos na sociedade estão profundamente ligados às condições sociais, como os papéis de gênero.

A reportagem é de Núria Rius, publicada por Público, 16-02-2020. A tradução é do Cepat.

Durante anos, as comunidades em defesa da terra e os movimentos ambientalistas e feministas carregam essa questão em seus slogans. É impossível suprimi-la”, explica a pesquisadora e ativista do Ecologistas em Ação, Sara López, que apresenta a água como exemplo. Primeiro, devido ao seu uso indispensável na manutenção da vida - alimentação, higiene e saneamento - e, segundo, porque 90% dos fenômenos ambientais extremos, inundações e furacões estão ligados a esse recurso natural, o que torna recurso a fonte através da qual mais se sente a mudança climática.

“Desde tempos imemoriais e em culturas muito diferentes, a água se associa ao doméstico e, portanto, às mulheres”, diz López. De acordo com o relatório Gender and Water (Gênero e Água), a carga da coleta de água cai desproporcionalmente em mulheres e meninas, e mais nas populações rurais. Em 80% dos domicílios nessas regiões mais empobrecidas são elas as principais coletoras. Além disso, estima-se que invistam 140 milhões de horas nesse aprovisionamento, um dado que se agrava em plena contingência climática, uma vez que o deslocamento é maior, também se expondo a mais violências. “É um tempo que não podem usar para ter uma autonomia econômica, poder ir à escola ou simplesmente se organizar politicamente ou ter tempo para si mesma”, detalha a pesquisadora.

López explica que é importante ter em mente que os papéis de gênero determinam as vulnerabilidades e, portanto, “a capacidade de resiliência frente aos desastres naturais, como inundações ou secas extremas”, especialmente nas áreas onde impactam de forma mais violenta: o sul, sudeste e oeste da Ásia, na África Tropical e na América do Sul. Por tudo isso, e entre outras razões, a pobreza se escreve no feminino: 70% das pessoas vulneráveis em todo o planeta são mulheres, segundo as a Organização das Nações Unidas.

Entender o aspecto social dos determinantes ambientais coloca em destaque, pois, como estes tocam as mulheres de forma muito direta em seu cotidiano. Ao mesmo tempo, é importante ter em mente que isso se desenha como uma “intersecção de vulnerabilidades, que não hierarquização”, diz Sara López. A pesquisadora ressalta que, embora o gênero seja um elemento de vulnerabilidade, e se parte daí, também o são a etnia e a classe.

No entanto, a contingência climática não pode ser isolada da ação humana. Isso é conhecido em regiões do mundo onde a falta de alimento e a escassez hídrica também são resultado da chegada de um contínuo de grandes empresas extrativistas, hidrelétricas, assim como mineiras. “Assentam seus projetos, usurpam o território, alteram a ordem natural e também cometem violações”, denuncia Evis Millán, do Movimento de Mulheres Indígenas para o Bem Viver. Para a ativista colombiana da área do Ecofeminismo do Ecologistas em Ação, María Eugenia García, da mesma forma que foi subvalorizado o trabalho social reprodutivo, ocorreu com a natureza “considerá-la simplesmente como um objeto de valor econômico, o que favorece a pilhagem e saques de tudo que é natural”. Portanto, o ecofeminismo defende “colocar a vida no centro”, explica Garcia, ou seja, dar valor a ambas as esferas como sustentadoras da vida.

Tudo isso levou as mulheres a liderar lutas em defesa dos territórios. “Somos terra que anda”, define a ativista do Ecologistas em Ação. Por sua parte, Evis Millán também destaca que “a falta de trabalho levou muitos homens a migrar e são as mulheres que lideram esse papel de guardiãs, também da cultura e de outras visões de mundo, e é por isso que estamos sendo criminalizadas, presas e expostas a diferentes violências”, denuncia Millán. A história se ocupou de deixar registrado isso: da Guerra da Água, em Cochabamba, em 2000, liderada por mulheres indígenas bolivianas, contra a privatização da água, à luta de mulheres como Berta Cáceres, assassinada em 2016, por querer paralisar a construção de uma barragem em Honduras.

Vazio nos organismos institucionais

O pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Organização das Nações Unidas, Gerd Johnsson Latham, disse que “aqueles que têm o privilégio de definir o problema também estão em posição de decidir o que se deveria excluir da agenda”. Cientes disso, organizações como a Gender CC trabalham para que as próprias mulheres se tornem parte dessa definição e da governança de recursos naturais, como a água.

“Em 2008, já havia uma rede de mulheres participando de conferências climáticas para pressionar os governos a fazer com que o gênero perpassasse as políticas”, explica a pesquisadora do Gender CC, Isadora Cardoso. Foi preciso esperar até 2014 para que chegasse o Plano de Trabalho de Lima sobre gênero. Nele foram reunidos os fundamentos, principalmente no que se refere à participação das mulheres em espaços oficiais. Três anos depois, chegou o “Gender Action Plan”, o GAP em sua sigla em inglês. “Foi um avanço e pela primeira vez se fixaram os objetivos concretos”, diz a pesquisadora.

Na última Cúpula do Clima, COP25, o GAP acabou sendo renovado, apesar das tensões e obstáculos políticos em alguns países que não queriam incluir a palavra “direitos humanos” e “transição justa”. A pesquisadora do Gender CC salienta que “temos um plano fortalecido, um pouco mais ambicioso do que no ano passado”, o que lhes faz ter esperança, mas reconhece que “a falta de recursos financeiros e a falta de preocupação de algumas delegações em aumentar as vozes femininas continuam existindo”.

A despreocupação se traduz no último relatório sobre a Composição por sexo da Conferência das Partes de 2019. Em relação a 2018, o equilíbrio de gênero foi revertido. Apenas 2 dos 13 órgãos constituídos no âmbito da Cúpula conseguiram situar-se em cerca de 50%. Além disso, em seis espaços diminuiu e, no total, o número de mulheres em todos os órgãos representa apenas 33% dos membros, o que mostra que é um espaço ainda dominado por “homens, brancos”, enfatiza Cardoso, que reconhece que “as organizações da sociedade civil que têm mais recursos para ir são as do norte global”.

Isso significa que ainda existem grupos historicamente excluídos e sub-representados, como populações indígenas e rurais do sul global que são as que, para as pesquisadoras e ativistas entrevistados, estão conectados a vida inteira com os efeitos da mudança climática. Portanto, sobre a COP, Maria Eugenia fala sobre Greenwashing. Para ela, o discurso político não tem nada a ver com a prática. Tampouco o discurso empresarial, “Endesa, Repsol e Iberdrola se mostram como empresas verdes, subsidiam esses espaços e são as mais extrativistas”.

Sara López também analisa as profissões técnicas que desenvolvem as infraestruturas, “estão altamente masculinizadas”, critica. Além disso, no caso específico da água, a proporção de mulheres nos Ministérios é muito baixa, acrescenta, e a menção da perspectiva quase inexistente de gênero, apesar do fato da Organização das Nações Unidas ter determinado que a gestão desse recurso natural melhora sete vezes quando são incluídas as mulheres. “Não é porque tenham uma varinha mágica”, ironiza Lopez, “mas são elas que sabem onde estão as necessidades e seu olhar é essencial para que sejam atendidas”.

Sara López, olhando para o futuro, diz que o caminho passa não apenas por aumentar a representatividade, mas “em incluir as mulheres em todos os níveis de governança, assim como medidas e estruturas de financiamento e prevenção da violência de gênero”, além de substituir os papéis de gênero e de uma maneira decolonial. Nesse sentido, Evis Millán, do Movimento de Mulheres Indígenas, denuncia que, apesar de se buscar uma força maior, isso não acontecerá até que “todas nós sejamos ouvidas, e não quando apenas um setor prevaleça, mas continuaremos falando deste mesmo sistema colonizador e opressor”. Evis, que junto com Maria Eugenia, participou de um encontro “Contra o Terricídio”, na Argentina, e clama por começar a “acompanhar as demandas de todas para encontrar outras alternativas contra a mudança climática”.

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