04 Dezembro 2019
Compartilhamos a nota de Entreculturas, sobre as experiências compartilhadas por uma equipe da Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM, de passagem pela Espanha depois do término do Sínodo para a Amazônia, em Roma.
A reportagem é de Entreculturas, 18-11-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Depois de três intensas semanas de assembleias em Roma, uma comissão de 19 pessoas originárias da região Pan-Amazônica, parte da Equipe Itinerante da Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM e pertencentes ao Conselho Indigenista Missionário - CIMI, junto a Fernando López, S.J., visitaram as diferentes delegações de nossa Entreculturas, compartilhando os ecos do Sínodo Amazônico e a importância do cuidado com a Casa Comum.
Como Entreculturas, como parte do Enlázate por la Justicia (Cáritas, Cedis, Confer, Justiça e Paz, Manos Unidas e Redes) e junto à REPAM, somamos esforços para levar as experiências e a mensagem de nossos irmãos e irmãs da Amazônia, em encontros e conversas intituladas “A Amazônia que nos chama”.
Além de nos contarem o que foi vivido em Roma, cada encontro e cada conversa foi um convite para seguirmos somando esforços para defender e salvar o território amazônico, conhecer a realidade que vivem os diferentes povos indígenas, ribeirinhos e afrodescendentes que ali convivem e a conhecer muito mais sobre sua cultura e tradições.
“Para nós, o primeiro de tudo sempre é a alegria, o fato de podermos anunciar a Boa Nova e, ao mesmo tempo, denunciar a morte, visto que temos que ter claro o que é que está matando nossa Amazônia, nosso lar”, contava Ednamar de Oliveira, representante indígena da Amazônia, no primeiro encontro aberto ao público em Madrid, organizado pela revista Vida Nueva Digital e Entreculturas.
Raimunda Paixao, Laura Valtorta e Francisco Chagas Chafre em sua visita à Salamanca lembraram-nos de que “precisamos estar em alerta frente à tarefa universal do ‘Cuidado com a Casa Comum’, já que estamos todos envolvidos na defesa da vida, da Amazônia e do Planeta”.
Foto: Entreculturas
Maria del Mar Bosch, Paulo Silva Souza, Ednamar de Oliveira Viana e Arizete Miranda Dinelly realizaram intensas jornadas de trabalho durante a visita às delegações da Andaluzia. Em Córdoba, particularmente, concederam entrevistas a estudantes da graduação em Comunicação, da Universidade Loyola e à Rádio Paradigma. Também se deslocaram ao IES Santa Catarina de Sena, conseguindo sensibilizar os alunos de 4º ano sobre a necessidade de cuidar, proteger e defender nossa Casa Comum, fazendo com que os jovens e as jovens se comprometessem a contribuir como grãozinho de areia, amazonizando-se.
“Todos os recursos da Amazônia são vistos como mercadoria pelas grandes empresas. A Igreja deve estar do nosso lado contra as empresas e governo que nos roubam”, contava Arizete Miranda, membro da REPAM em um encontro no Centro Arrupe de Málaga, junto a voluntários de Entreculturas.
Além disso, nossa companheira Maria Luisa Berzosa, consultora da secretaria-geral do Sínodo para a Amazônia, expressou sobre o Documento Final do Sínodo que “mais que o documento em si, suas propostas, o que de verdade me impactou foi como se viveu a sinodalidade, porque foi uma aprendizagem assombrosa na qual a Amazônia converteu-se em um foco de luz, não somente para a Igreja, mas sim para todo o mundo”, deixando claro que sua missão foi seguir abrindo as portas da participação das mulheres nas decisões mais importantes da Igreja.
Foto: Entreculturas
Para finalizar o giro dos representantes da REPAM pela Espanha, celebrou-se uma emotiva Mesa Redonda em Madrid, onde Fernando López, S.J., cedeu o protagonismo aos líderes e lideranças indígenas convidando-nos antes a conhecer a riqueza de um território como a Amazônia porque “não se pode amar o que não se conhece”. Acrescentando que “não tenhamos medo da diversidade, incluamos o diferente como uma oportunidade contra uma sociedade que quer nos homogeneizar”.
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Representantes da REPAM compartilharam os ecos do Sínodo em mais de 25 cidades da Espanha - Instituto Humanitas Unisinos - IHU