Crise climática faz com que 9,2 milhões de pessoas no sul da África estejam em uma grave situação de insegurança alimentar

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04 Outubro 2019

Regiões do sul da África estão enfrentando as precipitações mais baixas desde 1981 e só tiveram duas estações agrícolas favoráveis, desde 2012. Isto, somado aos ciclones e outros eventos extremos, fez com que 9,2 milhões de pessoas, em nove países, estejam em situação de insegurança alimentar, um número que pode aumentar para 12 milhões, nos próximos meses, segundo informa o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.

A reportagem é de Eduardo Robaina, publicada por La Marea, 03-10-2019. A tradução é do Cepat.

Em Moçambique, por exemplo, espera-se que a seca, dois ciclones e a violência no norte deixarão quase 2 milhões de pessoas em um estado de grave insegurança alimentar, entre outubro deste ano e março de 2020. No caso da Namíbia, ao sudoeste do continente, 290.000 pessoas estão em uma situação muito vulnerável, com as menores precipitações dos últimos 35 anos. Além disso, quase 90.000 cabeças de gado morreram como resultado da seca, agravando ainda mais a crise alimentar do país.

À ausência de chuva se unem as fortes inundações e uma grande recessão econômica no Zimbábue, causando um rápido aumento nos níveis de fome. Em outros lugares, como Suazilândia e Lesoto, ao menos um quarto da população rural enfrentará níveis emergenciais de insegurança alimentar no auge da temporada de carestia. O mesmo acontece na Zâmbia, com 2,3 milhões de pessoas em perigo de fome. Diante dessas previsões, o país, exportador habitual de cereais, proibiu a comercialização de milho para o exterior.

Em 2018, de acordo com um estudo da União Europeia, da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA), os desastres climáticos e naturais levaram 29 milhões pessoas à insegurança alimentar aguda.

A crise climática preocupa cada vez mais os cidadãos africanos

As secas que se prolongam ao longo do tempo, altas temperaturas ou ciclones tropicais como o Idai. A crise climática é uma realidade cada vez mais violenta na África, e sua população sabe disso. De acordo com uma macropesquisa recente, publicada pelo Afrobarômetro, 49% dos cidadãos pensam que “as condições climáticas para a produção agrícola em sua região” são piores ou muito piores que na última década. Por outro lado, 20% consideram o contrário.

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