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'Plantar horta na cidade é fazer micropolítica', diz Aílton Krenak

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18 Dezembro 2018

Líder indígena e ativista ambiental que percorre o Brasil trabalhando pela preservação dos povos da floresta (e das florestas do povo), Aílton Krenak esteve no Rio para, como ele diz, "fazer alianças" com coletivos de plantio urbano. Fundador da União das Nações Indígenas e da Aliança dos Povos da Floresta, o ambientalista nascido no território dos krenaks (botocudos), na região do Médio Rio Doce, em Minas Gerais, vê nesse interesse em comum pela enxada uma chance de unir o campo e a cidade. Convidado para o evento PlanteRio, na Fundição Progresso, na Lapa, Krenak deixa claro, nesta entrevista à seção "Conte algo que não sei", que, para ele, plantar uma horta na cidade é um ato de micropolítica.

A entrevista é de William Helal Filho, publicada por O Globo, 06-12-2018.

Eis a entrevista.

Conte algo que não sei.

Em diferentes lugares, tem gente lutando para este planeta ter uma chance, por meio da agroecologia, da permacultura. Essa micropolítica está se disseminando e vai ocupar o lugar da desilusão com a macropolítica. Os agentes da micropolítica são pessoas plantando horta no quintal de casa, abrindo calçadas para deixar brotar seja lá o que for. Elas acreditam que é possível remover o túmulo de concreto das metrópoles.

Qual a importância de difundir para o país essas práticas de plantio urbano?

Penso muito na música “Refazenda”, do Gilberto Gil, naqueles versos que dizem “Abacateiro acataremos teu ato/Nós também somos do mato como o pato e o leão”. O tempo passou, as pessoas se concentraram em metrópoles, e o planeta virou um paliteiro. Mas, agora, de dentro do concreto, surge essa utopia de transformar o cemitério urbano em vida. A agrofloresta e a permacultura mostram aos povos da floresta que existem pessoas nas cidades viabilizando novas alianças, sem aquela ideia de campo de um lado e cidade do outro, mas de humanidade.

Qual o papel do índio nesse processo?

Minha inserção se dá pela minha experiência de muito cedo ter sido enxotado junto com a minha família do Médio Rio Doce, após o estrangulamento causado pela agroindústria, a siderurgia... Dos botocudos, que já tinham sido dizimados com a chegada de Dom João VI ao Brasil, no século XIX, sobrou só uma reserva de 4 mil hectares e 120 famílias na margem esquerda do mesmo Rio Doce que, há dois anos, foi plasmado pela lama da mineração, como se fosse uma pá de cal sobre a última esperança de viver da terra.

Qual o efeito do rompimento da barragem da Samarco para os botocudos?

Foi um colapso. Muitas pessoas ficaram em choque tão contínuo que não conseguiram retomar seu cotidiano. E, antes que pudessem se recuperar, as corporações derramaram sobre as famílias um pacote tão abrangente de assistência que elas se tornaram reféns disso. Fico até desconfiado sobre se a estratégia não é para que os índios não consigam voltar a reconstituir suas atividades.

Mas a assistência não é necessária, uma vez que a tragédia tirou a fonte de sustento?

Essas ações emergenciais entorpecem as pessoas que deveriam ser agentes da transformação. Dependendo de quanto tempo durar, as pessoas podem ter dificuldade de retomar suas vidas e se convencer de que não precisam mais daquele lugar. Estudos mostram que não se poderá contar com o Rio Doce como fonte de recursos por 30 anos.

E o futuro dos povos locais?

Só vejo futuro numa perspectiva ampla, da nossa região no contexto global. Fomos engolfados pela economia, precisamos de alianças. É como vejo sentido na minha presença aqui. Se o povo da floresta está vendo na cidade uma chance de compartilhamento, talvez estejamos todos descobrindo que também somos do mato, como o pato e o leão.

Ainda há preconceito da metrópole com os povos da floresta?

Agentes públicos dizem que o índio impede o progresso porque não deixa desmatar. E exploram a falta de informação das pessoas. Mas a população precisa entender que a presença do índio protege a floresta melhor do que um exército de guardas florestais.

Uma escolha civil. O que tem a ver o tráfico de seres humanos com a camiseta que eu visto ou minha conta bancária?

O que tem a ver o tráfico de seres humanos com a camiseta que eu visto ou minha conta bancária? Parece pouco ou nada, mas, na realidade, existem conexões, e muitas vezes não temos consciência disso. "Tudo está conectado" é a mensagem básica da Laudato si’, a encíclica em que o Papa Francisco não se cansa de salientar como não é possível olhar para os vários problemas que afligem a humanidade e o planeta de maneira isolada, mas devem ser olhados em conjunto e com suas conexões. O tráfico de seres humanos está crescendo e afeta grande parte do mundo: segundo dados da ONU pelo menos 150 são os países de origem e 124 aqueles de destino. É um fenômeno difícil de medir e ainda mais difícil de combater, justamente por ser subterrâneo. É definido pela ONU como "o recrutamento, transporte, transferência, acolhimento e hospitalidade de pessoas, sob a ameaça de recurso ou recurso à força ou outras formas de coerção, ou por sequestro, fraude, engano, abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade, ou por pagamento ou recebimento de dinheiro ou outras vantagens para obter o consentimento de uma pessoa exercendo sobre ela a própria autoridade, a fim de exploração".

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