Críticos do acordo entre a China e o Vaticano formam apenas uma minoria barulhenta, diz bispo Sánchez Sorondo

Igreja de São José, em Pequim | Foto: Morio - Wikimedia Commons

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24 Setembro 2018

Os críticos do tão esperado acordo entre a China e o Vaticano sobre a nomeação de bispo são apenas uma "minoria barulhenta", disse um bispo do Vaticano na sexta-feira.

A reportagem é de Li Ruohan, de Xian, China, publicada por Global Times, 22-09-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

“Eles estão muito firmes em sua posição. Eles são barulhentos, mas não há muitos deles. Eles são uma minoria barulhenta”, disse o bispo Marcelo Sánchez Sorondo, também chanceler da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano.

Ele fez essas declarações quando lhe foi pedido que comentasse sobre um referido acordo entre a China e o Vaticano sobre a nomeação de bispos, que os críticos dizem que é um acordo em que a Santa Sé "se vende".

"Em nossa interpretação, os críticos são um grupo minoritário de pessoas, pessoas que quiseram criar problemas", disse o bispo ao Global Times em entrevista exclusiva na sexta-feira.

Sorondo explicou que a importância de ter esse acordo, ou de ter a China mais bem envolvida no mundo católico, é que “o país tem uma população grande com pessoas de boa qualidade, observa o bem comum e tem provado a sua capacidade para grandes missões, como lutar contra a pobreza e a poluição".

Sorondo disse que concorda que o acordo é o primeiro passo para levar a China e o Vaticano a um padrão formal e regular de comunicação, o que é louvável.

Fontes com informação privilegiada sobre o acordo disseram anteriormente ao Global Times que o Vaticano pode enviar uma delegação para a China no final de setembro e, se as negociações correrem bem, o acordo pode ser assinado ainda neste mês.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse em um comunicado diário na sexta-feira que não tem informações sobre nenhuma visita de uma delegação do Vaticano, acrescentando que a China e o Vaticano mantiveram contato eficiente.

A China é uma autoridade influente que respeita a dignidade humana e o planeta. O Papa Francisco também atribui grande importância ao respeito à dignidade humana e aos esforços globais para combater as mudanças climáticas, observou Sorondo.

O Papa adora a China e o Papa Francisco tem um interesse especial na China, em relação à sua formação jesuíta e as conexões históricas entre os dois lados, disse ele.

O Papa Francisco é o primeiro Papa da Companhia de Jesus. Um famoso jesuíta é Matteo Ricci, que é reconhecido por ser flexível em sua abordagem à evangelização e hábil em se comunicar com autoridades chinesas do alto escalão ao longo da história, disseram estudiosos anteriormente ao Global Times.

Sorondo estava em Xian, a capital da província de Shaanxi, no noroeste da China, para um encontro internacional sobre transplante de órgãos.

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