16 Setembro 2017
Uma vez mais a religião, que deveria figurar como estímulo à paz, ao diálogo e à concórdia, alimenta a violência, a discriminação e a migração forçada. Deus é o Senhor da vida, não da morte!, escreve Pe. Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais.
Contam-se às dezenas de milhares os refugiados/prófugos da etnia Rohingya que fogem de Myanmar (antiga Birmânia), deslocando-se compulsoriamente para o Blangladesh.
Neste último país, milhares de refugiados/prófugos dessa etnia estão se instalando em campos improvisados, em condições precárias e inapropriadas.
De acordo com os relatos que circulam pelas redes sociais, a causa imediata está ligada à perseguição religiosa sobre a minoria muçulmana, pressionada pela maioria budista.
Uma vez mais a religião, que deveria figurar como estímulo à paz, ao diálogo e à concórdia, alimenta a violência, a discriminação e a migração forçada. Deus é o Senhor da vida, não da morte!
Recentes incursões do Exército de Myanmar em Rakhine, o estado a noroeste do país e que alberga mais de um milhão de muçulmanos da etnia rohingya, já deixou centenas de mortos.
A Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, autoridade importante de Myanmar, nega as atrocidades. Com isso, entra em colisão com ONU e outras organizações, como a Oxfam, que não sonseguem acesso aos territórios do conflito.
Muitos dos rohingya que conseguem chegar a Bangladesh, porém, mostram feridas à bala, narrando cenas de perseguição e massacres por parte do exército.
Roma, 14 de setembro de 2017
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A tragédia de Myanmar - Instituto Humanitas Unisinos - IHU