Sínodo Pan-amazônico: D. Erwin Kräutler "o Papa espera propostas corajosas"

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31 Janeiro 2018

Continua a causar debates a histórica reunião do Papa Francisco com os povos indígenas no Coliseum de Puerto Maldonado, no Chile, precedido e seguido por eventos que através da rede REPAM viram a reunião entre religiosos, bispos e delegados dos povos indígenas de vários países da Amazônia. Entre estes estava também monsenhor Erwin Kräutler, bispo emérito do Xingu, Presidente da REPAM-Brasil, figura eclesial de liderança na defesa dos povos amazônicos no Brasil.

A informação é publicada por Servizio di Informazione Religiosa – SIR, 29-01-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

O bispo Kräutler passou décadas lutando pelos direitos dos povos indígenas da região do rio Xingu, na Amazônia brasileira, agora ameaçada pela gigantesca barragem de Belo Monte. Por esse seu empenho foi várias vezes ameaçado de morte, sofreu um atentado que custou a vida de um seu colaborador, padre Salvatore Deiana de Ardauli (Sardenha), e há mais de nove anos deve recorrer a guarda-costas para sua própria segurança. Kräutler não esconde o seu entusiasmo pela reunião em Puerto Maldonado: "O Papa realmente falou o que está em nossos corações. Os povos indígenas têm uma mensagem para dar ao mundo todo: a capacidade dos seres humanos de viver em harmonia com Deus, com os outros, mas também com o meio ambiente. O Papa citou uma passagem do Gênesis em que Deus pede a Caim, “Onde está seu irmão?”. E ele responde: “Não sei. Sou eu o guardador do meu irmão?”. Eu ainda acrescentaria o trecho seguinte em que Deus diz, “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim da terra”. E isso é exatamente o que aconteceu, ao longo dos séculos, com as populações indígenas. O sangue dos povos indígenas clama a Deus, mas Deus dá a resposta através do Papa Francisco. Uma resposta de amor, de ternura, com a nova sustentação para a sobrevivência, não só cultural, mas física, dessas pessoas". Em referência ao Sínodo pan-amazônico de 2019, o bispo continuou: "O Papa me disse que espera dos bispos respostas corajosas. Eu penso que o Sínodo para a Amazônia será um momento oportuno para apresentar essas propostas corajosas".

Cristiano Morsolin, especialista em direitos humanos na América Latina, comentou: "Justamente D. Kräutler, D. Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (Brasil) e presidente do Conselho Missionário Indigenista (CIMI), e o cardeal Claudio Hummes, presidente da rede eclesial REPAM e arcebispo emérito de São Paulo, representam três vozes das mais respeitadas no episcopado brasileiro e latino-americano, destinadas a assumir um papel importante na preparação do Sínodo pan-amazônico".

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