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Um Plano Marshall para a terra. Entrevista com Carlo Petrini

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25 Abril 2017

Olhemos para a saúde do planeta, mas também para a daqueles que o habitam, parece dizer Carlo Petrini, em uma singular sintonia com o Papa Francisco. Apenas se olharmos para o problema a partir dessa perspectiva é que se poderá ter um olhar mais amplo que permita conectar questões que, na agenda política, estão rigorosamente separadas: as mudanças climáticas, a produção de alimentos e as migrações, por exemplo.

A reportagem é de Angelo Mastandrea, publicada por Il Manifesto, 23-04-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O idealizador do Slow Food está convencido de que não se pode enfrentar a febre que corre o risco de levar a Terra ao fim da linha pensando apenas em aliviar os sintomas. Na opinião dele, é necessário enfrentar o mal-estar na raiz, combatendo “o insano sistema econômico” que o produz e propondo uma “mudança de paradigma” radical. Socialista e humanitária, se poderia dizer.

Eis a entrevista.

A sua receita teórica para salvar o planeta é composta por dois ingredientes fundamentais: a descolonização do pensamento e a criação de um novo modelo socioeconômico. Essa prática se resolve na proposta de um Plano Marshall para os países mais pobres.

Há dois dias, o nosso primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, disse que é preciso aumentar as ajudas aos países de origem dos migrantes para criar empregos na casa deles. Certo, mas a verdade é que a União Europeia não faz nada. Se realmente quisesse intervir, deveria inventar uma espécie de Plano Marshall, mas ainda mais forte.

Isso significaria abandonar a austeridade, justamente aquilo que a União Europeia não quer.

Seria muito dinheiro, é claro. Em todo o caso, se nada for feito, nós vamos pagar esses custos de qualquer maneira, porque não haverá muros que se sustentarão diante da onda migratória. Essa é a batalha política mais importante na Europa de hoje, a única maneira de enfrentar o avanço dos Salvini e das Le Pen.

Nesse domingo, celebra-se o Dia Mundial da Terra, mas ninguém teve a ideia de ligá-la às migrações, como você faz.

Se não vemos a conexão entre a destruição dos ecossistemas e as migrações, não entendemos nada do que está acontecendo. A maioria das pessoas não fogem por causa das guerras, mas porque as suas perspectivas de vida são nulas. Os jovens africanos veem negado o seu direito à terra, que, antigamente, era costumeiro, porque os novos colonizadores chegam a adquiri-la legalmente, apossando-se dela a preços ridículos, graças aos governos canalhas, filhos da descolonização.

O que você entende por novos colonizadores?

Eu penso nos chineses e nos indianos, que compram milhões de hectares de terra na África para produzir alimentos que não vão para os africanos, ou nos fundos soberanos que fazem o mesmo para produzir biocombustíveis. Isso provoca a perda da biodiversidade e da fertilidade das terras, e as migrações em massa.

Depois, há os velhos colonizadores. Muitos investimentos europeus na África estão ligados à sustentabilidade ambiental.

Esse também é um campo minado. Dou-lhe um exemplo: em Uganda, o governo local disponibilizou à Noruega uma grande superfície de terras para o reflorestamento. Por si só, seria uma coisa boa, exceto que 10 mil pastores ficaram sem trabalho. É preciso aprender a decodificar as novas formas de colonialismo que se escondem por trás desses projetos, que podem ser sustentáveis do ponto de vista ambiental, mas não do social. Especialmente na África, é necessário um processo de descolonização do pensamento, até porque a história começa a nos apresentar a conta. Depois do escravismo, do colonialismo grosseiro e do mascarado dos acordos com os governos pós-coloniais, agora as pessoas começam a se rebelar. Áreas inteiras estão se desertificando por causa das mudanças climáticas, massas de deserdados não podem mais viver nessas terras. Essa situação não se sustenta.

Mas a exploração dos recursos não para.

O comportamento da humanidade nos últimos 50 anos, sem dúvida, foi irresponsável. Basta pensar no que foi feito com os desmatamentos e as extrações de minérios e de petróleo, nas quais os mais penalizados foram as comunidades locais. Se adotarmos esse ponto de vista, ter uma atenção pelos mais fracos nos leva a pensar em uma visão de ecologia integral semelhante à que foi proposta pelo Papa Francisco na encíclica Laudato si’: é necessário pensar não só na terra, mas também naqueles que a habitam. Existem formas de egoísmo e de insensibilidade que a comunidade internacional tolera há muito tempo, como se os recursos fossem infinitos. O sofrimento dos ecossistemas se soma ao das comunidades.

A sua crítica é radical ao neoliberalismo.

É preciso voltar à fonte desses comportamentos irresponsáveis. Eu acredito que a principal razão é uma lógica econômica perversa, que coloca na frente de tudo o lucro e não olha na cara de ninguém. Trata-se de um hiperliberalismo desenfreado que está destruindo o planeta em benefício de poucos. Por isso, é necessária uma mudança de paradigma. Se não pensarmos na construção de uma economia de comunidade, que olhe para as necessidades em nível local, não sairemos disso.

Depois, há a questão dos alimentos, que você foi um dos primeiros a levantar, com o Slow Food e a Terra Madre.

A questão alimentar é um dos pontos-chave, mas a comunidade internacional nunca a destacou. Fala-se das mudanças climáticas e da perda de fertilidade dos solos e não se põe em discussão a prática mais invasiva, que é a produção de alimentos. Fala-se das toneladas de plástico no mar, mas se cala sobre a pesca de arrasto para a produção de rações animais, que depreda a biodiversidade. Ou os governos começam a refletir sobre essas coisas, ou iremos rumo ao desastre. Infelizmente, as coisas não estão indo nessa direção: Trump não demonstra aquela sensação que uma das potências mundiais que têm mais responsabilidades no desastre ecológico deveria ter. Estamos em uma encruzilhada decisiva.

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