Por: Jonas | 25 Julho 2016
O diretor do Secretariado da Comissão Episcopal de Migrações, o jesuíta José Luis Pinilla, recordou que os bispos espanhóis demonstraram, desde o primeiro momento, uma “imensa dor” pela forma como a União Europeia aborda a crise de refugiados, através de ações como, por exemplo, o acordo com a Turquia.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 21-07-2016. A tradução é do Cepat.
Pinilla disse a Servimedia que os bispos afirmam que “por trás destes fluxos migratórios, em contínuo aumento, sempre está a desumanidade de um sistema econômico injusto, no qual prevalece o lucro sobre a dignidade da pessoa e o bem comum, ou a violência e a ruína que gera a guerra, a perseguição e a fome”.
Também ressaltou que, através da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), foi denunciado, em seu momento, a “irrisória” quantidade do número de refugiados, e que já em 2013 a CEE se ofereceu formalmente ao Governo para acolher migrantes nessa situação.
Por isso, a Igreja espanhola acredita ser necessário “manter um discurso comum” na União Europeia para sensibilizar a defesa dos direitos de refugiados e imigrantes e “avançar no cultivo de uma cultura de acolhida e integração destes irmãos”, assim como promovem tanto os bispos como as organizações católicas Cáritas, Confer, o Setor Social da Companhia de Jesus e Justiça e Paz.
Além disso, os bispos reiteram que fazem suas as palavras do Papa, convidando a “ajudar pessoas que fogem da guerra e da violência, como as centenas de refugiados já deslocados para a Itália, entre os quais crianças enfermas, pessoas deficientes, viúvas de guerra com filhos e anciãos”.
Segundo recorda Accem, uma organização que trabalha pelo asilo e os refugiados, há exatamente um ano, a União Europeia concordou em permitir o reassentamento de 22.504 pessoas refugiadas que se encontravam em campos fora das fronteiras europeias. Na data do dia 30 de junho, segundo dados do Ministério do Interior, na Espanha, haviam sido acolhidas 187 pessoas transferidas da Grécia e Itália, e 118 pessoas tinham sido reassentadas, procedentes da Turquia e Líbano. No total, 305 pessoas.
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“Por trás da crise dos refugiados está a desumanidade de um sistema econômico injusto” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU