A Região Metropolitana de Porto Alegre, no terceiro trimestre, apresentou 137.681 pessoas em situação de subocupação, ou seja, pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana e gostariam de trabalhar mais.
Os dados do mundo do trabalho e da vida dos trabalhadores na Região Metropolitana de Porto Alegre levantados pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio - PNAD no terceiro semestre de 2020 revelam que o desemprego e o desalento seguem crescendo, especialmente entre os jovens de 14 a 30 anos. Esta mesma pesquisa anuncia que, pela primeira vez no ano, homens e mulheres tiveram o mesmo número de desemprego.
A desigualdade de renda pelo trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre segue aumentando, já que a população em situação de pobreza teve a queda de renda em 1% e os ricos o aumento de 2% em seus rendimentos.
A análise é do ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU.
O estado do Rio Grande do Sul apresentou uma taxa de desemprego de 10,3% no terceiro trimestre de 2020, um aumento de quase 1% em comparação ao segundo trimestre do ano, que apresentou uma taxa de 9,4%. Entre os dados dos estados que compõem a Região Sul do país, Santa Catarina apresentou a melhor taxa de desemprego, de apenas 6,6% no terceiro trimestre e Paraná 10,2%.
O estado do Rio Grande do Sul apresentou uma taxa de desemprego de 10,3% no terceiro trimestre de 2020.
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Já na Região Metropolitana de Porto Alegre a taxa de desemprego chegou a 13%, um aumento de 0,8% em relação ao segundo trimestre de 2020. Até o segundo trimestre do ano, o maior número de trabalhadores desempregados na região eram mulheres. Nesse terceiro trimestre se igualou o número de desempregos entre os sexos.
A Região Metropolitana de Porto Alegre a taxa de desemprego chegou a 13% no terceiro trimestre de 2020.
Tweet.Entre as faixas etárias, a situação mais preocupante são os jovens entre 14 e 30 anos, que representam 44% dos desempregados na Região Metropolitana de Porto Alegre; as faixas etárias de 31 a 40 anos representam 21%; 41 a 50 anos, 22%; 51 a 60 anos, 11%; e 61 a 70 anos, 1,5%.
A Região Metropolitana de Porto Alegre, no terceiro trimestre, apresentou 137.681 pessoas em situação de subocupação, ou seja, pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana e gostariam de trabalhar mais, indicando um aumento em comparação ao trimestre anterior e passando o patamar do primeiro trimestre do ano. A metropóle de Porto Alegre ainda possui 52.333 desalentados, enquanto esse número no primeiro trimestre de 2020 era de 28.405.
Número de desalentados sobe 84,2% com a pandemia na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Tweet.No terceiro trimestre houve uma mudança em relação as faixas etárias dos desalentados. No período anterior o maior número de desalentados estava na faixa etária dos 14 a 30 anos, porém os últimos dados mostraram uma queda nas faixas etárias dos jovens e um aumento significativo entre a população acima de 30 anos.
O rendimento médio mensal de todos os trabalhos da Região Metropolitana de Porto Alegre teve um aumento de 8% em relação ao trimestre anterior, chegando a R$ 3.121. Entre a população dos 10% e 20% mais pobres, houve uma queda de 1% na renda, no entanto a população dos 10% mais ricos teve um aumento de 3% na renda e a 1% mais rica teve um aumento de 2% no rendimento médio mensal. O índice de Gini apontou um aumento, chegando a 0,5199, o maior índice dos últimos anos, superando o primeiro semestre de 2020.
Entre a população dos 10% e 20% mais pobres, houve uma queda na renda, no entanto a população dos 10% mais ricos teve um aumento.
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