11 Janeiro 2024
10% dos jornalistas de Gaza morreram nos últimos três meses, disse Tim Dawson, secretário-geral adjunto da Federação Internacional de Jornalistas, em entrevista à televisão turca TRT esta quarta-feira.
A reportagem é publicada por El País, 10-01-2024.
Dawson descreveu os bombardeamentos israelenses contra a Faixa que começaram em 7 de outubro como “indiscriminados” e rejeitou que as mortes destes jornalistas se devessem a causas acidentais. “É algo impossível de acreditar, se olharmos para a elevada taxa de mortalidade”, lamentou.
Desde o início da guerra, 110 repórteres e cinegrafistas de Gaza e da Cisjordânia perderam a vida, segundo a contagem do Sindicato dos Jornalistas Palestinos. O Ministério da Saúde de Gaza aumenta este número para 114.
A última baixa no sindicato ocorreu nesta quarta-feira. Trata-se de Ahmed Badir, funcionário do meio de comunicação Al Hadaf, informou a assessoria de imprensa do governo de Gaza. Badir morreu após ser atingido por um bombardeio israelense em um prédio adjacente ao Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade de Deir al Balah. Outras 40 pessoas foram mortas ou feridas neste ataque.
Nas últimas horas, a jornalista Hiba al Abdalah também morreu, juntamente com a mãe e a filha, devido a outro bombardeamento à sua casa.
“Todas as evidências apontam para o assassinato deliberado de jornalistas e fotógrafos palestinos. Esta situação não pode continuar”, denunciou a Federação Internacional de Jornalistas do Mundo Árabe e do Médio Oriente em sua conta X. De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, o conflito em Gaza é o pior para os jornalistas desde 1992, quando começaram a recolher dados.
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10% dos jornalistas de Gaza morreram desde 7 de outubro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU