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Entre cheia e seca, a Amazônia circunstancial

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07 Outubro 2023

"Há muitos anos as regiões de várzea da bacia hidrográfica amazônica têm sido ignoradas pelas autoridades, governos, empresários e até cientistas", escreve Lúcio Flávio Pinto, em artigo publicado por Amazônia Real, 05-10-2023.

Lúcio Flávio Pinto é jornalista desde 1966. Sociólogo formado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 1973. Editor do Jornal Pessoal, publicação alternativa que circula em Belém (PA) desde 1987. Autor de mais de 20 livros sobre a Amazônia, entre eles, Guerra Amazônica, Jornalismo na linha de tiro e Contra o Poder. Por seu trabalho em defesa da verdade e contra as injustiças sociais, recebeu em Roma, em 1997, o prêmio Colombe d’oro per La Pace. Em 2005 recebeu o prêmio anual do Comittee for Jornalists Protection (CPJ), em Nova York, pela defesa da Amazônia e dos direitos humanos. Lúcio Flávio é o único jornalista brasileiro eleito entre os 100 heróis da liberdade de imprensa, pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras em 2014.

Eis o artigo. 

A seca amazônica deste ano é mais noticiada pela imprensa brasileira e pela mídia internacional. Moradores da região, vítimas do fenômeno – por enquanto, mais da natureza do que da ação (dito melhor: destruição) do ser humano – confirmam essa avaliação, por impressão, sensação ou observação empírica.

Por qualquer critério, a situação é grave, mas principalmente pela interferência de El Niño, que aquece as águas do mar e o calor se projeta pelo continente. Como o fenômeno está mais forte, se intensificam a evaporação das águas dos rios e a redução das chuvas em suas cabeceiras e no seu curso, com interferência dos afluentes, o mais importante dos quais, o Madeira, está com seu nível extremamente baixo.

Significa que El Niño está secando a maior floresta tropical úmida do planeta, com efeitos visíveis em grandes rios, que eram considerados inexpugnáveis, como o Negro, Solimões, Purus, Juruá e Madeira? Esta tem que ser a motivação para pesquisas científicas sistemáticas em busca de respostas para esse questionamento.

Desde já, porém, é preciso dispor de dados seguros antes de anunciar o que pode ser uma versão pior do que acontece todos os anos, talvez com o efeito de causas globais. Causas internas dessa excepcional estiagem já foram comprovadas. O nível do rio Negro, por exemplo, se reduziu a metade da vazante do ano passado, mas inferior ao das grandes secas de 2005 e 2010, as primeiras a provocar a atenção da imprensa nacional. Episódica, como de regra.

Mas um fator precisa ser considerado. Há muitos anos as regiões de várzea da bacia hidrográfica amazônica têm sido ignoradas pelas autoridades, governos, empresários e até cientistas. A faixa marginal ao maior rio do mundo, o Amazonas, com 15 milhões de hectares, é a mais rica em nutrientes. Era também a mais densamente habitada e conhecida antes que a região fosse atravessada por milhares de quilômetros de estradas na sua parte central. Elas deram acesso aos maiores projetos econômicos (minerais, agropecuários, hidrelétricos), induzindo o surgimento de cidades e atraindo um grande fluxo migratório.

As margens dos rios foram esquecidas. O conhecimento sobre essa parte da região, a de mais antiga ocupação a partir da chegada dos europeus, no século 16, se revelou precário ou mesmo inexistente no acompanhamento do noticiário sobre a seca.

As imagens divulgadas sobre o desaparecimento de uma comunidade ribeirinha no Estado do Amazonas relataram como um desastre quase inédito e tão impressionante quanto as inundações no Sul do Brasil. No entanto, essas quedas de barrancos constituem uma dinâmica ainda natural no processo de formação do Amazonas, identificável numa faixa de 300 quilômetros tendo como eixo central a calha do rio. São as “terras caídas”.

No caso específico, além da maior exposição do barranco à erosão maior, por causa do nível muito baixo das águas. Houve desídia das autoridades. Informadas sobre a ação erosiva por dentro do solo, nada fizeram para impedir o acidente. Jogaram a culpa na versão maligna da natureza.

Apesar das obras ciclópicas realizadas pelos homens, principalmente nos últimos 60 anos, ela ainda é a personagem principal na Amazônia. Quando não é entendida e deixa de ser bem tratada (o que exige o melhor conhecimento humano), ela se incorpora à ação destrutiva, só que com vigor muito maior, tornando letais as transformações negativas.

Em 1976, naquela que foi o inverso, uma das maiores enchentes (ou a maior de todas), passei oito dias num barco fretado, subindo o Amazonas. Quase no meio do percurso, parei no Maicuru, no município paraense de Monte Alegre, onde o cientista paulista Felisberto Camargo tentou reter os nutrientes arrastados pelo grande rio desde os Andes até o Atlântico e, os depositando em um lago, proceder à colmatagem. Surgiria então a terra mais rica do planeta.

O plano visionário não calculou bem a força do mais extenso e mais poderoso rio do mundo. Com sua vazão de até 230 mil metros cúbicos de água por segundo, o Amazonas destruiu tudo, cobrindo com suas águas a plantação de húmus.

No campo do Maicuru vi um bebê búfalo cair na água ao sair do ventre da sua mãe e ir imediatamente nadando, como um peixe. Vi os vaqueiros conduzindo o rebanho em cima de uma canoa, em pé e com a vara de tocar no animal. E vi um búfalo sair à caça de uma touceira de capim que passara às proximidades depois de se soltar da terra.

Não fiquei tempo suficiente para saber se o búfalo voltou ao rebanho ou se seguiu pelo rio até onde sabe-se lá que foi. Mas aprendi o suficiente para constatar que o brasileiro (e até o amazônico) continua a saber pouco (ou quase nada) sobre a região – e, sobretudo, é ignorante sobre as vidas que se prolongam, abandonadas, às suas margens, só atraindo interesse circunstancial em época de problemas – ou de tragédias como dizem.

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