30 Mai 2023
Ele pediu à comunidade para "olhar-se, encontrar-se, ajudar-se", entrar em comunhão e descobrir juntos a misericórdia divina.
A reportagem é de Roxana Alfieri, publicada por Vida Nueva digital, 27-05-2023.
O novo arcebispo de Buenos Aires, dom Jorge García Cuerva, quis compartilhar com toda esta comunidade uma saudação “de coração que, emocionado, diz a Jesus como Pedro no Evangelho de hoje: ‘Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que te amo'” (Jo 21, 17).
Ele também compartilhou algumas reflexões sobre o lema que a Caritas Argentina lançou para a campanha anual de coleta: 'Olhe para nós. Encontre-nos. Ajude-nos'.
O arcebispo eleito lembrou que na pandemia foi preciso aprender a se expressar com o olhar. O uso da máscara não permitia mostrar sorriso, briga ou morder os lábios para evitar o choro. Porém, o olhar é o espelho da alma, e as lágrimas, o luto pela dor pela qual não pudemos nos despedir, as lágrimas derramadas, permitiram limpar o olhar e renovar a esperança.
Por isso, como novo pároco da arquidiocese, pediu para "olhar para nós"; “…poder parar o ritmo vertiginoso da cidade e nos reconhecermos, nos descobrirmos no olhar do irmão”. E, aludindo ao documento final do I Sínodo de Buenos Aires, deu as razões: “porque 'Jesus continua a caminhar pelas nossas ruas nas pessoas que encontramos'”.
García Cuerva destacou que, para que esse encontro seja real, devemos sair de nós mesmos, ter o coração aberto, superar nossos próprios limites, nos animar com a diversidade da cidade e, juntos, forjar a cultura do encontro contra a cultura de indiferença, de que fala o Papa Francisco.
“Nos encontraremos na rua, no ônibus, no metrô, nas paróquias e escolas, ou numa praça, e compartilharemos a fé e a vida”, disse. E antecipou que também ele vai reencontrar a sua história na cidade, a sua vida familiar, os seus estudos e os seus afetos.
Como pastor da Arquidiocese de Buenos Aires e a partir de suas próprias fraquezas, indicou que seu desejo é entrar em comunhão com as feridas do povo, com os outros bispos, com os sacerdotes, os religiosos e consagrados, com os leigos, os idosos, jovens e crianças, todos experimentando a infinita misericórdia de Deus.
“Ninguém pode sozinho na vida, precisamos uns dos outros. E vou precisar muito da ajuda de todos vocês", afirmou.
Ele se juntou à gratidão da Igreja de Buenos Aires pelo fecundo trabalho pastoral do cardeal Mario Poli, “com quem nos conhecemos há muitos anos; com ele partilhamos a paixão pela história”.
Por fim, da diocese do fim do mundo, Río Gallegos, pediu a Deus que abençoe muito esta comunidade e sua Mãe para que “acompanhe nosso caminho como bispo e povo, povo e bispo”.
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“Nos encontraremos na rua, no ônibus, no metrô, nas paróquias e escolas, ou numa praça, e compartilharemos a fé e a vida", afirma novo arcebispo de Buenos Aires - Instituto Humanitas Unisinos - IHU