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“O colapso é pensado como uma mudança física ou tecnológica, mas é cultural”. Entrevista com Antonio Turiel

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18 Mai 2023

Antonio Turiel (León, 1970) dedica toda a sua energia vital a estudar como nos adaptarmos a um cenário que considera inevitável: o esgotamento dos recursos naturais. Seu blog The Oil Crash acumula mais de 14 milhões de visitas e é uma referência em espanhol sobre a transição energética.

Seu trabalho no Conselho Superior de Investigações Científicas - CSIC se concentra em oceanografia, ciências ambientais e recursos. Vislumbra um futuro complicado, mas é otimista e acredita que promover um decrescimento planejado pode nos permitir manter nosso nível de vida consumindo menos.

A entrevista é de Kike Oñate, publicada por Última Hora, 14-05-2023. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Estamos fadados ao colapso?

É um risco, mas não é algo inevitável. Por isso, falamos em medidas para transitar e evitá-lo. Ao longo da humanidade, dezenas de civilizações entraram em colapso e isso se dá quando uma sociedade perde funcionalidades e ocorre um desaparecimento do Estado e se ruma a uma sociedade mais simples.

O colapso é pensado como uma mudança física ou tecnológica, mas é cultural. Entra-se em colapso porque se persiste em uma ideia equivocada. Se você se empenha em mantê-la por razões políticas ou religiosas, a ideia que não funciona leva à destruição da estrutura social, em maior ou menor grau.

E a ideia do crescimento infinito nos leva a esse cenário.

O crescentismo, a ideia equivocada de que podemos crescer indefinidamente em um planeta finito, infecta o discurso político. Além disso, a depender de como você critica o capitalismo, surgem as desqualificações, mas é um modelo baseado nessa premissa errônea.

Nos anos 1970, foi publicado o relatório do Clube de Roma, que projetou 12 diferentes cenários futuros. O dramático é que a situação atual se assemelha à pior das previsões. Para 2020, diziam que passaria a ocorrer sérios problemas na produção de alimentos, e isso já está acontecendo nos Estados Unidos, mas também aqui, porque a seca levará a perdas de safras, neste ano, em grande parte da Península. Além disso, a crise climática está descontrolada.

Historicamente, quais foram as sociedades capazes de evitar seu colapso de forma premeditada?

O Japão da era clássica é um bom exemplo. Naquele momento, o país sofria com a fome porque tomavam medidas expansivas, mas perceberam que precisavam fazer algo. Por isso, começaram a conservar suas florestas e se estabeleceu um controle da natalidade, nem tudo é perfeito e maravilhoso.

Há anos, alerta sobre o fim do petróleo. Em que ponto está?

A produção atingiu o pico em 2005 e, desde então, caiu 14%. As petroleiras investem menos porque não veem negócio. É uma dinâmica que se previa, mas, mesmo assim, há quem negue algo tão simples. Os economistas acreditam que investindo mais, haveria maior produção, mas não é mais rentável.

Os políticos, a maioria com formação em economia liberal ou neoliberal, só pensam em crescer. Defendem que o crescimento é regulado pelas crises e que tudo retorna ao início para poder começar. O problema é que não voltaremos mais ao ponto de partida porque cada vez há menos recursos. Ignoram a biologia, a geografia e a física.

O Governo está consciente das análises realizadas pelo CSIC?

Um pouco, mas é algo sobre o qual não se pode falar. Além disso, sempre saem com a ideia de que haverá um progresso tecnológico que resolverá tudo. É muito duvidoso, mas traçar políticas baseadas em se vai acontecer algo ou não, é perigosíssimo. Devemos nos preparar para o cenário previsto, não em função de se haverá ou não um milagre tecnológico.

Qual a sua opinião sobre a aposta em promover as energias renováveis, sem limitar o consumo de energia?

As energias renováveis são balas de festim e acabará mal. O negócio está em seu processo de construção, não em seu uso. Além disso, o consumo de eletricidade na Espanha vem caindo há 15 anos. Agora, consome-se menos porque até 2008 tudo crescia, mas já cai.

O carro elétrico não pode ser generalizado porque requer recursos que são finitos. O hidrogênio é uma fábula ridícula porque é bem pouco eficiente produzi-lo. Não é uma fonte de energia, porque é preciso usar energia para produzi-lo.

O próprio Painel Intergovernamental de Especialistas sobre Mudanças Climáticas -IPCC, citado apenas quando se quer, alerta que o hidrogênio não é uma tecnologia madura para ser implementada em grande escala, como nos é vendido.

Diante desse cenário, defendem o planejamento de um decrescimento da economia que seja justo. Em que consistiria?

Teremos um descenso em nosso consumo de energia e materiais e, diante disso, devemos planejar como satisfazer nossas necessidades consumindo menos. Tecnicamente, pode ser feito, é possível conservar um nível de vida semelhante ao nosso com um décimo do que consumimos.

O problema é social, porque isso exigirá, por exemplo, um modelo de trabalho diferente, algo sobre o qual não se pode falar. Já está havendo uma queda na atividade industrial devido à alta de preços. Dizem-nos que isto é decrescimento, mas é empobrecimento, não é disso que falamos. Nós estudamos como ser mais eficientes, mas isso não pode ser feito em um contexto econômico de crescimento ilimitado como o atual.

O que essas mudanças implicariam para um cidadão comum?

Teria que comer apenas alimentos da estação e não teria carro e máquina de lavar, teriam que ser compartilhados, como já se faz em muitos países. No dia a dia, pouco afetaria.

Também seria necessário acabar com a obsolescência programada e aproveitar a energia renovável de forma não elétrica, que às vezes é mais eficiente. A perspectiva capitalista é de que o mundo acabaria, mas são coisas paliativas, não um filme de ação.

O turismo é a principal indústria das Ilhas Baleares e muito importante na Espanha. O que vai acontecer com este setor?

A saída não é boa. Foi potencializado pela abundância de petróleo barato, mas decrescerá, será muito afetado. É preciso aproveitar o tempo porque apesar de termos contado com 50 anos para isso, caminhamos na direção a favor do colapso. É preciso mudar, ainda podemos dar uma guinada para evitar cairmos no precipício.

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