América Latina registra o maior número de óbitos de jornalistas por covid-19

Foto: Jorge Maya | Unsplash

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29 Setembro 2021

 

Dados da Press Emblem Campaign (PEC), organismo com sede em Genebra e que reúne informações de entidades nacionais de jornalistas, mídia, correspondentes regionais e redes sociais, indicam que o covid-19 matou até agosto 1,8 mil jornalistas no mundo, mais da metade (954) do total de óbitos ocorreu na América Latina. Na região, o Brasil lidera a lista de profissionais levados pela pandemia: 280 mortes, seguido pelo Peru (198), México (120) e Colômbia (77).

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

No Brasil, os números de mortes de jornalistas pela covid-19 cresceram de forma dramática no início de 2021, em paralelo com o pico de pandemia no país, explicou a presidente da Federação Nacional de Jornalistas do Brasil (Fenaj), María José Braga em entrevista para a LatAm Journalism Review.

O secretário-geral da PEC, Blaise Lempen, arrolou três fatores que fizeram da região o maior túmulo de jornalistas atingidos pela covid-19. “Primeiro, a política inconsistente seguida por certos líderes políticos; segundo, a ainda baixa taxa de vacinação da população; terceiro, a situação precária de muitos jornalistas forçados a continuar seu trabalho em contato com pessoas sem medidas de proteção suficientes”.

No Brasil, jornalistas foram incluídos como grupos prioritários de vacinação em alguns Estados, mas não pelo governo federal. “Entendemos que houve um erro do Ministério da Saúde, porque os jornalistas não pararam de trabalhar, estavam submetidos ao risco e não tiveram a vacina com a celeridade necessária”, avaliou Maria José Braga.

O mesmo ocorreu no Peru, o segundo na lista macabra. Apesar dos apelos da Associação Nacional de Jornalistas do Peru (ANP), o Ministério da Saúde não incluiu jornalistas no grupo prioritário da vacinação, como fizeram alguns governos regionais, informou a secretária-geral da ANP, Zuliana Lainez.

 

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