20 Agosto 2021
O terremoto, que ocorreu no último 14 de agosto, teve uma magnitude de 7.2 graus na escala Richter e deixou até agora mais de 1.400 vítimas e 5.700 feridos.
A reportagem é publicada por COPE, 18-08-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Dom Max Leroy Mesidor, bispo de Porto Príncipe (Haiti), expressou suas condolências às vítimas e assegurou sua oração e proximidade. Também realizou um chamado a mobilização solidária para ajudar os afetados. Do mesmo modo, solicitou às autoridades uma intervenção “rápida e eficaz”.
“Neste momento de prova, provocado por um acontecimento tão devastador como mortal, entristecemo-nos pela destruição de nossas já escassas infraestruturas e por perda de tantas vidas humanas”, assegurou o bispo através de um comunicado.
Além disso, a Arquidiocese de Porto Príncipe dirigiu-se às gangues armadas que operam no país, exortando seus membros a deporem as armas “de uma vez por todas”, enquanto lhes pede que “se unam na dor dos outros, facilitando a passagem da ajuda” para os departamentos afetados pelo terremoto.
Somado aos danos causados pelo terremoto está a chegada do ciclone Grace. Por enquanto, o Haiti emitiu um alerta amarelo e está se preparando para uma tempestade tropical que pode complicar os esforços de resgate na zona do terremoto.
O terremoto do Haiti
O terremoto, ocorrido em 14 de agosto, teve magnitude de 7,2 na escala Richter e, até o momento, deixou mais de 1.400 vítimas e 5.700 feridos. Esses números podem aumentar, já que as autoridades continuam procurando várias pessoas desaparecidas.
O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, declarou estado de emergência no país depois de sofrer esta catástrofe, que se soma à grave crise econômica, política e social que atravessa. Em 7 de julho, o presidente do país, Jovenel Moïse, foi assassinado durante ataque em sua casa.
O evento ocorre onze anos após o terremoto de 2010, que resultou na morte de mais de 300 mil pessoas, além de múltiplos danos materiais.
Mensagens de solidariedade e apoio chegam ao Haiti de diversos países e organismos internacionais, bem como de várias instituições eclesiais como o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) ou o Conselho Latino-Americano de Religiosos (CLAR).
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Os bispos do Haiti pedem aos grupos armados que facilitem a chegada de ajuda às zonas afetadas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU