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“O político não deve se considerar um salvador da pátria”. Entrevista com Henri Madelin

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10 Abril 2020

Ex-diretor da revista Études e ex-representante do Vaticano no Conselho da Europa, o jesuíta Henri Madelin morreu de Covid-19, com a idade de 84 anos. Em sua homenagem, nós republicamos uma entrevista que ele nos concedeu em 2011, cujo assunto é sempre atual: embora os costumes pareçam estar longe das exigências evangélicas, é possível uma prática cristã?

Henri Madelin dirigiu a revista Études e presidiu o Centre Sèvres, em Paris. Ele também ensinou Ciências Políticas no Instituto de Estudos Políticos de Paris. Este jesuíta é atualmente um dos representantes da Santa Sé no Conselho da Europa. Último livro publicado: Refaire l’Europe. Le vieux et le neuf, com um prefácio de Jacques Delors (Étitions du Rocher).

A entrevista é de Olivia Elkaim, publicada por La Vie originalmente em 01-12-2011 e reproduzida em 08-04-2020. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

Podemos conciliar obrigações políticas e exigências evangélicas?

Não é fácil, porque o Evangelho é exigente e não é um manual baseado no modelo do Livro Vermelho de Mao Tsé-Tung. O Evangelho é uma carta para conduzir todos os cristãos para o alto. Na política, é uma via maravilhosa para ser exigente consigo mesmo, para se envolver, como mostram os exemplos de Jacques Delors e Robert Schuman. A política se ocupa de todos, trabalha sobre as liberdades. Apela à consciência do homem. Assim, ela se aproxima da religião, que, mais ainda, fala às consciências sem recorrer à coerção, como a política.

Os costumes políticos parecem obrigar o homem a sujar as mãos. Isso é compatível com a fé cristã?

O problema dos cristãos é que às vezes “eles não têm mãos”. Para não se sujar, eles têm a tendência de ficar na margem. Os políticos cristãos evoluíram o suficiente para dizer: devemos sujar as mãos, mas apenas até certo ponto. Se, no final das contas, não puder tomar uma decisão consciente, deve se abster.

O político parece ser obrigado a mentir, a confrontar o adversário...

O político deve trabalhar com a oportunidade. Há momentos em que se pode dizer as coisas, outras vezes em que isso não é possível. A retidão consiste em dar explicações que não maltratam a verdade. Quanto ao adversário, ele não é um inimigo. O homem de fé encontrará adversários que, de qualquer forma, têm parte da verdade. Na passagem do Sermão da Montanha é dito que é preciso amar os adversários perdoando-os. Podemos perdoar na política? Sim, mas ninguém é obrigado a fazer uma grande declaração pública.

A mensagem de Cristo compromete a investir na cidade?

Ela não diz que todos os cristãos devem ser líderes políticos, mas que os cristãos devem se envolver naquelas tarefas que dizem respeito ao próximo, como expressa a parábola do Bom Samaritano. Olhe este homem, ele cuida dos outros, dispensa seu tempo – é um valor raro – e dinheiro. Ele acompanha o caso até a sua conclusão. Está longe da atitude daqueles que mudam de calçada.

A radicalidade da vida de Cristo deve ser um exemplo?

É por isso que ela fala também aos não-cristãos. Cristo é o exemplo inatacável, alguém que deu a vida pelos outros até a morte na injustiça, na ignorância, na separação com seus amigos e o desaparecimento de seus apoiadores. O cristão – e acima de tudo o político – deve ser um homem para os outros. Ele não é melhor que os outros, mas extrai sua força de uma fonte inesgotável. Sua força motriz é a escuta da palavra de Deus.

Como resistir às tentações, especialmente as do dinheiro?

Como no exército ou na Igreja, não se entra na política para ganhar dinheiro. Devemos ter princípios, confiar em uma estrela popular que guia os processos. O político não está protegido do exterior, como se vivesse em uma armadura. Ele deve, portanto, desenvolver sua consciência, cuidar de sua armadura interior, ter convicções fortes. Políticos me disseram que recebem pessoas para contratos públicos que ostensivamente deixam um envelope de dinheiro.

Como conciliar a virtude da humildade e a necessidade de existir no cenário midiático?

Existe o perigo de querer colocar toda a sua personalidade na mídia, enviar cartões postais de férias, dos passeios na praia, fotos do bebê, da primeira e da segunda mulher. Esses políticos alimentam um sistema do qual não devem se queixar depois. Um cristão deve resistir e não fazer de sua vida privada um espetáculo. Outro perigo: também deve ser cauteloso em relação aos amigos, às vezes mais do que dos inimigos. Ele pode viver em grande solidão.

As autoridades eleitas correm o risco de se acreditarem todo-poderosas?

Certamente. Devemos lutar contra a fantasia da onipotência, que já existe para o chefe de família. O político fala às multidões, é aclamado por pessoas que não conhece. Ele sobe e desce nas pesquisas. Ele não encontra necessariamente pessoas que o amam por si só e sabem lhe dizer as coisas sem papas na língua.

O político sofre daquilo que chamo de síndrome de João Batista: quando este último perde seu poder, está nu como um verme. Todos os seus amigos se afastam dele. Seus discípulos o deixam e vão em direção ao poder atraente representado por Cristo. Então ele morre de maneira dramática, sozinho, tendo perdido completamente seu próprio poder.

A coisa mais difícil da política não é entrar, mas sair. Dizer “chega”, não exagerar o mandato, não pensar que somos indispensáveis. Você deve ser capaz de não ser escravo do poder. O político não deve se considerar um salvador da pátria.

Quais são os pontos absolutos que um político cristão deve respeitar?

A coisa mais importante para um cristão autêntico não é se fazer fotografar no final da missa, mas cuidar dos momentos em que desliga, saber se dar momentos fortes para se alimentar da palavra de Deus. Também precisa ter um ou outro amigo que possa lhe dizer francamente o que tem a lhe dizer. É difícil falar a um homem de poder. A esposa, a companhia e o entorno imediato não sabem, por força das circunstâncias, fazê-lo. São necessárias virtudes fortes, como a coragem de praticar a verdade, como pede o Evangelho a todos os fiéis

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