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Os “órfãos” de Bento XVI

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19 Janeiro 2020

Se a publicação, em 15 de janeiro, de um livro como Des profondeurs de nos coeurs (Do fundo dos nossos corações, em tradução livre, Fayard) provocou tanta comoção no mundo católico, analisa o ensaísta François Huguenin, é também porque a situação única de coexistência entre um papa e um papa emérito mantém um apego real de parte dos fiéis a Bento XVI.

A reportagem é de François Huguenin, publicada por La Vie, 15-01-2020. A tradução é de André Langer.

No dia 28 de fevereiro de 2013, quase sete anos atrás, os telefones celulares vibraram em reuniões para anunciar uma notícia quase inacreditável, mas que, como foi anunciada em latim pelo papa, muitos jornalistas no Vaticano e membros da cúria tinham que ter certeza para garantir que tinham compreendido corretamente: Bento XVI anunciava que renunciaria ao seu cargo e se retiraria. O sucessor de João Paulo II, prefeito de longa data da Congregação para a Doutrina da Fé, não teve o carisma de seu antecessor. E, no entanto, esse gesto – que alguns qualificaram como profético – atraiu-lhe uma simpatia renovada, apesar do obscurecimento do fim de seu pontificado, marcado por alguns assuntos retumbantes: Williamson, Recife, abusos sexuais, “Vatileaks”...

Passado o estado de espanto e os instantes de júbilo que acompanharam a eleição de um papa vindo do Novo Mundo, muito menos familiar aos católicos da França do que a figura de Joseph Ratzinger na morte de João Paulo II, alguma coisa se estabeleceu gradualmente em uma parte dos católicos franceses, algo que se assemelha à nostalgia pela ausência de Bento XVI. Ausência que provoca uma forma de melancolia, por duas razões, cuja combinação é tão rara quanto emocionalmente forte.

Primeira razão: apesar do que os analistas especularam em 2005, Bento XVI rapidamente assumiu o hábito pontifício depois de João Paulo II, sem sofrer com a garbosidade e o carisma de seu antecessor. Ficou claro que ele estava menos à vontade com as reuniões de multidão e sofria em público. Mas ele rapidamente tomou as rédeas de seu cargo, instalando silenciosamente um novo estilo de pontificado: o de um papa intelectual, mas também profundamente espiritual e pudicamente sensível. É ainda mais importante notar que os papas intelectuais não são uma legião na história e que, desde Leão Magno, e Gregório, o Grande, os católicos referidos aos prazeres da inteligência não tinham estado nessa festa.

Nesse sentido, seu pontificado deixou, de fato, uma marca única, difícil de substituir, principalmente porque – e esta é a segunda razão do impacto dessa ausência – Bento XVI está de fato vivo e morando a dois passos do seu sucessor. Simplificando: não é a morte de um papa que os católicos tiveram que enfrentar, morte sempre sublimada pela eleição de um novo bispo de Roma, mas um luto branco, com o sentimento mais ou menos consciente e expresso de terem sido abandonados. Provavelmente, esse sentimento é reforçado pela vontade expressa de alguns – do outro lado do tabuleiro de xadrez – de fazer tabula rasa dessa herança com o advento de Francisco. Órfãos, portanto, mas de um pai ainda vivo, que se retirou para perto de Francisco, ainda vestido de branco, chamado papa emérito e não simplesmente “bispo emérito de Roma”, como teria sido mais sábio fazer.

Nessas circunstâncias, para grande parte dos fiéis apegados a Bento XVI, a fortiori aqueles que se sentem menos confortáveis com o estilo de Francisco, o pesar é muito mais doloroso, porque o luto não podia ser feito. De fato, atualmente, um certo número de católicos sente falta de Bento XVI, em toda a boa fé. Mas do que exatamente?

A primeira coisa é, evidentemente, a imensa aura intelectual de Bento XVI. Um papa que dialoga com um dos grandes intelectuais da época, como o filósofo Jürgen Habermas, é algo inédito. Um papa que, quando toma a palavra – lembremo-nos dos discursos no Collège des Bernardins ou no Westminster Hall –, faz uma reflexão que abre perspectivas brilhantes, se são sempre inovadoras nos conteúdos, pelo menos com uma profundidade singular e uma clareza sem precedentes. Um papa cujas três encíclicas foram sucessos inesperados de livraria, porque queríamos ouvir e ler Bento XVI.

Tudo o que Bento XVI trouxe nutriu o povo de Deus, mas também tranquilizou aqueles que temiam que a Igreja Católica ficasse sem argumentos diante dos desafios antropológicos de nossa sociedade e satisfizesse a necessidade de reconhecimento daqueles que sofrem às vezes com as homilias muito pobres ouvidas em sua paróquia. Sem negar que houvesse oposições, muitos católicos estavam orgulhosos desse papa respeitado por todos, e a comunicação mais confusa e menos límpida de Francisco deixou algumas dúvidas.

A segunda perda é que esse papa alemão foi o produto puro da grande tradição teológica, filosófica, histórica e artística europeia. Certamente, para o católico francês, esse homem que também falava perfeitamente o seu idioma, era um marco, um ponto de partida de toda uma história intelectual e cultural. Foi ele quem lembrou por sua simples presença, um discurso menor, que viemos de uma herança deslumbrante e imemorial, cujos códigos e matizes ele tratava com naturalidade prodigiosa. Na verdade, esse papa era a ponte entre toda a herança do cristianismo ocidental e os desafios contemporâneos incertos. Trouxe a solidez de uma tradição, a base de um pensamento ao mesmo tempo global e erudito, de modo a tranquilizar os fiéis preocupados em ver essa herança se desfazer.

A terceira falta é o tom equilibrado e matizado de um discurso cuja forma suave poderia deter a sangria de setores mais intelectualizados. Dessa maneira, encontrou um certo conservadorismo, que, além disso, deveria ser matizado, representativo da sociologia burguesa de uma parte importante do catolicismo francês. Aquele que acolheu Bento XVI na Esplanada dos Inválidos (Paris) em 2008. A assembleia, que acorreu em grande quantidade, era predominantemente composta por famílias bastante tradicionais.

Esse público, que vibrara com João Paulo II, que restabelecera seu entusiasmo, estava apegado à figura tranquila e ao pensamento firme do papa alemão. Estávamos em terreno familiar, em uma continuidade tranquilizadora e, diante das crises que abalaram o final do pontificado, para muitos católicos franceses, a época de Bento XVI, pelo menos no início, era bastante feliz. Com o estilo de Francisco, mais áspero, mais mordaz, menos polido e mais provocador, uma forma de segurança, desse ponto de vista, desapareceu.

O último aspecto, mais marginal, porque afeta principalmente, mas não exclusivamente, o meio tradicionalista, é a liturgia. Com seu motu proprio sobre a liturgia, em 2007, tornando a antiga missa a forma extraordinária de um único rito romano, Bento XVI, desejando reconciliar as várias sensibilidades da Igreja em conflito desde a crise lefebvrista, conseguiu reunir as famílias divididas sobre o assunto, facilitar a união entre os jovens, mais frequentemente do que os idosos que desejam sair dos guetos e dos anátemas.

Esse reconhecimento da tradição litúrgica (sem questionar o progresso da reforma) acompanhou uma interpretação do Concílio segundo uma hermenêutica da reforma na continuidade. Tudo isso serviu perfeitamente a um público ligado ao Concílio, mas ansioso pela bela liturgia e o apaziguamento após as brigas dos anos 1970-80. Francisco não tem o mesmo interesse pela liturgia. Ele conhece mal o caso tradicionalista, que diz respeito principalmente à França. Aí também, alguns podem ter se sentido abandonados, especialmente porque puderam acreditar – erroneamente – que Bento XVI estava do seu lado, o que é entender mal sua própria história, seu papel no Concílio e sua teologia.

Esses órfãos de Bento XVI tiveram duas reações. Alguns aderiram ao novo estilo de Francisco, fizeram sua conversão ecológica e acolheram sem medo a Amoris Lætitia, sem esquecer a importância singular que Bento XVI representava para eles em sua inteligência da fé. Outros, nos círculos mais extremistas, que fabricaram para si um Bento XVI à sua imagem, rapidamente recusaram Francisco, não litúrgico o suficiente, ousado demais, para não dizer um pouco “esquerdista” aos seus olhos.

Em alguns dos casos mais extremos, eles até inventaram um pupilo na pessoa do cardeal Robert Sarah, sem dúvida parcialmente enganado por um certo número de manipulações franco-francesas. E para eles, isso representava uma volta à estaca zero da desconfiança, como na época de Paulo VI... O risco é que, com imbróglios como esse do lançamento e do estatuto do livro Do fundo de nossos corações, os primeiros se encontrem embarcados um pouco sem o seu conhecimento na “cruzada” dos últimos.

Aqueles que opõem o papa e o atual bispo emérito de Roma absolutizam uma diferença bastante radical de temperamento e de matizes sem dúvida significativa sobre certos assuntos, esquecendo que em pontos importantes como a justiça social, a ecologia, a acolhida dos migrantes ou uma espiritualidade muito interior, Bento XVI foi um precursor de Francisco. Sem dúvida, alguns se encontram, especialmente nas redes sociais (onde o pior está saindo sem limites), nesta forma estéril de oposição e divisão. Outros, ao contrário, pensam que alguém pode ser nostálgico por Bento amando Francisco. Eles não falam tão alto, fazem menos barulho, mas dizem algo essencial sobre a vida na Igreja, que se chama fidelidade.

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